My Shadow Witch - Riven

Capitulo 2

Riven e eu estamos correndo pelo pátio, desviando de alguns alunos que estão na frente.

— Eu vou chamar o Silva e você vai até a Dowling — diz Riven enquanto corre.

— Você não manda em mim.

— Droga, então você decide — ele resmunga.

— Eu vou avisar a Dowling e você avisa o Silva — respondo.

— Vai se lascar, foi o que eu disse — retruca ele antes de mudar de direção para onde Silva estava treinando os calouros.

Corro mais rápido e entro no prédio das fadas, me aproximo das escadas que levam ao segundo andar, onde fica o escritório da diretora, e quando chego, abro a porta sem bater. Percebo que ela estava falando com Callum, seu assistente.

— Beatrix, que maneiras.

— Encontrei um corpo fora da barreira, e não é por nada, mas parecia ser vítima de um queimado — interrompo.

— Beatrix, não diga bobagens, os queimados deixaram de existir há muito tempo.

— E se eles tiverem voltado?

— Tá, me leve até lá.

Quando chegamos, meu pai, o professor Harvey, e Riven já estavam lá.
O professor Harvey estava tirando algumas amostras do resíduo encontrado no corpo para examinar depois.

— Beatrix, Riven, é melhor vocês irem embora, já viram o suficiente por hoje — Dowling fala, e eu ignoro completamente o que ela diz.

— Professor Harvey, isso é de um queimado, não é? — pergunto, e ele me olha estático.

— Não sei, vou levar isso para analisar.

Façam o que a diretora disse e vão embora.
— Vem — Riven, que estava até agora calado, fala enquanto se afasta, indo em direção à barreira.

Suspiro e sigo Riven, então, enquanto estamos caminhando, ele tenta puxar conversa.

— Isso foi uma ótima forma de começar as aulas.

— Não tente puxar conversa, entre nós só vai haver mais do que uma frase inteira de insultos.

— Só estava tentando amenizar o clima, mas vejo que não dá para falar com você.

— Olha pra você, você não consegue ter uma conversa séria sem começar a falar em transar ou beber.

— Eu consigo sim ter uma conversa normal sem falar em transar — rebate.

— Se consegue, não dá para perceber.
— Aff, como eu te odeio — grito por fim, farta da conversa.

— Não se preocupe, porque o sentimento é recíproco.

Depois da pequena discussão, seguimos o resto do caminho em silêncio, o mais distante possível.

Voltamos para a escola e cada um vai para um canto.
Entro na minha suíte, como esperava, não tem ninguém. Dowling me colocou em uma suíte única com medo de que eu possa perder o controle dos meus poderes durante a noite e machucar alguém.
Olho para o lado e vejo minha mochila junto com a mala no chão, provavelmente Sky levou minhas coisas para o meu quarto, já que as abandonei quando corri atrás de Riven.

Arrasto-a pelo quarto e a coloco em cima da cama, começando a tirar algumas roupas e arrumar no armário.

Já estava quase tudo arrumado quando ouço uma batida na porta, vou até lá e abro, dou de cara com Stella, e ela entra disparada, indo até o meu quarto e começando a mexer nos cabides como se estivesse procurando algo.