— Obrigada, posso tirar uma foto com você? Sou São-paulino mas você é foda cara — o rapaz disse se levantando
— Obrigada, pode sim.
Ele se aproxima de mim e sorrio em direção a câmera
— Valeu cara — fez um toque comigo e volto em direção a bancada
— O que você tá fazendo, Gabriel? — Ava cruzou o cenho confusa
— Ajudando vocês, hoje tem gente até demais
— Gabriel, você é cliente. Deixa que eu atendo o pessoal.
— eu sou seu amigo não sou, Ava? — ela concordou — Então me deixa te ajudar, seus funcionários vão ficar loucos com tantos pedidos.
— de jogador a garçom, que regresso ein — ela brincou me entregando outro prato e reviro os olhos rindo — Mesa 20
Depois de tanto atender várias mesas e tirar diversas fotos, eu e Ava finalmente conseguimos nos sentar pra comer um bolinho.
— Porque que hoje tá tão cheio assim? — cruzo o cenho confuso
— Descobriram que um jogador famoso vem aqui pra comer docinhos — ela debochou e dei risada mordendo o lábio
— Não acredito, eu sou tão discreto — ajeito o meu boné na cabeça
— esses sites de fofoca, acham tudo. Não importa o quão discreto você seja, mas eu amei essa movimetação toda. — ela suspirou — mas o que você tem? Tá todo nervoso.
Nego desviando o olhar, como eu vou contar pra ela que transei com a Júlia com ela no pensamento? Já basta eu ter dito que não tinha conseguido por pensar em outra na terça.
— Nada não, Pô.
— Gabriel...
— Eu só quero conversar com você sobre qualquer coisa pra poder esquecer dos meus problemas.
— Por que não me fala dos seus problemas?
Porque você é o meu problema, Ava.
— Ava, por favor. Eu não quero falar sobre eles – passo a mão no rosto e ela concordou
— Tudo bem, Gabi. Eu só queria te ajudar.
— Você já esta me ajudando, Docinho.
— Sobre o que quer falar então? — Questionou após tomar um gole de café
— vai ter o jogo de volta contra o Fluminense no Sábado de novo, vamos?
— Eu não quero sair em site de fofoca novamente — desviou o olhar pra movimentação — Mas com certeza a gente já vai sair hoje
— Ava, não se incomode com o que esse povo sem noção fala — toco na sua mão a fazendo olhar pra mim
— Como não, Gabriel?
— Desculpa — passo a mão na barba nervoso vendo que ela ficou irritada — a gente pode assistir em outro lugar então
— onde?
— não sei, na minha casa ou na sua?
— tudo bem — abro um sorriso largo — pode ser na minha então.
— certo.
Ficamos em silêncio apenas observando um ao outro, desço o meu olhar pra sua boca e solto um suspiro pesado. Por que eu sempre olho pra sua boca automaticamente?
— Vo..cê ta se sentindo melhor da coxa? — limpou a garganta
— Sim – mordo o lábio e desvio o meu olhar do seus lábios pro seus olhos — Acho que eu já vou indo.
— Mas por que? Você tá estranho hoje, Gabi.
— é que...— coço a cabeça — ontem eu tava ficando com a Júlia e me veio aquela mulher novamente na cabeça.
Ava engoliu em seco e puxou o cabelo pra frente colocando uma mecha atrás da orelha
— Por que você tá pensando em uma mulher enquanto tá transando com a outra?
— Eu não sei — passo a mão no rosto — Acho que é porque essa mulher me faz bem sabe? Minha mente ficou confusa.
— entendi — limpou a garganta — mas não foi bom?
— não, foi muito ruim. A gente tem muita conexão mas ontem foi terrível.
— Talvez você precise pegar outras pessoas, Gabriel.
— aí é que tá — coço a nuca — eu não quero, eu quero outras coisas.
— que tipo de coisa?
— Ter uma pessoa do meu lado igual os meus amigos tem — resmungo — acho que tô carente, vê eles amando me faz querer amar também. — choramingo e ela riu
— eu também queria amar e me sentir amada por alguém — olhou pro café
Olha só, a gente combina.
— me sinto muito sozinho naquela casa.
— a mulher certa vai aparecer, não precisa ter pressa. Deus sabe o que faz.
— a casa dos trinta tá chegando e eu ainda não tenho uma família.
— você tá apressado com isso, Gabi. Deixa as coisas acontecerem
— O Gerson tem uma carrada de filho e eu não tenho nenhum
— você tá se comprando com ele?
— a família dele é tão linda — abro um sorriso — eu queria ter isso também. — até o Léo namora e eu não.
— tudo tem seu tempo — apertou minha mão — eu entendo por se sentir assim, também me sinto, também tô chegando aos trintas e ainda não tenho uma família, mas eu sei que Deus vai me enviar alguém em algum momento, no tempo que ele achar melhor.
— Talvez ele te envie um anjo porque você merece, Docinho.
Não sei se alguém já te contou mas Gabriel é o nome de um.
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DOCE AMOR - GABIGOL
Teen FictionGabriel Barbosa é jogador do Flamengo e atualmente não tem jogado bem e nem ao menos tem chances de entrar em campo, em meio à crise de ansiedades e medo ele encontra um refúgio em uma confeitaria onde conhece Ava, uma confeiteira que agora se torna...
G 🍩 11
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