– Kim Daesong. -sussurrei com um fio de voz, me recordando de que a culpa do acidente da família do senhor Kang foi a minha mãe. – Bo-kyung te contou ?

– Contou o que? -Minghao perguntou confuso ao meu lado, enquanto eu e o segurança nos encaramos por horas.

– Eu acredito que seja ela. -ele respondeu, ignorando a pergunta de Minghao. – O número me enviou fotos de todos vocês... ela está nos observando.

– Do que vocês estão falando? -o mais novo perguntou ao meu lado, entrelacei nossas mãos apertando nossas peles juntas. – Você está escondendo coisas de mim de novo?

Suspirei passando a mão no cabelo, me virando para olhar em seus olhos. – Kim Daesong visitou a Bo-kyung no hospital, quando na verdade ela deveria estar em Nova Orleans.

– Porra. -Minghao xingou, soltando a minha mãe. – Será que tem como você me contar quando estiver em perigo?? -ele aumentou o tom de voz comigo, ele não estava bravo, eu aprendi a reconhecer suas alterações de humor, ele estava apenas apavorado pela minha segurança.

– Eu não estava exatamente em perigo. -retruquei, cruzando os braços em frente ao peito. – Eu tecnicamente não tive contato nenhum com ela.

– Kim Min-seo.. -ele começou a falar, com aquele tom que ele usa quando quer chamar a minha atenção quando discutimos, apontando o dedo indicador para o meu rosto.

– É Xu Min-seo ! -corrigi, sendo completamente petulante, bati no dedo dele, me virando novamente para senhor Kang, que observava nossa pequena discussão em silêncio.

Minghao se calou, sentando-se ao meu lado em silêncio, hesitei por um momento antes de perguntar. – O que mais as mensagens falavam?

Senhor Kang apertou as sobrancelhas, passando a mão pelo queixo de forma pensativa. – Diziam coisas sobre estar sempre de olho em vocês, sobre saber onde estão a todo momento, além de citar minha noiva o tempo todo.

– Não faz sentido. -ponderei, escondendo a cabeça entre as mãos. – Porque ela faria isso? Mandar mensagens assim faz ela perder todo o fator surpresa... O que ela disse sobre sua filha? -eu temi fazer essa pergunta para ele, eu não queria desencadear memórias dolorosas e causar mais sofrimento no pobre homem.

– Eu não tenho certeza. -senhor Kang respondeu, seu rosto uma cópia exata do meu, em plena confusão. – Disse apenas que ela está viva, me mandou comprovantes de orfanatos... e disse que ela está morando na Coreia. -o homem engasgou antes de completar a frase, escondendo os olhos marejados da minha vista.

Minghao colocou a mão em meu ombro, apertando carinhosamente. Ele sabia o quanto o segurança era importante para mim, sabia como eu me sentia ao ver o mais velho nesse estado. Me levantei de onde estava sentada, caminhando para o lado do mais velho, segurei sua mão ao me sentar, colocando sua cabeça em meu ombro e massageando as costas do homem, carinhosamente.

– Se ela estiver realmente viva, eu te prometo que nós vamos fazer de tudo para achá-la. -falei, sentindo meu coração bater mais rápido a cada espasmo que o corpo do mais velho dava em meus braços. – Mas é da Daesong que nós estamos falando... não podemos confiar no que ela fala.

– Ela pode estar mentindo apenas para te afetar. -Minghao completou, escondendo um bocejo em suas mãos.

– É tortura psicologica... ela é mestre nisso. -concordei, evitando o bocejo contagioso que tomava conta do meu corpo. – Você acha que devemos contactar a polícia? Eu não acho que ela esteja apenas brincando de casinha conosco.

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