Um novo caminho

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Na tranquila noite da cidade, o céu se torna um espetáculo de luzes cintilantes. Os arranha-céus, majestosos guardiões urbanos, projetam feixes luminosos em direção ao firmamento, criando uma sinfonia visual de cores e sombras. As janelas dos edifícios revelam vida noturna pulsante, com apartamentos e escritórios iluminados, cada luz contando uma história distinta. Nas ruas, a agitação diurna dá lugar a uma serenidade interrompida apenas pelo suave murmúrio dos carros e passos ocasionais. À medida que a noite se desenrola, a cidade se transforma em um mosaico resplandecente, onde o moderno e o noturno convergem em uma paisagem urbana repleta de fascínio.

No topo de um imponente arranha-céu, um jovem de 20 a 23 anos permanecia absorto, fixando seu olhar vago no céu noturno. Em suas mãos, segurava uma garrafa de refrigerante, cujas gotas condensadas refletiam a luminosidade da cidade lá embaixo. Seu semblante, envolto em pensamentos profundos e insondáveis, parecia perdido entre as estrelas distantes e os brilhos frenéticos das luzes urbanas. O cenário urbano pulsante contrastava com a aparente melancolia que envolvia o jovem, criando uma atmosfera única na encruzilhada entre a solidão pessoal e a agitação coletiva da cidade.

O jovem japonês, com olhos pretos profundos e cabelos escuros, destacava-se no topo do arranha-céu. Vestindo roupas urbanas modernas, ele ostentava uma jaqueta de couro desbotada, levemente aberta para revelar uma camiseta simples por baixo. As calças jeans, desgastadas pelo tempo e pelo estilo de vida citadino, conferiam-lhe uma aura casual, enquanto tênis de corrida indicavam uma prontidão para a movimentação rápida pela cidade. Seu físico atlético, visível mesmo sob as roupas folgadas, sugeriam uma dedicação à atividade física, talvez como meio de escape ou busca por equilíbrio emocional. Apesar da aparência enigmática e distante, sua presença naquele cenário noturno adicionava uma camada intrigante à paisagem urbana.

No silêncio da noite, o jovem japonês murmurou consigo mesmo:

[???: Às vezes eu me pergunto se a vida deveria ser tão injusta... ou porque as coisas são tão fáceis para pessoas tão ruins.]

Seu olhar perdido no céu noturno parecia buscar respostas entre as estrelas, enquanto as luzes da cidade continuavam a brilhar abaixo, indiferentes ao dilema pessoal que o envolvia. A solidão no topo do arranha-céu se misturava com as reflexões profundas, criando um momento de introspecção na encruzilhada entre as luzes da cidade e as sombras da alma.

O jovem desliza a garrafa de refrigerante até seus lábios, dando um longo gole enquanto observa a cidade adormecida. Com um suspiro, ele se move para a beirada do arranha-céu e se senta, deixando seus pés balançarem levemente no vazio abaixo. O vento da noite brinca com seus cabelos escuros, enquanto ele mergulha ainda mais fundo em seus pensamentos, perdido entre o horizonte urbano e as estrelas distantes. A solidão do alto do edifício contrasta com a agitação da vida lá embaixo, criando um momento de serenidade frágil e melancolia resignada.

O jovem, Subaru Natsuki, tira o telefone do bolso e lê a notificação sobre o lançamento do último capítulo de "Três maneiras de sobreviver em um mundo em ruínas". Seus olhos percorrem ansiosos a tela, buscando confirmar se o tão aguardado capítulo havia sido lançado. Uma mistura de esperança e apreensão o envolve enquanto ele aguarda a resposta do aplicativo. A narrativa da novel, talvez uma fuga temporária da realidade sombria que o cerca, oferece-lhe um vislumbre de aventura e desafio em um mundo distante, onde a sobrevivência é a única meta.

Subaru lê ansiosamente até o fim do capítulo, absorvendo cada palavra como se fosse a última de uma jornada longa e familiar. À medida que as linhas finais se desenrolam diante de seus olhos, uma mistura de emoções o envolve: nostalgia, gratidão e uma ponta de tristeza. A obra que ele acompanhava desde os 14 anos agora chegava ao fim, deixando um vazio e uma sensação de completude ao mesmo tempo. Mesmo sabendo que a jornada literária havia terminado, ele guardaria as memórias e lições daquelas páginas para sempre consigo.

 Viajante OmniscienteWhere stories live. Discover now