𝐓𝐇𝐄 𝐊𝐈𝐋𝐋𝐄𝐑

• 12 •

Ontem foi um dia incrível. Aquele sexo foi maravilhoso. Estou pensando em repetir isso novamente e é claro que ele iria aceitar.

Mas algo me preocupava... Não estávamos transando com camisinha. Eu não queria engravidar e muito menos ter um filho assim.

Isso me intrigava mas não tinha coragem de comentar sobre. Por mais que fosse necessário...

Hoje ele havia saído e disse que voltaria cedo. Mas já está escurecendo e nem um sinal dele ainda.

Eu estou arrumando a casa. Não quero que fique desarrumada, gosto de ambientes limpos.

Já havia arrumado a maioria dela, já que não era grande.

Estava no quarto dele, limpando algumas coisas, por mais que eu não tenha pedido permissão.

Seu guarda roupa estava cheio de coisas. Tinha roupas e mais roupas, além de acessórios e outras coisas.

Eu havia achado tanta coisa estranha mas nada que não combinasse com ele.

Estou a limpar a parede do guarda roupa até que vejo algo oco atrás dela.

Deve ter alguma coisa aqui...

Dou batidas e vejo que pode ter algo. Procuro alguma passagem e encontro um lugar que posso abrir. Uma pequena frecha, então a puxo.

É isso...

Com medo vou até a sala e me certifico que ele não chegou, por mais que eu possa ouvi-lo abrir a porta.

Voltando ao cômodo, vejo que tem um pequeno espaço com uma caixinha. Uma caixinha meio velha e suja.

Sento na cama e abro aquela caixa com cuidado e medo do que poderia ter ali.

Retiro a tampa e vejo uma seringa.

O que...

Ao lado, um pequeno potinho com um pó dentro.

Seria droga??

Retiro a seringa e o potinho e vejo que havia fotos no fundo da caixinha, fotos de cabeça para baixo.

Bom, vamos ver...

Viro a primeira foto e me espanto. Me arrepio de medo e meu coração para de funcionar por segundos. Vê aquilo faz um nó em minha garganta.

Era uma foto... Minha.

Uma foto minha quando criança. Na escola. Eu usava um laço rosa sempre que era dia de sábado. Mas... Como ele podia ter aquela foto?

Eu nunca havia postado nada meu quando criança, nem.... Paro ao ouvir o barulho das chaves.

Rapidamente coloco a foto, a seringa e o potinho na caixinha e a tampo colocando no fundo do guarda-roupa.

Ouço a porta abrir e tento fechar aquela abertura o mais rápido possível, mas ela não ia de jeito nem um.

Oh meu Deus...

Consigo empurrar com força e ela se fecha. Me sento na cama rapidamente "limpando" a cabeceira e logo ele abre a porta do quarto.

— Oi gatinha. —

— O... Olá. — tento parecer o mais normal possível.

— Está tudo bem? —

— Claro! Estou limpando as coisas! —

— Hum... —

Me levanto e vou limpar a mesinha do quarto.

— Yuri... — respiro fundo tentando ter coragem.