Conta a história de Darya Aton, uma feerica que tem um livro inteiro para ser escrito.
Com a morte de sua mãe, sua vida virou uma montanha russa de sentimentos e acontecimentos.
A perda de memória pode te lá afetado mais do que pensava. Será que ela...
Depois do meu episódio com Rhysand, nós fomos até os jardins, todos nós. O clima agora calmo e ameno.
Ficamos ali aproveitando da vista do Rio Sidra por alguns minutos. Jogando conversa fora.
Soube que a Grã-Senhora havia duas irmãs. Elain. A culpada pelo belo jardim, bem cuidado, que rodeava toda a casa do vento. Irmã que no momento, estava cuidando do pequeno Nyx. Eu queria muito conhecê-lo, mas seria muito intrometimento meu, pedir-lhe isso com tão pouco convívio. Mesmo depois de nossa conversa.
Nós ainda tínhamos muito o que conversar e se entender. Por hora era o bastante. Para todos.
E a outra irmã. Tinha o nome de Nestha. Nomenclatura essa, que já havia escutado de Cassian. Que nos olhava de longe, mantendo uma conversa rasa com Azriel e Mor.
A mais velha das Archeron, pelo que me haviam contado, estava no acampamento Illyriano. Treinando as tais Valquírias. Ela era "raivosa" e "difícil", palavras dos grãos-senhores.
_ Ela não quis estar presente. Ouve um pequeno desentendimento com um dos nossos. - ele de relance, olhou para Cass, que pareceu não notar ser o dono do assunto- Os dois tinham um caso. Que acabou. Felizmente, para ele. - suspirou, parecendo cansado apenas de tocar no assunto
Não perguntei nada. Não era da minha alçada. Mesmo que eu queira muito que fosse.
Agora minha atenção era toda do General. O sueter simples, em um vinho escuro, fundia muito com as calças pretas largas, e o cinto despojado. Os cabelos semipresos, como sempre ficavam, era seu charme.
Ah, como adoraria tocar em você agora...
Como um chamado, Cassian se virou para mim. Tão rápido que quase pude ouvir seu pescoço estalando. Os seus companheiros de conversa não ligaram para seu movimento brusco, apenas continuaram com o que falavam virados para o outro lado.
Os olhos castanhos claros do macho me varreram como uma brisa suave. Encarando todo meu rosto e feições. Como se pudesse sentir minha necessidade de longe.
Sem muito esforço, vi meus pés caminharem até lá. Sem dar satisfações para Rhysand e sua companheira. Não pararam se incomodar, notando o clima entre eu e o macho alado.
Cassian fez o mesmo. Se quer abusamos quebrar o contato visual. Parecia errado naquele momento. Era eu e ele. Só nos dois.
_ Olá/ Oi ! - dissemos juntos, em uníssono
Ri um pouco com a situação. Estávamos próximos, quase nos tocando. A como queria que acontecesse.
_ Você... - ele começo, coçando os cabelos médios - Como... - recomeçou novamente - Então. - suspirou pesado, desviando o olhar para cima
Cass sempre olhava para o céu quando estava sem graça. Ou até mesmo desconfortável.
_ Então... - o incentivei, sem sucesso - Quem diria. - o cutuquei em seu peitoral - General da Corte Noturna. - eu sorri
Quis demonstrar todo meu orgulho, e felicidade por ele apenas com aquele sorriso.
_ É. Foi um caminho muito bem percorrido. - Cass pronunciou, inflando o peito com seu ego
_ Foi. Foi sim. - olhei para minhas unhas, e virei ficando agora, de lado para Cass - Acho que mudamos. - o olhei de rabo de olho, o vendo encarar o céu noturno, cheio de estrelas brilhantes, as mais brilhantes
_ Mudamos. - ele suspirou, deixando os ombros caírem - Mas ainda continua uma tampinha. - provocou, tentando me deixar irritada
Havia conseguido.
_ É você continua um brutamontes. Que ama as estrelas. E olha pra elas toda vez que está desconfortável ! - okay, talvez eu tivesse exagerado
Não precisava ter desabafado desse jeito com ele. Não era sua culpa o meu total desjeito com a situação.
O macho ficou em silêncio. Silêncio esse, que se estendeu durante minutos.
Eu fiquei ali ao seu lado, morrendo de vergonha. E me martirizado pela minha fala.
Era claro que muita coisa havia mudado. Éramos como amigos se conhecendo novamente. A sensação estranha de ser um incômodo, uma distorção na realidade perfeita que ele estava vivendo.
Mas aí. Tudo ia pelos ares. O olhar íntimo. As expressões conhecidas. E aquele sentimento de reconhecimento e igualdade vinha a tona. Como um estalo no vazio.
Fui parada no meio dos pensamentos, pelo macho alado ao meu lado. Que agora, parecia relaxado, e a vontade. Um sorriso pequeno rondava seus lábios fartos.
_ Não estou desconfortável. - ele cruzou os braços, ainda sorrindo, olhando para o céu - Você, não me deixa desconfortável. Se foi isso que pensou. - ele me encarou, sua feição me trazendo uma paz gigantesca
_ Foi. - eu disse, tendo em mente meus sentimentos precoces - Poderíamos... - pensei nas palavras corretas para me expressar
_ Nos conhecer ? - ele completou, falando exatamente o que eu procurava
_ Isso. - me virei para ele, sorrindo minimamente - Teremos muuito tempo. - tentei fazer graça para o mesmo
Que sorriu. O sorriso mais lindo de toda face desse mundo. Uma trilha de dentes que me faria terror ao calar do meu sono.
_ Creio que sim, Darya.
Foi a primeira vez que ele me chamava pelo nome. Soou como música. O deslizar de uma onda na praia. Ou a quebra delas.
Aquele é meu mais novo som favorito.
_
Sobrevivemos de migalhas 🥲 Darya é sim, como nos, uma admiradora atenua 🤩 Deixem suas estrelinhas para nosso lindo céu noturno ✨️✨️
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