Capítulo 08

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Com os olhos marejados de lágrimas, Poncho delicadamente acariciou uma das muitas fotos de seu amado filho, Benjamin. Cada traço na imagem evocava memórias vivas e emocionantes da alegria que uma vez preencheu suas vidas. Em um gesto de carinho, ele se conectou com a lembrança do pequeno raio de sol que trouxe tanta luz e amor ao mundo deles.

Benjamin Herrera, aos seus três anos de idade, era uma visão encantadora de graciosidade e doçura. Sua presença irradiava alegria e vivacidade. Sua pele, suave como porcelana, destacava as bochechas grandes e vermelhas que acrescentavam um toque de inocência ao seu rosto.

Os cabelos castanhos claros, em delicados cachos, dançavam sobre a sua testa, acrescentando uma adorável desordem à sua aparência. Cada mecha parecia carregar consigo as travessuras e a energia contagiante de uma criança cheia de vida.

Os olhos azuis, expressivos e curiosos, eram janelas para um mundo repleto de descobertas. Capturavam a essência da pureza infantil e transmitiam uma alegria incontida que contagiava todos ao seu redor.

Ben, com sua estatura pequena e rechonchuda, era o tipo de criança que despertava instantaneamente sorrisos. Sua presença iluminava qualquer ambiente, e a vontade de morder aquelas bochechas rosadas era irresistível. Cada traço, cada detalhe, contribuía para criar a imagem adorável de um raio de sol em forma de criança.

Com os olhos embargados de lágrimas, Poncho segurou com delicadeza uma das muitas fotos de seu filho. Ali, naquela imagem estática, Benjamin irradiava a mesma alegria e vivacidade que sempre carregara em vida. Poncho deixou seus dedos percorrerem suavemente a superfície da fotografia, como se buscasse encontrar nos contornos impressos a sensação reconfortante do toque de seu filho.

 Poncho deixou seus dedos percorrerem suavemente a superfície da fotografia, como se buscasse encontrar nos contornos impressos a sensação reconfortante do toque de seu filho

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Cada traço capturado na fotografia ecoava memórias vivas em sua mente. O sorriso radiante, os olhos brilhantes, a expressão inocente - tudo isso era um lembrete tangível do amor incondicional que compartilhavam. As lágrimas escorriam silenciosamente por suas bochechas, testemunhas silenciosas da dor e da saudade que habitavam seu coração.

Poncho se viu envolvido por uma mistura avassaladora de emoções. A dor da perda misturava-se à gratidão pelas lembranças preciosas que carregava consigo. Cada foto era um fragmento do passado, uma janela para um tempo em que a felicidade era uma realidade palpável.

Com um suspiro pesado, Poncho segurou a foto mais perto de seu peito, como se buscasse encontrar consolo na presença simbólica de seu amado filho. Ali, naquele momento de introspecção e dor, ele encontrou um lampejo de paz - uma lembrança eterna do amor que transcendia o tempo e a distância.

Ao voltar para a sala após o banho, Any encontrou Poncho com o álbum de fotos de Ben nas mãos. Seus olhos estavam fixos nas imagens, perdidos em lembranças que, mesmo dolorosas, eram preciosas. Any observou-o por um momento, deixando que a serenidade do momento os envolvesse.

Ela se aproximou silenciosamente, sentindo a emoção palpável no ar. Ao lado de Poncho, Any também folheou as páginas do álbum, seus dedos traçando os contornos das imagens que contavam a história de seu filho. Cada foto era uma janela para o passado, uma lembrança de um tempo em que Benjamin iluminava suas vidas com sua presença radiante.

Any sentiu um nó se formar em sua garganta ao ver as fotos de seu amado filho. Cada imagem era uma faca afiada de saudade, mas também uma fonte de conforto e gratidão por ter tido a oportunidade de compartilhar momentos preciosos com ele. Ela olhou para Poncho ao seu lado, compartilhando aquele momento de dor e ternura.

Não eram apenas ex-marido e mulher ali naquela sala, eram pais unidos pela memória de um filho amado. Em meio à dor e à saudade, encontraram consolo na presença um do outro, na compreensão mútua que vinha de compartilhar um amor tão profundo.

Juntos, folhearam o álbum de fotos, permitindo que as lembranças os envolvessem e os reconfortassem em meio à tempestade de emoções que enfrentavam. E ali, naquela sala repleta de memórias, encontraram um momento de paz e conexão que transcendia as palavras.

Poncho: Sinto que falhei miseravelmente....deveria ter feito algo para salvá-lo.

Any: Ele foi um guerreiro, lutou bravamente. Não foi culpa sua, Poncho.

Poncho: Mas eu deveria ter estado lá, Any. Deveria ter protegido nosso filho.

Any: Nós dois deveríamos, Poncho. Não há um dia em que eu não me culpe pelo que aconteceu.

Poncho: Sinto tanto a falta dele...

Any: Eu também, Poncho. Todos os dias

Poncho: Ben foi o presente mais lindo que você poderia ter me dado.

Any: Digo o mesmo a você.

Poncho colocou as mãos sobre as mãos de Any

Any: Às vezes, me sinto perdida, como se estivesse navegando sem direção.

Poncho: Eu sei como é. Mas você não está sozinha, Any. Estou aqui por você, sempre estive.

Any: Obrigada, Poncho. É reconfortante ouvir isso.

Poncho: Eu deveria ter sido mais presente, especialmente depois que perdemos o Ben. Sinto muito por não ter estado ao seu lado como deveria. Você é uma pessoa incrível, Any. Mesmo com tudo o que passamos, você ainda encontra forças para seguir em frente.

Any: O amor que tenho pelo Ben é o que me move. Mesmo nas tempestades, ele é minha luz.

Na penumbra da sala, Poncho e Any, unidos pelas memórias de um passado doloroso, encontraram um entendimento mútuo. As fotografias de Ben espalhadas pelo álbum eram um testemunho de um amor que transcende o tempo e a perda.

Poncho, com olhos cheios de sinceras desculpas, procurava redenção. Any, apesar das cicatrizes emocionais, encontrava forças para seguir em frente, impulsionada pelo amor inabalável que sentia pelo filho.

À medida que a noite avançava, a sala se enchia de uma atmosfera de aceitação e renovação. As lágrimas derramadas eram como gotas de chuva que lavavam a dor.

Tropeços do Amor AyAWhere stories live. Discover now