Capitulo 7 - Uma "folga"

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Point of view Barbara Palvin's

                                                                               Seattle
Cidade em estado de Washington, USA

Acordei com dores de um sono sem sonhos. Dores nos quadris, nos
ombros, nas costas, nas pernas. Dores por dentro e por fora. O sono havia me permitido a falta de consciência por alguns segundos após ter acordado.

Infelizmente, quando a consciência veio, trouxe junto com ela lembranças da noite anterior.

Um rapaz bonito, inicialmente gentil.

Um rapaz que pagou para ficar uma noite inteira comigo e que, ao final dela, me deixou em um estado deplorável.

Um rapaz que me violentou.

Toc. Toc. Toc.

– Bella! Está acordada?

Toc. Toc.

Eu não queria responder, e queria que Angela parasse de bater na porta.

Sentia-me um lixo.

- Bella! Já são 13h!

Levantei-me devagar, testando a força nas minhas pernas, tentando não sentir muita dor. Ajeitei o cabelo com os dedos e fui abrir a porta.

Angela estava em pé, com uma bandeja nas mãos, trazendo um prato de cereal e suco de laranja.

- Perdi a hora, Angela. - Falei, sem vida.

O susto que ela levou quase fez com que a bandeja se esparramasse no chão. O copo deslizou um pouco, mas ela se apressou a mantê-lo onde estava.

–Bella... O que...?

Ah, sim. Eu.

Eu era o motivo da sua reação de espanto, de incredulidade. Eu deveria estar por fora o mesmo trapo que estava por dentro.

Cheia de marcas, cheia de resquícios de uma noite violenta e cruel. Sem a menor curiosidade de me ver no espelho, apenas abaixei a cabeça.

– Um cliente. Um pouco entusiasmado.

– Bella... Eu sei o que é um cliente entusiasmado! Eu já te vi depois de clientes entusiasmados! Isso é diferente!

Caminhei de volta para a cama e me deitei, puxando o cobertor. Angela me seguiu, depositando a bandeja no criado mudo ao lado da cama e sentando-se nela, ficando perto de mim.

– O que aconteceu?

Sua voz, assim como ela, era gentil.

Angela era a menina que eu mais gostava na casa. Ela se precupava genuinamente com todas nós. Era uma amiga muito agradável e doce, embora eu a conhecesse havia pouco tempo.

Mas a doçura na sua voz, que normalmente me acalmava e fazia com que eu me sentisse melhor quando algo ruim acontecia, dessa vez provocou outra reação em mim. A doçura de sua voz despertou o rancor e o desespero do que havia acontecido.

Suddenly changesWhere stories live. Discover now