|5| Dançando com o assassino - Parte II

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|Nos braços dos meus assassinos - capítulo 4|

PARTE II

🗡️

Um ponto que descobri hoje, e devo levar para o resto da minha noite é: Não confie em Park Jimin.

Isso já devia estar mais do que esclarecido para mim, mas o meu cérebro parece estar tendo uma confusão interna, onde não está conseguindo ver que o 'Park Jimin' em minha frente é o mesmo 'Chimmy' que descobrimos estar envolvido na morte de Jackson.

Não o julgo, pois tanto meu cérebro quanto eu demos mole.

Enquanto dançávamos, por alguns momentos eu esquecia que aquele era o cara que passei dois longos dias querendo matar.

Não é como se eu tivesse chegado aqui e esquecido de tudo. Não. Ao contrário do que Namjoon pensa, tenho total convicção que ele é, sim, o culpado. Mas eu não sou idiota. Eu estou vendo o poder de persuasão que ele tem. Eu já saquei a conduta de caça de Park Jimin. E é o que ele está tentando fazer comigo. O que já deve ter feito com vários.

Eu não fui treinado por anos pelo meu pai para chegar aqui e cair nesse jogo. Não posso dar brechas para uma dança, para um flerte. Ele não pode estar no controle da situação, eu que devo ditar o que acontece ou o que deixa de acontecer se quiser realmente terminar o que comecei.

Subo pela escada que há pouco tinha visto ele descer, tentando lembrar pelo mapa de Hoseok onde poderia ser o banheiro. Acabo me encontrando com Mark que com um aceno discreto aponta para a direção que devo ir.

E enfim entro no banheiro masculino.

Ele é gigante, a primeira coisa que percebo, a segunda é que não consigo detalhar mais nada sobre, pois Park Jimin já estava me esperando encostado na parede com uma perna cruzada em frente a outra.

Ele tirou a máscara. Não que antes cobria muita coisa, mas agora consigo ver melhor suas expressões, que são sempre tão impróprias.

— Até que demorou mais do que eu imaginava.

Aquele sorriso de 'anjo que caiu do céu' nos lábios.

Fecho a porta e passo o tranco para que não tenha uma pessoa nesse lugar que ouse interromper o que pretendo fazer aqui.

— Vamos parar com esses joguinhos, Park Jimin.

— Até o momento eu não fiz nenhum joguinho com você. — Ele responde surpreendentemente sério.

— Vamos começar com você me falando de onde me conhece. — Tiro minha arma das costas, olhando diretamente em seus olhos, e a coloco devagar em cima do balcão de mármore ao meu lado. Não me surpreende quando sua expressão continua intacta. Dou meus passos e vou arrastando o revólver pelo mármore, que se estende de uma ponta a outra do banheiro, causando um som estridente com o atrito, até que paro no meio do banheiro e deixo-a onde parou, cruzando meus braços, o encarando, tentando tirar qualquer informação que esteja escondida nas entrelinhas.

Ele solta um riso, não sei se por conta da pergunta ou pela cena um pouco teatral demais que acabei de fazer.

— Imaginava que naquela roupa de drogado você ficava no auge da sua beleza, mas assim... — Ele morde os lábios, encosta sua cabeça na parede, enquanto impulsiona seu corpo todo para frente. — Nesse terno, não sei explicar o que senti quando te vi.

Nunca imaginava que um dia meu maior inimigo seria um que não para de dar em cima de mim.

E o pior.

Nos braços do meu assassino | JJK*PJMWhere stories live. Discover now