NCT IN THE HOUSE

Jaemin: 18

-Você não sabe tomar sorvete não? - a mulher debocha enquanto limpa minha camiseta com um pano.

-E alguém sabe? -faço a menina rir com minha resposta.

Era um dia um dia ensolarado, estávamos no parque municipal sentados na grama tomando sorvete que compramos numa barraquinha.
Estávamos agindo como se fosse um longo sábado ou um feriado na sexta-feira que iria embarcar no final de semana, mas não. Era uma plena quarta-feira, o único dia da semana que eu consegui ficar de folga do trabalho, minha namorada iria para a faculdade como normalmente mas eu a convenci de faltar na aula depois de fazer manha e me jogar no chão da sala como uma criança fazendo birra a implorando para irmos ao parque fazer um piquenique.

-AI NÃO! -a garota grita com a mão na boca.

-O que foi? -a olho espantado.

-Acabei de lembrar que eu tinha trabalho pra entregar hoje na quarta aula.

-Aaah você pode entregar amanhã, fala pro professor que você sofreu um acidente no trânsito.

-Não posso mentir essas coisas, vai que um dia realmente acontece.

-Vem! Para de ficar pensando nessas coisas agora, deita comigo bebê. -me ajeito na grama depois de já ter comido todo o sorvete. A garota dá um sorriso e deita no meu peitoral me abraçando.

-Sabe, eu não me arrependo de ter faltado pra ficar com você, fazia tempo que não saíamos juntos.

-Ainda bem que não né. Se você se arrependesse eu arrebentava com você.

-HAHAHA, para que tá feio amore. -a menina debocha e eu rio.

-Esses momentos me lembram quando estávamos na escola e ainda estávamos começando a sair juntos.

-Eu lembro. Você com aquele seu sorrisinho simpático de sempre, gosto disso em você até hoje.

-Meu cabelo era mais castanho e natural naquela época.

-Bem menos ressecado também.

-Hoje é o dia de humilhar o Jaemin e eu não tô sabendo?

-Desculpa amor -a menina ri.

-Eu tenho te amado desde que tínhamos dezoito anos.
Recebo a atenção da garota, que levanta os olhos para minha direção. A menina solta um sorriso de satisfação, aquele sorriso lindo que só ela tinha.

-Faz tanto tempo assim então?

-Bem antes de pensarmos a mesma coisa, sobre ser amado e estar apaixonado.

-Amor, por quê nunca disse isso antes?

-Achei que já sabia. Na verdade, eu acho que deixei bem claro que te amava quando te pedi em namoro naquele pier.

-Foi tão romântico.

-E mesmo assim você rejeitou.

-Você me pediu em namoro depois de duas semanas conversando, a gente mal se conhecia, você era rápido demais nas coisas.

-Eu era rápido porque eu sabia o que eu sentia.

-Eu tinha te conhecido a poucos dias atrás, como eu ia ter certeza se você valia a pena se só tínhamos nos visto três vezes?

-Três vezes fora da escola ok? Você me via todo dia na hora do intervalo.

-Tá bom bebê chorão, desculpa por não ter aceitado de primeira, mas a segunda vez foi maravilhosa também.

-Óbvio que foi, eu preparei a surpresa com essas magníficas mãos.

-Você é um convencido, sabia?

-Tudo o que posso dizer é que esses braços foram feitos pra te abraçar.

-Ow, e eu fui feita para ser abraçada por Na Jaemin. - a mulher diz em um tom alegre e eu rio.
Nos juntamos em um abraço caloroso, acabo me jogando pra cima dela a fazendo espernear por baixo de mim, enquanto eu ria e ela me jogava pro outro lado do gramado.

-Vem aqui! -não resisto e a puxo para rolar na grama comigo.

-JAEMIN, VOCÊ VAI DESTRUIR MINHAS COSTAS.

-Do que adianta você sentar na grama e não rolar nela?

-Do que adianta ter Na Jaemin como namorado e não fazer idiotices com ele, não é mesmo?

-É! E ainda bem que você é idiota comigo, não gosto de pagar mico sozinho.

A garota ri e me beija, aquele beijo que me lembra do nosso primeiro beijo quando tínhamos dezoito anos, ah, bons tempos.

Eu quero amar como você me fez me sentir
Quando tínhamos dezoito anos.