Verdades e Descobertas.

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Havia tantas coisas para ver que Hermione não sabia por onde começar.

Seus passos foram abafados por um tapete azul meia-noite enquanto ela e Draco entravam na sala desconhecida. A Queen Anne's Lace crescia abundantemente num grande vaso perto da porta, as cabeças brancas e vistosas balançando-lhes a cabeça no topo de caules finos à medida que passavam.

A primeira coisa que ela conseguiu registrar foi que havia montanhas e mais montanhas de livros. Era ainda mais glorioso do que a sala de expedição e recebimento da Floreios & Borrões (Hermione nunca tinha estado lá, mas ela tinha sonhado com isso). Não havia apenas livros, mas também pergaminhos, pergaminhos e artefatos. Uma antiga armadura indiana estava em pé num canto, brilhante e polida como se fosse nova. Perto dali havia uma coleção de machados de batalha e espadas de outro século.

Ao longo das paredes havia prateleiras compridas, adequadas para guardar salvas ou escudos, e cubículos grandes o suficiente para acomodar apenas uma taça, um anel ou um par de luvas. Cada centímetro das paredes estava coberto de prateleiras e todas as prateleiras estavam ocupadas.

Seus olhos errantes pareciam disparar para um lado e para outro, até que ela ficou tonta com tudo isso.

— É tudo novo, — Draco notou, surpreendendo Hermione com suas observações. — O corredor lá fora parecia uma ruína, enquanto neste lugar parece que alguém esteve aqui.

Hermione notou que a varinha dele estava em punho e que ele estava tenso, como se esperasse por um ataque iminente. Ela, por outro lado, sentia-se inexplicavelmente à vontade.

Havia cavaletes por toda parte, alguns com obras-primas inacabadas, como se fossem descartadas ou sem importância. O chão estava cheio de objetos: urnas, peles, livros empilhados, rolos de corda, velas, penas usadas, um par de botas femininas de couro, incensários e até diversas pérolas enormes.

As coisas que apareciam com mais frequência no chão eram pedaços de pergaminho amassados. Longe da sala parecer ter sido destruída, o lugar parecia mais o escritório confortável de um intelectual nada arrumado. Alguém que não esperava companhia.

— Onde você acha que estamos? — ela perguntou. Seus olhos dispararam para a parede oposta, onde um caldeirão estava colocado ao redor de ainda mais prateleiras que continham principalmente ingredientes para poções.

Os olhos de Draco ainda estavam vagando pela sala em busca de algum indício de crime. — Não tenho a menor ideia.

Uma enorme mesa de mogno com pés em forma de garras e desenhos de águias esculpidos estava diante de uma impressionante cadeira de madeira coberta com um manto com capuz cor de cobalto e embelezada com brilhantes fios de bronze. A mesa estava repleta de itens pessoais, incluindo chaves em um anel de ferro e uma pequena coleção de livros trancados. Uma caneca de chá ainda tinha um leve toque de calor. Havia diversas cartas de correspondência escritas em bela taquigrafia e com o peso de um tinteiro incrustado de safiras.

Hermione foi até a mesa e ergueu o tinteiro para ler a carta mais próxima, na esperança de encontrar uma pista. Um pedaço de cera e um selo saíram da pilha. O selo trazia uma intrincada letra "R."

Todas as peças do quebra-cabeça pareciam se encaixar, mas Hermione não conseguiu acreditar em suas suspeitas até que seus olhos pousaram no fundo do pergaminho mais próximo, que estava elegantemente assinado "Rowena Ravenclaw".

Ela deixou cair o tinteiro em estado de choque e ele caiu de volta na mesa com um barulho que pareceu reverberar em seu coração. Agarrando-o rapidamente para evitar que derramasse, ela o endireitou e colocou-o de volta em cima das cartas.

— Este é o escritório de Rowena Ravenclaw, — ela anunciou.

Os olhos de Draco se arregalaram de surpresa, depois se estreitaram em suspeita quando ele se virou para olhar para ela. — Como você sabe?

The Eagle's Nest | DramioneWhere stories live. Discover now