Capítulo 10: O Buraco Negro

15 4 3
                                    

1


  — O quê? — nem Eclipso estava acreditando no que havia acontecido.

  Lá estava o corpo aparentemente morto do Sr. Estrela, caído no chão enquanto uma gosma preta (que Eclipso achava ser o sangue dele) saía. Aquilo parecia ser muito quente, pois apenas o fato dela estar se espalhando já era o suficiente para derreter o concreto, formando um buraco no chão.

  O olho dele estava aberto, mas não significava que estava vivo. Enquanto o sangue se espalhava lentamente, Eclipso ainda estava tentando raciocinar direito sobre o que havia feito. Ele conseguiu se mover, depois do que pareceu ser séculos, tomou uma ação.

  Ele foi correndo até o cadáver que estava caído no chão e começou a examinar ele por completo, tentando achar alguma coisa. Achou um bolso na camisa preta dele, e logo enfiou a mão lá dentro para tentar achar o que quer que estivesse dentro. Ele conseguiu puxar algo que parecia ser um colar de sol amarelo.

  Não entendeu muito bem, e isso nem chamou a atenção de Eclipso, que no momento, já achou que provavelmente deveria ser só alguma coisa que o Sr. Estrela usava de vez em nunca. O que poderia ter demais naquele colar bobo? Era só algo que ninguém iria ligar.

  Colocou o colar no bolso e apenas saiu dali o mais rápido que podia, mas logo parou, pois não sabia o que fazer.

  Para onde iria? O que faria agora? Ele matou o Sr. Estrela, certo? Ou será que não? Não, o Sr. Estrela estava partido ao meio, não tem como ele sobreviver, né?

  Talvez estivesse apenas pensando demais nessas coisas. O que deveria fazer agora seria achar Clyde e Hélio e fazê-los de reféns de novo, e obrigar eles a arrumar um jeito de sair dali.

  Eles iam do palácio no espaço até Maryland muito rápido, eles tinham um meio para isso.

  Mas, antes que pudesse sair, ele sentiu algo no colar que estava com ele.

  Algo que ele nunca sentiu, um sentimento inexplicável. Entretanto, Eclipso conseguia entender um sentimento: deveria botar aquele colar.

  E ele botou. Foi aí que cometeu um grande erro, pois, no momento que ele colocou o colar de sol, algo aconteceu.

2

  Clyde e Hélio estavam correndo o mais rápido que podiam. Estavam correndo tão rápido, e fazia bastante tempo desde que estavam fazendo isso. Os pais deles estariam orgulhosos se ainda estivessem vivos.

  Não queriam e nem podiam parar no momento, afinal, só Deus sabia o que havia acontecido na luta do Eclipso contra o Sr. Estrela. Talvez o Sr. Estrela tenha matado Eclipso com um ataque, ou talvez Eclipso tenha arrumado um jeito de assassinar o Sr. Estrela usando aquela foice.

  Não sabiam e nem queriam saber, só viraram para à esquerda e... droga, um corredor sem saída.

  — Volta! — Clyde já até se virou, mas foi em vão, pois Hélio agarrou seu braço direito antes que ele pudesse sair dali.

  — Calma! Vamos ficar aqui por um tempo...

  — O que?! Não! Eu quero sair daqui o mais rápido possível! Nós vamos achar uma cápsula e...

  — Cala a boca. Deixe eu falar

  — Que?

  Clyde não ficou com raiva, mas, na verdade, ficou em puro choque. Hélio nunca havia falado nada assim (pelo menos não de forma séria), e ele falou com um tom tão severo que Clyde realmente teve que escutar o que Hélio queria dizer.

Sr. EstrelaWhere stories live. Discover now