Continuação de "Laços".
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Minha alma voltava pro corpo ainda quando o quarto foi invadido pela equipe. Eu já tinha tomado banho e esperava o meu cérebro fazer o upload completo enquanto Deckard terminava o seu. A barulheira do falatório serviu apenas para me deixar com dor de cabeça.
Eu não estava tendo muitos sonhos como nos outros dias. Acho que o nervosismo e tensão dos acontecimentos recentes deixaram meu cérebro meio pifado.
Deckard saiu com uma toalha ao redor do pescoço vestindo uma bermuda marrom.
— Cor de merda isso ai em — Resmunguei, apontando para o shorts dele. Ele fez uma careta pra mim, mas não pareceu surpreso. Acho que se eu estivesse em condições humanas normais, com as minhas memórias, eu teria falado a mesma coisa.
Levei mais tempo do que o necessário pra perceber que ele estava sem camisa.
— Eu deveria ir atrás de um balde ou deixamos a baba molhar o chão inteiro? — Letty soltou como se fosse um segredo, porém foi alto o suficiente para qualquer um ouvir.
Todo mundo riu quando eu joguei um dos seis travesseiros em sua direção, que pegou e jogou de volta.
— Vou tirar esse seu sorrisinho na base do soco. — Ameacei. Isso só serviu para fazê-la sorrir mais ainda.
— Pode vir, gata. — Ela piscou pra mim e Dominic revirou os olhos sorrindo.
Uma parte do meu cérebro questionou o motivo de ninguém parecer surpreso com a nossa pequena interação indiscreta. Era tão normal assim?
Uma pontada na minha cabeça me fez parar de pensar no assunto.
— Vamos começar? — Dom perguntou enquanto Deckard vestia uma blusa, logo depois colocando uma jaqueta por cima.
Esse homem era doente. Não restava dúvidas.
— Ainda falta gente. — Deckard falou.
Quase como se estivesse planejado, bateram na porta do quarto, em um timing perfeito. Deckard foi abrir a porta e um cara do tamanho do Hulk e uma loira com metade do seu tamanho entraram. Minha dor de cabeça voltou com toda força quando encarei a mulher, notando a familiaridade.
Coloquei uma mão na cabeça, tentando não chamar tanta atenção assim. Disfarcei o máximo que pude quando vi ela vir até mim.
— Eu... Devo imaginar que não se lembre de mim. — Ela murmurou, o sotaque britânico forte em sua voz arrastada. Ela me lembrava de alguém. Olhei para Deckard e foi quando notei as semelhanças.
— Hattie? — Perguntei, só pra ter certeza.
Ouvi todos ofegarem surpresos, menos Deckard.
— Vo-Você se lembra?! — Hattie pareceu surpresa, até mesmo um pouco emocionada.
Era de partir o coração ter que pisar naquela felicidade.
— Na verdade, Deckard me contou algumas histórias ontem. — Cocei minha nuca, minhas bochechas vermelhas enquanto eu ficava constrangida.