✰ - 42: bem longe do Princess Park

Start from the beginning
                                    

— Eu tenho alguns contatos, e o principal desse contato tem ligação direta com a principal pessoa que quero afetar com tudo isso. — ele continuou dirigindo, eu nunca nem mesmo saí de Londres então não fazia ideia do caminho que estamos pegando — No começo, eu confesso que não queria envolve-lo nessa merda toda. E muito menos te envolver. Mas as coisas começaram a sair do controle e eu me vi fazendo qualquer coisa que pudesse aliviar sua barra e a barra dos meninos. Antes eu do que vocês. Foi assim e vai continuar sendo até essa merda acabar.

— A One Direction vai acabar? — Eu não estava pronto pro fim, eu realmente não queria que acabasse

— a pressão vai acabar, a gestão, os abusos...a banda ainda existe sem isso? — ele olhou pra mim rapidamente, voltando seu olhar pra estrada cheia depois

— Existe. Existe porque nós existimos, nós somos a banda. Não há banda, nem música, nem voz sem a gente.

— Então a One Direction continuará existindo — ele sorriu — nós só vamos limpar um pouco da sujeira, certo? Chega de varrer pra baixo do tapete e ignorar a sujeira.

Depois de alguns minutos ele estaciona na frente de um prédio de aparência simples, a pintura verde descascando, alguns espaços com gramas que precisavam ser aparadas e algumas marcas de umidade. Fora isso, nada demais.

Desço do carro e ele faz o mesmo, enfiando as mãos nos bolsos e entrando no prédio. Vou atrás sem saber muito o que fazer, me mantenho quieto ao entrar no elevador e ver ele apertar o botão do décimo primeiro andar e se apoiar na parede espelhada do elevador.

— Johnny não vai sentir nossa falta? — levanto as sobrancelhas, olhando pra ele

— Não, eu falei com os meninos antes de vir. Vão ficar de olho nele, distrair ou inventar alguma história se for preciso. — se aproxima de mim, me mantendo preso entre o espelho e seu corpo. Suspiro pela aproximação, meu corpo implorando pelos seus toques.

Ele deixa um selinho demorado em meus lábios e suas mãos traçam um caminho único até minha cintura. Levo minhas mãos até seu rosto e peço passagem pra língua, aprofundando o beijo quando ele cede. Sinto as borboletas no meu estômago fazerem uma festa, como se estivessem ansiando por Louis há muito tempo.

Ele corta o beijo quando ouvimos o elevador apitar, indicando que já tínhamos chegado no décimo primeiro andar e pro meu azar, ele se afasta um pouco, finalizando o beijo com selinhos doces.

— Vamos antes que eu perca a coragem e volto pra casa com você.

"Casa" era uma maneira engraçada de chamar o hotel

— estamos bem longe do Princess Park — Respondo e vejo quando ele sorri pra mim, seus olhos quase escondidos pelas ruguinhas que se formaram ao seu redor. Era um sorriso leve e que me fez sorrir também, mesmo sem saber o motivo.

— Eu não tô longe da minha casa. — ele acariciou minha bochecha com o polegar, deixando um beijinho na minha testa — Não enquanto ainda estiver com você.

Uma luz piscava no fim do corredor e isso indicava que o prédio precisava de uma boa reforma na parte elétrica também. Louis vai até o apartamento de número 27 e bate algumas vezes antes de girar a maçaneta e abrir, vejo quando ele sorri na minha direção que me chama com a cabeça. Mesmo hesitante, caminho até lá e entro no apartamento.

Por dentro, eu conseguia ver algumas marcas de umidade na parede e os móveis eram antigos, mas bem conservados, lugar estava limpo também. Nada de sujeira ou pó, nem mesmo teia de aranha.

— Você trouxe ele! — escuto uma voz masculina vindo de algum canto que eu ainda não havia olhado, eu me viro e vejo um garoto.

Ele tinha cabelos castanhos lisos e olhos azuis profundos e tristes, sua pele era pálida mas suas bochechas incrivelmente vermelhas. Ele parecia estar vendo uma miragem ou algo do tipo, como se não pudesse acreditar que eu estava ali. Seus olhos foram se arregalando aos poucos, assim como seus lábios.

Apricity [Larry stylinson]Where stories live. Discover now