Capítulo quatro.- Sentimentos confusos.

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Comentem delícias.

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Bom, ultimamente S/n não desgrudava da Deniziane, ela pedia para ir dormir no líder várias vezes durante a noite, e é óbvio que eu já tava ficando irritada, por que? Simplesmente eu não sei! Era estranho, nunca senti essas coisas pela S/n antes, ok... Só em alguns casos, mas isso tava ficando chato.

Me sentei na cama no meio da madrugada, parece que ela foi dormir com a Ane de novo já que não tava na cama. Tentei voltar a dormir e não consegui, levantei e fui até o banheiro, depois fui para a cozinha, para tomar um copo de leite, e lá tava ela.

Com os cabelos soltos caindo como cascatas em seus ombros, um top preto, e uma de suas várias samba-canção, não reparei que tava muito tempo admirando ela até a mesma de virar e tomar um susto.

— Cacete Yasmin! Que susto da porra... Sinceramente viu!– Não falei nada e comecei a fazer meu leite, assim que terminei me sentei na mesa um pouco afastado dela.

Bebi sem falar nada, percebi que tinha um cigarro entre os dedos, queria um também.

— Jurei que tava com a ane.– Ela negou enquanto tragava.— Não foi você que falava que odiava cigarro?

— Por que quer saber? E é melhor um cigarro do que nada.

— Porque tava demorando de você fumar, sempre vejo você com cigarro de maconha.

— Hum.– Murmurou.

Sabia que o cigarro era como tratamento médico e legalizado para poder usar, ela usava para ansiedade, e como não tava sem recorreu ao cigarro normal, fiquei calada terminando de tomar meu leite.

Vejo a mesma se levantar e me sinto mal, queria conversar mais com ela, não tava gostando nada de morar com ela e ter esses sentimentos que nem eu mesma sei o que é.

— Como tá o pé?

— Melhor.

— Vamo ficar nessa mesmo?

Bom, chamei a atenção dela, ela sentou de novo no banco e ficou me encarando até prender o cabelo, percebi que ela ia falar sério, desde quando se assumiu naquele jantar desde então ela sempre prende o cabelo em um coque para falar de algo sério.

— “Vamos ficar nessa mesmo?” Desde quando você liga pra mim pô, sempre me tratou mó diferente, nunca me olhou como amiga e agora vem com isso, quer saber de uma? Não quero me aproximar de você e pronto, assim como você falou que não tínhamos intimidade.

— Cara… só queria conversar com você na boa, que cacete esquece que eu falei com você S/n.

— E vê se esquece que eu existo Yasmin Brunet, não quero saber de amizade nem intimidade com você.

Fechei a cara sentindo meu corpo esquentar de raiva, assim que ela voltou pro quarto fiquei lá fora sem conseguir dormir, prendi meu cabelo em um coque.

A madrugada passou e eu nem consegui dormir, tava quase amanhecendo quando a cunhã parou na minha frente, tomei um susto, nem sei quanto tempo ela tava lá, fiquei perdida nos meus pensamentos por muito tempo.

— Não queria te assustar, te vi aí toda tristinha.

— Hum… tudo bem.– Bati do outro lado do sofazinho para ela sentar, ela veio e ficou me olhando, ultimamente eu também me aproximei da Isabelle e eu fiquei bastante feliz com isso, eu contei para ela como tava me sentindo em relação a S/n e ela jura que é amor.— Conversei com a S/n de madrugada…

— E o que ela falou?

— Mandou eu esquecer que ela existe, porra… eu tô mal com isso, e sabe qual o pior? Eu já rejeitei qualquer proximidade dela antes, e por isso mesmo que eu não julgo ela, faria a mesma coisa pra falar a verdade.

Fiquei em silêncio e deitei minha cabeça em seu ombro, fiquei quieta sentindo vontade de chorar.

— Você gosta dela Yas, tá nítido isso, maninha a melhor coisa que você vai fazer agora é deixar ela no canto dela, talvez esfrie a cabeça e queria conversar depois…

Balancei a cabeça concordando, passei meu braço sobre seu corpo e tentei descansar, o cheiro da Cunhã era tão bom e calmo, ela me lembra o lado bom da floresta, algo único nela que nunca vi em outra pessoa.

— Você é uma mulher foda demais, mas tem que dar tempo ao tempo.

— Eu sei…– Murmurei fazendo um biquinho olhando para ela.— E se ela nunca mais quiser se aproximar de mim? Cacete… eu tô gostando da S/n…

Olhei para ela chocada, e sim eu confessei isso para todo o Brasil, e agora para mim.

— É Yasmin Brunet, você tá gostando dela.

— Posso te contar um segredo?– ela concordou e eu sussurrei em seu ouvido.— Eu já gostava dela desde os quinze anos, mas nunca quis admitir isso… ou não sabia que eu queria ela… e por isso me afastava com medo de ser rejeitada, tinha a questão de ser lésbica na época que também não era bem vista, muito menos ser Bi, tinha muito preconceito, entende?

— Mentira! Eu já shippo… quer pegar ela na festa?

Neguei imediatamente, quero? Sim! Mas não posso, não mesmo, imagina, minha mãe ia me matar, e depois matar ela! Bem… quem eu quero enganar? Minha mãe e a mãe dela eram a maior conspiradoras para a gente namorar.

— Tia Bruna, queria sua ajuda.– Falei olhando para câmera, talvez ela não veja agora, mas veja depois.

As pessoas já tinham acordado, fiz meu raio-x e quando voltei Giovanna tava fazendo o café da manhã quando S/n chegou atrás dela dando beijos em seu pescoço.

Isso fez meu coração acelerar e meu rosto arder de ciúmes, respirei fundo umas duas vezes e fui preparar meu café, a cunhã me ajudou também e a gente foi comer na mesa, do nosso lado um pouco mais afastado tava S/n, e a morena tava sentada no colo dela.

Tava mordendo o pão com tanta força que nem percebi o Pizane chegar atrás de mim e vir brincar comigo, revirei os olhos, não me dei bem com ele, e o cara de pau veio cheio de intimidade como se tivéssemos alguma.

— Nossa sereia, tu tá gata pá porra…

Me abraçou por trás e eu pedi para ele me soltar, o que ele não fez.

— Me solta Pizane!– Falei alto o suficiente para chamar a atenção dele e ele parar.

— Deixa de ser surtada, se tivesse falando mal de você estaria errado, mas tô te elogiando.

E o desgraçado não me soltou.

— Solta ela porra!– Tomei um susto e ele também, S/n levantou e ficou cara a cara com ele, que não abaixou a cabeça para ela, e como conhecia a S/n sabia que ela também não ia abaixar.

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Amor ou Discórdia. - YASMIN BRUNET Onde as histórias ganham vida. Descobre agora