Capítulo 13 - Atos

8 1 1
                                    

– Treinar... UM BEIJO? Mas eu nem...!

Incubus ofereceu álcool para Zerachiel que apenas o observou colocar uma quantidade em seu copo. O anjo estava confuso e tonto só de pensar nessas coisas. Ele estava nervoso enquanto Incubus sorria.
O demônio se aproximou mais já visionário no que iria fazer, ele estava confiante demais.

– Você vai ver o quão rápido você vai ficar bom. Apenas confie...!

O som do copo de vidro no balcão assustou ambos seres que estavam próximos para uma conversa. Hzethel bateu o copo com força justamente para chamar atenção.

– Eu não confiaria nem um por cento nessa criação maligna. Eu acho que você deveria saber que ele também é um... Demônio.

Zerachiel piscou rapidamente surpreso, era por isso que ele estava sentindo uma sensação estranha de calor quando Incubus se aproximava dele. Incubus estava tentando sugar sua energia celestial.
Incubus por outro lado sorriu ao saber da novidade

– Então você é um anjo? Então talvez seja por isso que senti um ar celestial e relaxante, até porque vocês não queimam como nós. E seu toque...

A pele de Zerachiel estremeceu quando Incubus o tocou. Seu toque era quente, mas a pele fria de Zerachiel parece que o aliviava. Os demônios queimavam, mas com toques angelicais parecia que eles eram anestesiados daquela dor. Incubus realmente se sentiu aliviado e então Hzethel se levantou e se pôs entre Incubus e Zerachiel com o cenho franzido.

– Ora... Você seria um demônio da guarda? Haha! Que tipo de reação seria essa a sua, Hzethel um dos demônio mais cruéis do inferno protegendo um anjinho?

Até ele! Qual o problema desses demônios!? Assim Zerachiel havia pensado. Hzethel gargalhou alto suficiente para que outras pessoas no bar pudessem escutar. Sim, ele era mal, mas ele não queria parecer bom agora nem nunca e chegou mais perto de Incubus como se estivesse o ameaçando.

– Deveria lavar sua boca com enxofre seu maldito. Por que você não vai comer os humanos e deixa que da minha missão cuido eu?

Incubus sorriu e deu um gole na bebida alcoólica antes de olhar de volta para Hzethel. Ele era ameaçador, mas Incubus também tinha esse maldito dom. Zerachiel era quem não entendia as coisas por ali.

– Se acalmem! Eu não entendo o tipo de relação que vocês possuem, mas vamos tentar isso em outro lugar.

Zerachiel finalmente se pronunciou rápido para tentar acalmar as coisas enquanto podia, mas os seres ainda se olhavam com desprezo total enquanto eles saiam do bar depois de pagarem.

Estava escuro e a lua brilhava como nunca. Zerachiel estava pensativo enquanto Hzethel fumava sob a luz do luar e Incubus observava o anjo.

– Anjos são realmente bonitos. Todos os anjos são como você, lindos?

– Somos todos filhos e semelhantes a Deus, nossa beleza é divina e celestial.

Zerachiel respondeu com inocência e vontade de palavra quando Incubus perguntou. Incubus realmente admirava aquela beleza enquanto Hzethel revirou os olhos.

– Por que você não vai cuidar dos seus prazeres idiotas se sexo? Anda, saia daqui.

O homem riu e levantou as mãos se rendendo às palavras de Hzethel. Incubus passava por Hzethel e pelo anjo indo embora, mas sussurrou algo para Hzethel bem baixo.

Se você ousar tocar nesse anjo, sabe que vai arder no enxofre do inferno, não sabe? Hzethel.

O silêncio permaneceu enquanto Zerachiel esperava a partida de Incubus que entrou de volta no bar parecendo normal. Hzethel revirou os olhos com desgosto e desprezo daquelas palavras e depois chutou uma garrafa de vidro no chão. Ele então puxou um cigarro e acendeu com o isqueiro que tinha no bolso.

– O que ele te falou?

– Isso não te interessa.

A resposta fria irritou Zerachiel, mas o mesmo fingiu não se importar e deu meia volta voltando para a casa da menina Alicia. Hzethel permaneceu no seu corpo humano e continuou fumando o cigarro. O anjo já havia partido e então Hzethel estava bem pensativo.

Que porra ele quis dizer com "tocar no anjo"? Por que eu tocaria em um anjo idiota como Zerachiel? Isso seria estupidez e burrice, Tsk. Foi assim que o Hzethel pensou enquanto fumava.

Enquanto Hzethel estava nas ruas, Zerachiel estava na casa de Alicia em sua forma espiritual. Ele cuidava da menina pacificamente quando sentiu uma presença ali naquele cômodo, era Abel em sua forma angelical. Abel era um dos mais lindos anjos e estava ali para dar um recado. Zerachiel logo se assustou um pouco e o olhou surpreso.

– Abel! Algo aconteceu?

Abel sorriu e se aproximou de Zerachiel parecendo bastante feliz. Seus olhos brilhavam e suas asas estavam escondidas, mas ele ainda era lindo.
Abel se sentou ao lado de Zerachiel que o olhou sorridente também.

– Nada de novo. Vim apenas ver como você está já que não pode ir para o céu ou abandonar sua missão. E outra coisa... Vi que você entrou em contato com dois demônios.

Aquilo foi suficiente para surpreender um pouco Zerachiel que acariciava a cabeça de Alicia enquanto a menina dormia.

– Bem... Sim. Incubus e Hzethel, eles são terríveis e completamente impuros demais. E aconteceram outras coisas também mas...

– Coisas? Que coisas? Zerachiel, não me esconda nada! Nos conhecemos faz bastante tempo, você sabe que pode me contar tudo. Agora me diga o que aconteceu.

Os olhos do anjo vacilaram um pouco quando ele pensou em falar. Abel estava preocupado e prestando completa atenção em Zerachiel como um alfa protegendo seu ômega.

– Incubus tentou me beijar dizendo que isso era completamente normal e...

– ESSE DEMÔNIO O QUÊ?!

A reação de Abel assustou bastante Zerachiel que estava pensando em como juntar todas as palavras na hora de se expressar. Abel parecia irritado e se levantou ficando de pé e em frente a Zerachiel que estava um pouco assustado com aquela reação.

– Céus, esses seres malignos pensam que podem fazer o que quiserem com esse mundo! Eu vou fazer ele se arrepender de fazer isso com você...!

Zerachiel segurou o braço de Abel que se assustou com aquilo já que ele estava pronto para ir atrás de quem fez isso com Zerachiel.

– Não! Ele não fez nada de ruim, apenas tentou, mas eu fui embora em seguida. Por que está tão bravo Abel?

A reação de Abel era realmente estranha já que ele nunca teve essa reação antes. Abel se acalmou e se sentou ao lado de Zerachiel com uma cara de preocupação.

– Você não conhece muito dessas coisas sobre os seres... Eu preciso proteger você desses demônios imundos e dessas maldades que eles implantam.

Eles estavam ali sentados diante um do outro. Abel colocou uma mão no rosto de Zerachiel que ficou um pouco surpreso. Para Zerachiel, Abel era um grande irmão que sempre estava por perto. Abel estava acariciando o rosto de Zerachiel e o clima do quarto era um tanto profundo enquanto Abel admirava Zerachiel e então se levantou preparado para ir.

– Tudo bem... Se cuide e fique atento com esses demônios sujos. Agora tenho que ir, fique bem Zerachiel.

Abel sorriu e abraçou o anjo que piscou um pouco surpreso pelo abraço. Abel estava bem estranho, mas Zerachiel não se importou muito com isso e o abraçou de volta.

– Até mais Abel!

O anjo sorriu e então Abel se foi depois de uma claridade aparecer e desaparecer. Em segundos, Hzethel apareceu repentinamente escorado na porta do quarto de Alicia e isso assustou Zerachiel que estava sentado na cama. O que mais o assustou ainda foi que Hzethel estava em sua forma humana e não espiritual e a qualquer momento a mãe de Alicia ou a Alicia poderia ver ele bem ali como se tivesse invadido.

O divino e o profano

O Divino e o ProfanoWhere stories live. Discover now