|2| Um convite do assassino

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Dois meses atrás.

 Tem certeza de que ninguém te seguiu até aqui?  O mais velho, pergunta, sem se alarmar, no entanto.

 Você deve achar que eu ainda sou aquela criancinha descuidada que você conheceu há muitos anos, hyung  O outro revira os olhos.

 Eu me preocupo com você.

Eu também.

Os dois trocam olhares, cúmplices de uma vida toda.

 Mas o que te faz arriscar, vindo até aqui? O mais velho diz enquanto passa o café. Daqui a pouco o pessoal começa a dar as caras, então não temos muito tempo de conversa.

 Eu sei...  O menor deles se joga no único sofá, olhando para o teto daquele grande barracão.  Se não fosse caso sério eu não vinha, mas estão começando a me pressionar, eu não tenho muito tempo até descobrirem.

O outro vem com uma xícara, parando em frente ao seu rosto. Impregnando com aquele delicioso aroma de café.

 Aceite minha ajuda, simples assim, como você aceita esse café.  O mais novo ri e pega o café da sua mão.  Sei que você queria resolver isso sozinho, mas o nosso combinado sempre foi um limpar a barra do outro, não precisa ser forte o tempo inteiro... Deixa teu hyung te ajudar. Assim como você já devia ter deixado antes de tudo isso começar.

Ele espalha os fios do cabelo do mais novo, até estarem todos desalinhados, enquanto riem.

 Hyung, nós prometemos desde os oito anos que vamos dominar o mundo, mas como vamos conseguir se eu sempre precisar de você para resolver meus problemas.  Ele bufa, fazendo um drama mais do que o necessário.

O mais velho se senta ao seu lado no pequeno sofá.

 Você sempre resolve meus problemas também, sem nem saber. Eu vou fazer isso de qualquer jeito. Se eu deixar pessoas no nosso caminho, como vamos ser nós dois até o fim?

Eles se olham.

 E Dohoon.

 E Dohoon.  Riem juntos. Os dois olhando para o teto dessa vez. Era tão alto que precisariam de umas quatro escadas para chegar ao topo.

 Então por nós três... Procura a mão de seu hyung, ainda prendendo seu olhar naquele teto tão alto. Mate todos aqueles que sabem que sou o culpado pela morte de Jackson Wang.

E finalmente toma seu café.


|Nos braços do meu assassino - Capítulo 2|

🗡️


Caralho... Por que minha cabeça dói tanto?

Tento suportar o peso nas minhas pernas, parece que tenho uns trezentos quilos. Arrasto meus pés, tentando chegar até a mesa, precisava apenas de três passos, mas o cansaço é como se tivesse andado um quilômetro. Consigo chegar até ela, me escorando totalmente de barriga. Minhas pernas podiam ceder a qualquer momento. Tateio a mesa, até encontrar o motivo de ter tido forças para me levantar.

Minha prancheta. A bendita prancheta que me irrita, que era insignificante e burocrática demais até o momento.

Neste momento sendo mais pesada do que imaginava, a arrasto até ficar deitada, seguindo o rumo da minha cabeça apoiada na mesa. Ignorando totalmente, ou pelo menos tentando, a dor latejante nas costas.

Nos braços do meu assassino | JJK*PJMWhere stories live. Discover now