(Encerrado) Rebirth - Sekai Mahō Taisen Vol.1

Zahyo

De cima de uma montanha, ao longe, Raven contemplava a cena de horror que seu servo havia provocado. Yokohama ardia em chamas, e milhares de vidas se perdiam em meio ao caos. O rapaz de cabelos esbranquiçados e bagunçados soltava um soluço abafado, mas seus olhos brilhavam com um prazer perverso. Ele se sentia poderoso e vingado, como se estivesse cumprindo um destino divino.

Ele não estava sozinho. A seu lado, uma legião de seguidores o reverenciava como um deus. Eles eram os seus "arcanjos", pessoas que ele havia recrutado e dotado de poderes sobrenaturais, para servir à sua causa. Eles vestiam túnicas brancas, que contrastavam com o sangue que manchava suas mãos. Eles eram os instrumentos da sua ira, e não hesitavam em matar quem se opusesse a ele.

Um deles se destacava dos demais. Era Tagoma, o seu braço direito e o executor da sua vontade. Ele era o responsável pelo ataque a Yokohama, e havia eliminado uma grande parte da população, incluindo alguns dos membros da Rebirth Japão, uma organização que lutava contra Raven e seus planos. Tagoma se aproximou de Raven, e se curvou diante dele, com uma expressão de respeito e admiração.

– Meu lorde, concluí minha missão, exterminando trinta porcento desses pecadores, incluindo alguns dos rebeldes da Rebirth Japão. – Tagoma anunciou, com orgulho em sua voz.

Os outros arcanjos também se curvaram, em sinal de obediência e devoção. Eles veneravam Raven como o deus que ele se proclamava ser, e estavam dispostos a lutar e morrer em seu nome. Eles acreditavam que ele era o salvador do mundo, e que ele iria purificar a humanidade dos seus males.

– Você fez bem, muito bem, Tagoma. – Raven elogiou, com um sorriso cruel em seus lábios. Suas lágrimas continuavam a escorrer por seu rosto, mas elas não eram de tristeza, e sim de êxtase. – Você... você realmente... demonstra sua lealdade e seu zelo por nossa causa!

– Vivo para servi-lo, lorde Raven... – Tagoma respondeu, com um sorriso discreto em seu rosto. Ele mantinha sua cabeça baixa, mas seus olhos revelavam sua ambição e sua sede de poder.

Raven girou lentamente sobre si mesmo, como se estivesse em um baile. Ele levantou os braços, como se estivesse abraçando o ar. Ele sorriu, como se estivesse feliz. Ele fechou os olhos, como se estivesse em paz.

– Oh, como é doce ver a justiça divina. Sobre os pecadores e demônios que infestam este mundo. Eles que se rebelaram contra o meu plano perfeito. Eles que ousaram desafiar a minha vontade suprema...

Ele se movia com graça e leveza, como se estivesse flutuando. Ele deslizava pelo chão, como se estivesse desafiando a gravidade. Ele seguia o ritmo de uma música que só ele ouvia, como se estivesse em harmonia.

– Oh, como é belo ver o fogo purificador. Sobre as cidades e as nações que corromperam a terra. Eles que se entregaram aos vícios e aos prazeres. Eles que desprezaram a minha graça e a minha verdade...

Ele curvou-se, como se estivesse a agradecer. Ele ergueu-se, como se estivesse a triunfar. Ele virou-se, como se estivesse a convidar. Ele aproximou-se, como se estivesse a seduzir.

– Oh, como é sublime ver o sangue redentor. Sobre os corpos e as almas que mancharam a vida. Eles que se tornaram inimigos da luz e do amor. Eles que merecem a minha ira e a minha dor...

Ele estendeu a mão, como se estivesse a oferecer. Ele puxou, como se estivesse a dominar. Ele rodopiou, como se estivesse a brincar. Ele beijou, como se estivesse a amar.

– Oh, como é glorioso ver o meu poder soberano, sobre os destinos e os sonhos que destruí com a mão. Eles que nada podem contra a minha força e a minha glória. Eles que se curvarão diante da minha face e da minha história...

Ele dançava, como se estivesse vivo. Ele dançava, como se estivesse livre. Ele dançava, como se estivesse a sonhar. Ele dançava, como se estivesse louco. Terminando a sua dança, Raven se curvou em agradecimento, enquanto os seus arcanjos lhe aplaudiam, todos sorrindo enquanto lágrimas corriam por seus rostos.