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Nosso avião tinha acabado de pousar no Egito, onde ficaríamos até ter um plano concreto

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Nosso avião tinha acabado de pousar no Egito, onde ficaríamos até ter um plano concreto. Deckard fez uma reserva em um hotel e Dom se encarregou dos carros. Não podia ser em grande quantidade, ou desconfiariam. Os satélites ainda funcionavam, não podíamos vacilar.

Dom e Letty foram em um carro. Tej, Roman e Megan foram em outro. Brian e Mia estavam no carro logo atrás de mim e Deckard.

Eu tracei um plano durante todo o caminho até o hotel, mas sempre tinha algo faltando, uma peça chave. Não fiquei surpresa ao ver o hotel seis estrelas que Deckard tinha feito nossas reservas, ele tinha uma carinha de gostar de estar no luxo.

— Temos que ser discretos — Ele falou quando todos saímos do carro. Foi instantâneo quando olharam para Roman e Dom. Porém, Mia olhava pra mim. Eu não quero nem saber o que eu já fiz.

— Eu sempre sou discreto — Dom cruzou os braços e olhou ofendido para Letty ao ouvir ela rir.

— Quer enganar quem? — Ela devolveu ao marido e todo mundo riu.

— Eu não entendi porque me olharam. — Roman confessou.

— Porque você adora chamar atenção. — Brian deu um tapa na nuca dele e os dois começaram uma leve briguinha de soco.

Deckard suspirou e foi andando pra frente do hotel com todos o seguindo. Tínhamos concordado em dividir quartos em casais, já que Deckard tinha só uma identidade de solteiro e a deu para Roman. O bom era que ele pegou os quartos no mesmo corredor, o que facilitava o encontro. A separação ficou: Deckard e eu, Dom e Letty, Brian e Mia, Tej e Megan, com Roman em um sozinho.

Lembro que Deckard perguntou umas vinte vezes se eu me sentia confortável para dividir o quarto com ele antes de fazer a reserva. Eu só respondi que eu poderia ir pro quarto da Mia ou da Letty caso mudasse de ideia. Sinto que ele não gostou muito da minha resposta, mas não retrucou.

Prendi a respiração quando ele me puxou pela cintura e beijou minha bochecha na frente da recepcionista do hotel.

— Essa é a minha adorável esposa. Acabamos de nos casar, viemos passar a lua de mel aqui. — Deckard sorriu pra mim e eu quase desconfiei que aquilo não era apenas atuação. De qualquer forma, eu sorri de volta.

— Aqui as chaves, senhores, espero que aproveitem sua lua de mel. — Ela nos entregou uma chave e Deckard agradeceu, apertando o braço em minha cintura ao me puxar em direção aos elevadores.

Quando as portas do elevador fecharam, ele tirou a mão da minha cintura na mesma hora. Não irei negar que não mexeu comigo, o toque pareceu familiar e estranho ao mesmo tempo, queria que tivesse durado um pouco mais de tempo.

— Desculpe pelo teatro, era necessário. — Ele olhava diretamente para a porta do elevador.

Teatro. Só um teatro. Eu não deveria ficar surpresa, deveria? Eu não me lembrava dele, não podia esperar que ele fosse flores comigo a todo instante. Talvez já estivesse cansando ele, ter que esperar as minhas lembranças. Eu não poderia culpá-lo, mas dizer que suas palavras não quebraram alguma coisa dentro de mim, seria uma mentira gigantesca.

De sangue - Deckard Shaw (Livro Dois)Onde histórias criam vida. Descubra agora