— não me importo com isso, eu amei a minha rosa.

— é linda, combina com você.

— Obrigada — ela sorriu tímida sem mostrar os dentes

— foi você quem fez esse?

— sim

— por isso tá tão bom — ela sorriu e olhou pro lado

Um homem entrou aparentemente bravo, se sentou na mesa ao nosso lado e olhou pra Ava de uma forma muito séria. Ela desviou o olhar pra mim cruzando o cenho, parecia não o conhecer mas ele literalmente secava a alma dela com o olhar.

Eu sei que ela é gata mas ele pelo menos podia disfarçar.

— Que cara esquisito — ela murmurou somente pra eu ouvir

— sim — sinto um calafrio

Que energia estranha esse cara trouxe pro ambiente, pego na mão de Ava por cima da mesa tentando passar tranquilidade.

— Sua dor na coxa tá melhorando?

— Ela tá bem melhor que ontem, acho que no próximo jogo eu vou poder jogar se o Tite me colocar. — digo cabisbaixo

— Se você conseguir mostrar o seu esforço nos treinos, um dia ele vai te colocar em campo e pode já ser no próximo jogo, é só você mostrar pra que que você tá lá.

— já pensou em ser psicóloga?

— não — deu risada — não sei se meus conselhos são bons e eu acho que não teria tanta paciência assim

— seus conselhos são ótimos, você tem me feito bem, Ava.

Acaricio a sua mão e olho dentro dos seus olhos, que mulher linda. Desço o meu olhar pelo o seu nariz até chegar em sua boca que estava com um sorriso aberto. Mordo o meu lábio sentindo o meu coração palpitar.

Eu quero pra caralho saber o gosto dessa boca,
não só dela...

— e..eu..e — tirou a sua mão da minha nervosa — eu acho que vou indo porque vou ter faculdade à noite — disse coçando a garganta

Solto um suspiro tirando minha mão de cima da mesa e olho pro meu prato onde não havia mais nada, eu devorei tudo.

— Eu te dou uma carona — falei a vendo se levantar e faço o mesmo

— Não quero incomodar, Gabi.

— Não vai me incomodar, vamos.

—  Você sempre quis ser jogador? — ela perguntou saindo da confeitaria

— desde moleque — digo entrando no estacionamento.

— é o sonho de todo garoto praticamente

– realmente, parece que todos já quiseram um dia ser jogador — dou risada, coloco a mão na cabeça pra tocar no meu boné mas não o senti — Cadê o meu boné? — cruzo o cenho confuso

— Eu acho que você deixou lá dentro — ela disse se escorando no meu carro

— Vou buscar, já volto.

DOCE AMOR - GABIGOLWhere stories live. Discover now