— Eu não sei com que cara eu vou chegar em você hoje.

Pego os meus saltos e os calço enquanto encarava o relógio na parede que marcava 19:15, tô quinze minutos atrasada.

Saio de casa às pressas e solto um suspiro pesado quando estaciono o carro em frente a minha confeitaria, onde Gabriel estava na frente com uma calça preta, uma camisa branca larga e o clássico boné.

— é agora.

Saio de dentro do carro sentindo o meu coração ficar mais acelerado ainda

— Boa noite, Ava. — ele me abraçou rapidamente

— Boa noite, Gabi. A mulher que você convidou ainda não chegou? — digo analisando vendo que só tinha nós dois ali e abro a porta da confeitaria para entrarmos

— Docinho, ela não é muito pontual assim. Deve chegar nestante. E o cara que você tá interessado? Cadê ele? — ele perguntou se sentando em uma mesa e eu me sento na outra do lado um pouco distante

— Ele já deve tá chegando.

Ah, se você soubesse.

— Recebeu o meu presente?

— Sim, eu amei. Muito obrigada. Tá nervoso? – digo percebendo que ele não parava de passar a mão na nuca

— Muito — ele riu baixo — Acho que eu nunca estive assim por uma mulher.

— Ela deve ser muito especial.

— É sim, e você tá nervosa?

— meu coração chega tá saindo pela boca.

— Relaxa, tenho certeza que ele te quer. Docinho, sobre aqueles comentários eu sinto muito.

— eu me sentir muito mal. — digo cabisbaixa

— Eles são uns sem noção, só falam bobagens. Você é muito bonita, inclusive hoje tá muito gata.

— Obrigada – forço um sorriso desanimada.

Como eu vou tomar coragem de ir até a mesa dele e falar que ele é o cara que tô interessada?

Pra quê que eu fui inventar isso?

— Será que é pedir muito pra comer um pão de mel agora?

— Vou pegar pra você — dou risada indo até a bancada e pegando o doce — Essa mulher se atrasa bastante né? Já são 19:45 – digo entregando o seu pedido

— o cara que você tá esperando também — ele disse e concordo voltando pra minha mesa.

— Incrível, os dois tão super atrasados – mordo o lábio nervosa.

Bem, o meu na verdade já está aqui a um bom tempo, enquanto a mulher que você está esperando, Gabriel, espero que não venha.

Quer dizer, eu quero ver ele feliz né? Mas não na minha frente.

Meu Deus, eu tô sem coragem nenhuma de ir la.

Ficamos em silêncio apenas nos olhávamos algumas vezes, era uma encarada que atravessava a minha alma.

Como esse homem consegue ser tão lindo?

Olho pro relógio que tinha na confeitaria observando o tempo passar e respiro fundo tentando puxar coragem que só Deus sabe da onde.

Eu só espero que nossa amizade não termine assim.

Passo a mão no cabelo ajeitando pro lado e levanto da mesa sentindo o meu corpo tremer, olho pra Gabriel que também se levantou e fico sem entender.

Nos aproximamos e umedeço os lábios tentando disfarçar o meu nervosismo.

— Eu queria te falar uma coisa — digo com a voz trêmula

— Eu também.

— Você pode falar primeiro.

— Docinho, fala você primeiro — ele coçou a cabeça nervoso

— Não, fala você.

— Gabriel – solto um riso nervoso — fala você primeiro.

— Fala você primeiro, docinho. Eu sou um cavalheiro.

— isso tá me irritando — digo revirando os olhos já ficando sem paciência

— É que...

— Eu tô interessada em você Gabriel/Ava – falamos juntos rapidamente e o encaro surpresa.

Abrimos um sorriso largo e rirmos baixo, mordo o lábio nervosa.

— Não acredito — ele disse rindo — Sério?

— Muito sério — digo sentindo minhas mãos trêmulas — Eu quem não consigo acreditar nisso, achei que eu não fizesse o seu tipo.

— Você não faz o meu tipo, você é o meu tipo, docinho. — ele murmurou baixo encarando a minha boca

— Então quando você tava lá com a Júlia tava pensando em mim? — questiono com um sorriso no rosto

— Sim, e eu não falei o seu apelido pra ela sem querer, eu gemi o seu apelido. Sempre que eu transava com ela imaginava você e queria que fosse você ali.

Caralho. Ele gemeu o meu apelido.

— Eu jurava que era outra mulher

– Docinho, posso fazer o que eu quero fazer desde o primeiro dia em que te vi? – ele perguntou acariciando o meu rosto sem tirar os olhos dos meus lábios

— Se for o que eu tô pensando, por favor faça logo. Eu não vejo hora disso acontecer.

Ele soltou um risinho e passou suas mãos na minha cintura, fecho os olhos e ele gruda nossos lábios, peço passagem com a língua me sentindo extremamente nervosa.

Minha língua explora a sua boca sentindo um gostindo de menta delicioso, ele anda comigo pra atrás me prendendo na mesa. Arranho seu pescoço intensificando o beijo.

Isso é tão bom.

O beijo dele é tão delicioso que poderia ficar o beijando por horas. Ele aperta com força a minha cintura e mordo seu lábio.

Afundo minhas mãos no seu cabelo o puxando mais pra mim, sua mão desce até a lateral da minha bunda que ele aperta me fazendo arfar.

Paro o beijo por falta de ar e mordo o lóbulo da sua orelha descendo até o seu pescoço, deixo um chupão ali e coloco minha mão por debaixo da sua blusa arranhando seu peitoral.

— Tão cheirosa — ele murmurou com a voz rouca beijando o meu pescoço

O clima esquentou quando ele apertou novamente minha bunda fazendo que minha intimidade pulsasse.

— Gabi, vamos com calma? — pergunto me sentindo ofegante

— Claro. — me deu um selinho demorado — No seu tempo.

— O que a gente faz agora? — questiono nervosa

— Apenas deixa rolar.

Se for pra ser, será.

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DOCE AMOR - GABIGOLWhere stories live. Discover now