DOCE AMOR - GABIGOL

G 🍩 43

— Eu? Porque o Gerson não vai? Eles são amigos.

— Eu tô treinando cara e como tu tá suspenso mesmo, ninguém vai reclamar. — ele deu de ombros

— Ela chegou de onde? — Luiz questionou confuso

— Ela tava em São Paulo, foi pra lá por conta do pai que estava doente logo após o Gabriel ter se declarado pra ela mas a loirinha disse que só queria amizade. — Léo Pereira explicou — Eu acho que ela é lésbica só não quer admitir

— Tudo bem eu vou buscar ela — me levanto frustado.

Vou em direção ao vestiário tomando um banho rápido, escolho uma blusa preta e um short da mesma cor, um tênis branco, boné e muito perfume.

Assim que entro no carro dando partida sinto o meu coração palpitar fortemente, a última vez que ele tava assim foi quando deixei Ava na casa dela depois de tê-la apresentado pra minha família ontem.

Todos amaram ela.

Limpo a garganta e passo a mão na barba me sentindo ansioso, faz sete messes que não vejo Letícia e que nem falo com ela, a melhor opção de me fazer esquecer dela foi me afastar totalmente.

— Eu pareço um adolescente — resmungo pelo o meu nervosismo

Paro em frente ao aeroporto e puxo o meu celular do bolso mandando uma mensagem pra ela pelo o o WhatsApp, algo que não acontecia a tempos.

Ela não demorou pra vê e nem pra se aproximar do meu carro.

— Oi Gabi, quanto tempo — forçou um sorriso e sinto minha respiração falhar.

É horrível a sensação de gostar de alguém que não gosta de você daquela forma, lembro que na época fui em muitas baladas tentando amenizar a dor mas com o tempo me cansei disso.

— Oi Let — abro um sorriso nervoso — Deixa que eu te ajudo com as malas — saio de dentro do carro e pego duas enquanto ela ficava com mais duas.

Abro o porta malas e coloco todas dentro, fecho com força não controlando o meu nervosismo, abro a porta pra ela entrar dentro do carro e agradeceu baixinho.

— Como você tá? — questionou após eu da início a partida

— Bem — coço a garganta — e você? — olho de relance pra ela

Um sorriso largo brota em seus lábios e meu coração erra uma batida fazendo com que minha respiração falhasse. Droga, ela ainda mexe comigo.

— eu tô muito bem, meu pai está mais saudável agora.

— Fico feliz, loirinha.

— Eai tá namorando? — questionou divertida

— Não e você? — pisco e ela riu negando

— Amor não é pra mim – soltou um suspiro fundo

— Por que diz isso? – cruzo o cenho confuso

— Nada – desviou o olhar — Eu vi o que aconteceu sobre o seu exame de Dopping, eu sinto muito.

— Relaxa loirinha, ainda acredito na minha absolvição.

— Isso, vai da tudo certo — concordo e estaciono o carro em frente a sua casa — Quer entrar?

— Quero, vou te ajudar, pô. — desço do carro e tiro suas malas

— Que saudade desse lugar — suspirou fundo entrando dentro de casa

— Senti saudades sua, loirinha — digo colocando as malas dentro do seu quarto

— Também sentir falta sua, Gabi. Da nossa amizade.

Eu não quero só amizade com você loirinha. Merda, Gabriel. Não esquece da Ava.

— Você sabe que eu continuo gostando de você, não sabe? – me aproximo e coloco uma mecha do seu cabelo pra trás

— Você merece alguém que te ame, meu camisa dez.

— Mas...– olho pra sua boca — É você quem mexe comigo.

— Eu gosto de ser sua amiga, Gabriel mas só isso. Olha, você vai encontrar alguém legal, sério.

— Eu conheci uma mulher, a Ava. Ela é incrível, linda, mexe comigo também mas ela não é você, Let.

— Seus olhos brilhou quando falou dela, tá se apaixonando? — brincou com um sorriso divertido no rosto

— Eu não sei — coço a cabeça de novo — Vê você aqui agora me deixou muito confuso.

— Eu não quero atrapalhar sua vida — ela disse com receio.

— Não atrapalha, você só melhora a minha vida. – colo nossas testas — Eu quero muito te beijar.

— Pensa na Ava, não sei o que vocês estão tendo mas ela não merece isso. — ela disse me afastando — Ela pode ser a mulher da sua vida, Gabi, não eu.

— Eu tô interessado nela, a gente tá deixando rolar.

— Então, não seja um otario com ela.

— Mas é que...– passo a mão na nuca nervoso — Quando eu te vi...quando eu te vi minha cabeça deu um nó.

Quando ela vai responder, não me contenho e a puxo pra um beijo. Eu sei que estou sendo um imbecil com Ava mas a loirinha mexe muito comigo também. Eu estou muito ferrado.

— Gabriel — me afastou dela — não faz isso com você, cara. Não faz isso com a moça, ela não merece.

Me lembro dos olhos de Ava e do seu sorriso, sinto um incômodo no peito e nojo de mim mesmo pelo o que eu fiz. Me sinto como um canalha que acabou de trair a namorada mesmo a gente não sendo nada um do outro.