"s/n, Nanda" Tadeu apareceu assustando todos os participantes "Já estão prontas?"

A surpresa de Tadeu ao encontrar Fernanda e s/n já prontas em seus macacões brancos foi evidente, refletindo a rápida adaptação das duas ao cenário imprevisto.

"Sim," Fernanda respondeu primeiro, com uma firmeza que talvez nem ela soubesse que possuía. s/n apenas acenou, a complexidade da situação deixando-a mais reservada do que o usual.

"Então, é hora de ir. Nanda e s/n, por favor, dirijam-se ao jardim. Um dummy irá acompanhá-las."

Trocas de olhares confusas se seguiram. A ordem inesperada rompeu o momento de trégua e compreensão que começava a se formar entre elas. Sem muita escolha, obedeceram, curiosas sobre o que a produção do programa tinha planejado agora. O caminho até o jardim foi silencioso, mas cheio de tensão. O dummy, guiou-as com movimentos precisos, adicionando um elemento surreal à situação já estranha.

Após um caminho silencioso, Fernanda e s/n adentraram um ambiente que simbolizava um reset em suas experiências dentro da casa. Este local, distinto de qualquer outro espaço do programa, era desenhado para testar os limites psicológicos dos participantes, colocando-os em uma situação de isolamento e monotonia visual.

O cômodo, ao contrário do esperado, revelou-se não como um espaço de conforto, mas sim como um ambiente que lembrava mais um quarto de força: totalmente branco e com dimensões reduzidas, criando uma atmosfera de isolamento e introspecção forçada.

A decoração minimalista e a paleta de cores uniforme intensificavam a sensação de confinamento, uma escolha deliberada que pareafiar as participantes a enfrentarem não apenas o desafio físico do confinamento, mas também o emocional da convivência forçada. A presença de uma única cama de casal no centro do quarto branco simbolizava a necessidade de compartilhar um espaço íntimo, ampliando o teste das suas habilidades de cooperação e entendimento mútuo.

"A Yasmin é uma filha da puta" Fernanda disse ao adentrar o local.

"Espero que esse quarto tenha um botão pra sair daqui" s/n disse desesperada ao perceber que teria que conviver com a sua maior inimiga naquele pequeno espaço.

"Vai chamar o papai e a mamãe?" Fernanda disse irônica.

"Eu não aguento ficar um segundo com você. O que você faz pra ser tão insuportável?"

"Aprendi com você" Fernanda disse se ajeitando na cama.

"Produção, já pode liberar, eu vou apertar o botão" s/n disse parada no meio do quarto.

"Não acredito que você vai fazer esse drama todo. Eu não mordo, mimadinha", disse Fernanda, franzindo a testa enquanto encarava s/n.

"Sabe, Fernanda, você sempre consegue transformar qualquer coisa em uma grande confusão", retrucou s/n, cruzando os braços com indignação.

"Eu? Eu que transformo em confusão? Você não percebe como é exagerada às vezes?", rebateu Fernanda, levantando as mãos em frustração.

"Não comece com isso, Fernanda. Você sabe muito bem que não sou exagerada", respondeu s/n, com um tom de voz crescente.

A tensão no quarto branco aumentava a cada palavra trocada entre elas, criando uma atmosfera carregada de emoção.

Fernanda bufou, sentindo o calor da discussão subir pelas suas bochechas. "Exagerada? Eu realmente cometi um equívoco! Você é a rainha do drama, s/n. Tudo tem que ser um espetáculo com você!"

s/n arqueou as sobrancelhas, os olhos faiscando de irritação. "E você é a rainha da insensibilidade, Fernanda! Sempre pronta para apontar o dedo, sem se importar com os sentimentos dos outros."

A troca de acusações continuou, cada palavra ampliando a rachadura entre elas. O ar no quarto branco parecia eletrificado, carregado com a energia da discussão.

"Tudo bem, parem as duas", interveio Tadeu, sua voz ecoando pelo quarto branco e interrompendo a briga iminente.

"Desculpa, Tadeu" As duas disseram em coro.

"Vocês podem brigar à vontade, mas, antes de tudo, eu preciso explicar como funcionará o quarto branco. A Yasmin colocou vocês aqui e, querendo ou não,  terão que conviver aqui com algumas surpresas da produção. Agora, vocês devem estar se perguntando como faz pra sair do quarto branco. Na verdade é bem simples, uma de vocês aperta o botão vermelho ao lado da cama e as duas serão colocadas automaticamente no paredão. Estamos entendidos? "

"Sim, Tadeu" As duas disseram e tiveram um longo silêncio como resposta.

Instantes depois, s/n encarava Fernanda em tom de desafio e, no mesmo instante, correu em direção ao botão. Entretanto a Bande foi mais rápida ao segurar a mulher.

"Você não vai apertar esse botão. Espera pelo menos um dia pra você aparecer no vt"

Mas s/n se soltou e, antes que ela pudesse seguir seu caminho, a parede do quarto se estreitou, diminuindo o espaço. Em seguida, um jato de água caiu do teto molhando as duas.

"É questão de lógica, a gente não tem escolha" s/n suplicava "De todo jeito nós vamos para o paredão e, quanto menos tempo de tortura ao seu lado, melhor é"

"Você está errada" A Bande disse encarando a mulher na sua frente "O Tadeu não falou o que acontece se ninguém apertar o botão" Naquele instante a Bande alugou um apartamento na cabeça de s/n.

"E quais as chances de ser uma coisa boa?"

A Bande deu os ombros e encarava a mulher a sua frente em expectativa.

"Eu te dou um dia" s/n disse por fim.

"É tudo que eu preciso"

Hidden Games  (Fernanda Bande/You)Where stories live. Discover now