Comemos as delícias da cesta apreciando a paisagem e escutando o barulho do canto dos pássaros. Olhei para ele e um delicioso frio na barriga surgiu. Era assim todas as vezes que eu pensava em seu lindo sorriso ou nas safadezas que fazíamos na cama.

Sim, eu estava completamente apaixonada e aquele pedaço de felicidade estava tão bom, que tive medo de compartilhar com minha mãe ou Alexander; tinha receio de que o julgamento deles estragasse o meu conto de fadas.

No final do dia, quando achei que ele fosse me deixar em casa, Landon me convidou para dormir no apartamento dele e eu obviamente aceitei.

Ele fez um jantar incrível, enquanto eu e a Bea servimos de assistentes do chef. Foi uma noite regada boa conversa, risos, olhares apaixonados.

Já no quarto, nós fizemos amor baixinho. Em meio a languidez do pós-sexo, eu me declarei e recebi declarações antes de dormir nos braços do homem que tinha se tornado o meu mundo.

+ + +

— Nossa, se olhar matasse, a Natalie já teria te fuzilado de todas as maneiras possíveis — Maddy comentou quando saímos do refeitório.

Naquele dia, Natalie estava sentada sozinha, mexendo no notebook e tomando café. Quando a via pelos corredores, eu não fazia questão de encará-la, mas minha amiga sempre ficava de olho e percebia seus olhares em minha direção.

Bom, o problema era dela. De minha parte estava tudo bem, eu estava seguindo a minha vida como se nunca tivéssemos nos conhecido. Claro que algumas pessoas questionavam sobre o nosso afastamento, mas fiz o que prometi e não revelei os motivos do rompimento.

— Daqui a pouco ela acha outra pessoa para bajular e me esquece — comentei enquanto caminhávamos para fora.

— Verdade. E o que vai fazer agora? — ela perguntou.

— Preciso ir para a biblioteca estudar, depois vou passar em casa para tomar banho e trocar de roupa, porque mais tarde vou para o apartamento do Landon.

— Que novidade. Vocês não se desgrudam mais, a universidade inteira está comentando sobre esse grude todo.

Maddy me mantinha informada sobre as fofocas que envolviam meu nome e nas últimas semanas o assunto era eu e Landon. Pelo menos eles tinham parado de me comparar com a minha mãe e aquele novo enredo era bem melhor.

No meio do caminho, entre a biblioteca e o prédio onde Maddy teria sua próxima aula, nós nos despedimos e cada uma foi para um lugar.

Encontrei Beatrice na entrada da Bodleiana e fomos conversando até eu encontrar uma mesa de estudos vazia.

— Você vai viajar na semana que vem, certo? — questionou quando me sentei.

— Sim, tenho que ir para Nova York visitar meus pais.

— Nova York deve ser incrível — ela comentou com olhar brilhante e aquilo me deu uma ideia.

Ainda era meio cedo para eu aparecer com Landon lá em casa, mas e se eu levasse Beatrice comigo?

Seria possível?

— Bom, se o Landon deixar, eu posso te levar comigo — comentei.

— Está falando sério?

— Claro que sim, vai ser um prazer — garanti.

— Eu vou falar com o meu irmão e Deus o ajude se ele não deixar — disse animada e saiu empurrando seu carrinho de livros.

Torcia para que Landon a deixasse viajar comigo, pois nas últimas semanas a Bea só estudava, trabalhava e fazia as aulas de dança, então um pouco de lazer faria bem a ela.

Após uma tarde inteira de estudos, fui para casa e mais tarde me encontrei com Landon em seu apartamento. Enquanto jantávamos, eu falei para ele sobre a viagem e pontuei como seria bom que Bea respirasse outros ares.

Ele relutou um pouco, mas acabou aceitando.

Quando Bea chegou do curso de dança e soube da notícia, ela ficou eufórica, me abraçando e agradecendo diversas vezes por ter conseguido aquela proeza. Segundo disse, o general McFarland mal a deixava ir até na esquina, então aquilo era um grande feito.

Eu também tinha convidado a Maddy par ir junto, mas ela recusou, disse que adoraria ficar sozinha para receber a visita de um gato com quem estava saindo, então seríamos apenas Bea e eu.

Dormi no apartamento deles naquela noite e no dia seguinte começamos a planejar a viagem. Não daria para fazer muita coisa, mas faria de tudo para que minha cunhada se sentisse especial e vivesse momentos inesquecíveis.

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Landon McFarland

DIAS DEPOIS...

Deixar a Beatrice viajar para Nova York foi um grande exercício de confiança entre nós três. No fundo, eu não temia pela segurança de minha irmã quando estivesse nos Estados Unidos, mas sim em como ela reagiria com o choque de realidade entre a nossa vida e a de Eva.

Após uma longa conversa, eu as acompanhei até o aeroporto e, pela primeira vez em muitos meses, me senti sozinho.

Eu estava acostumado com as tagarelices da minha irmã pelo apartamento e de estar com Eva quase todos os dias no último mês, então estava tudo muito silencioso naquela sexta-feira e ficaria assim até no domingo.

Coloquei uma música qualquer, abri uma garrafa de vinho e decidi que iria cozinhar alguma coisa, pois não pretendia sair naquela noite.

Já estava quase finalizando o molho da massa quando a campainha tocou. Ultimamente eu passava tanto tempo com a Eva, que acabei me afastando dos meus amigos da universidade, então achei que pudesse ser um deles.

Desliguei o fogo e fui atender.

Quando abri a porta, deparei-me com Natalie Pope.

— Desculpe por aparecer assim, sem avisar, mas amanhã é o evento beneficente e eu me esqueci de te entregar as credenciais para você ficar junto com os outros voluntários — ela explicou e tudo fez sentido.

— Eu tinha me esquecido do evento — revelei quando ela me entregou um envelope.

— O importante é que vá. Se tiver qualquer dúvida é só me ligar, deixei o meu cartão aí dentro — declarou e eu assenti.

Achei que ela fosse pedir para entrar, ou que tocaria no assunto do dossiê que encontrou no escritório de Eva, mas Natalie simplesmente se despediu e foi embora.

Fechei a porta, deixei o envelope em cima da mesa e fui finalizar o meu jantar.

Enquanto comia, uma dúvida começou a rondar meus pensamentos.

O que será que Eva iria pensar quando soubesse que eu e Natalie estávamos participando de um evento juntos?

Eu sinceramente esperava que isso não se tornasse um problema, pois precisava cumprir com o combinado que fiz no dia em que assinei a ficha de voluntários e não queria prejudicar meu relacionamento por causa da rixa que existe entre elas.

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EVA STONE E O REI DO PETRÓLEO Where stories live. Discover now