I- Primeira Vista

27 8 57
                                    


                         ꧁☆​☆​☆​ ꧂

     Enquanto Larissa e Jamico apreciavam a viagem, pois de fato estavam mesmo curtindo ir morar em outro lugar, o jovem Arthur Mitra sentado no banco de trás no carro de sua mãe nem dava atenção no que eles falavam.
      Ele era o único que não queria ter saído das favelas do Rio de Janeiro e apesar de cada dia o local se tornar mais perigoso, ele ainda preferia morar lá.
     Ambos chegaram em Preciosa algumas horas mais que o esperado. Arthur ainda sentado suspirou fundo ao ver a cidadezinha quieta naquela hora. Não era nem 19:00 da noite ainda e algumas casas já estavam fechadas.

__ Que belo presente né Arthur?.__ Ele resmungou só para si.

__ Qual é Arthur. Você vai gostar de Preciosa.__ A mãe tentou puxar assunto.

__ Vocês vão gostar.__ Ele falou bravo.

    Enquanto sua mãe ajuda o menor com suas coisas, Arthur pegou a sua mochila e entrou para a casa que outrora pentencera ao seu avô.
    A noite já havia caído e ainda era bem cedo para dormir. Ele estava mesmo chateado para descer e jantar com a sua família, foi por isso que ele preferiu ficar no quarto escutando sua banda preferida.
Um tédio incomodou o jovem, não existia mesmo nada para fazer naquela casa chata. Retirou os fones do ouvido e se dirigiu até a janela abrindo ela.
     Lá embaixo existia uma pracinha iluminada onde ele via crianças brincando e algumas pessoas caminhando por lá. Talvez ela era bem frequentada durante as noites, já que era uma bela praça e um monumento daquela cidade. O jovem, decidido, resolveu também ir caminhar lá para esfriar a cabeça. Mas antes mesmo dele sair, fôra barrado pela a mãe que entrou em seu quarto levando um simples bolo com as velas de 18 anos acesas.

__ Feliz aniversário meu amor.__ Falou ela para o filho.__ Vamos, assopra as velas e não esqueça de fazer um pedido.

__ Mãe, isso não funciona. Não sou mais uma criança.__ Falou Arthur apontando para o irmão atrás da mãe.

    Ela olhou para Arthur com um jeito meio triste, Jamico acompanhava a mãe, nunca que ia deixar o irmão mais velho comer o bolo sozinho. Arthur então fechou os olhos, para fazer o que sua mãe lhe pedira, não por ela, mas pelo o filho menor e soprou as velas.

__ O quê você pediu Arthur?.__ Perguntou Jamico Mitra.

__ Ah pivete, se eu falar não vai se realizar né?

    Jamico que só tinha dez anos de idade abraçou o irmão fortemente.

__ Você mesmo falou que isso não funciona.

    Arthur pegou ele no colo, sempre foi apaixonado pelo o irmão mais novo e cochichou algo em seu ouvido. Alice percebeu algo, pois o menininho ficara triste tão de repente.

__ Arthur, você não é feliz?.__ Perguntou o garotinho.

O jovem recolocou o irmão no chão e se ajoelhou na frente dele.

__ Olha Jamico. Eu vou ali na pracinha e quando eu voltar vou estar muito feliz tá bom?.

Alice sorriu.

__ Vai lá filho e esfrie mesmo a sua cabeça.

    O jovem beijou a bochecha do irmão e abraçou a mãe, descendo a escada ele se dirigiu até a pracinha que avistara de sua janela.
   Arthur caminhou até a praça, ele era apenas um intruso em meio aquelas pessoas. Ele então sentou em um banco vazio e contemplou agora a casa do seu avô que estava em seu campo de visão, deitou-se em seguida pondo os fones no ouvido novamente, mas dessa vez com a música bem baixinha para não interferir em seus longos pensamentos.
    As horas já havia passado, ele olhou o relógio no pulso, 8:25. Ainda era tão cedo para voltar para casa. Ele, agora fixava um céu estrelado acompanhado por uma lua brilhante bem lá no centro. Seus pensamentos o levaram bem longe quando ele foi arrancado do seu sossego com um grito ali bem perto dele.
    Uma jovem caiu ali na sua frente, talvez havia escorregado. O mais de pressa ele levantou do banco arrancando os fones do ouvidos e foi ajudá-la. Era a garota mais linda que seus olhos já vira em toda a sua vida.
    Ela parecia ser um pouco mais nova que ele, mas isso não impediu seu coração pular de repente. Linda demais, Seu cabelo loiro quase batendo nas nádegas e em seu rosto perfeito o lindo tom do azul em seus olhos fez Arthur se apaixonar a primeira vista. Ajudando-a sentar no banco, o garoto não parava de olhar para ela. Seu joelho havia ferido e Arthur rasgaria a blusa para limpar se não fosse uma mulher uns cinco anos mais velha que ela chegasse ali completamente preocupada.

__ O quê houve Senhorita Sophia? Você está bem?

   Sophia. Então este era o nome daquela doce garota e é claro que Arthur nunca esqueceria.

__ Apenas tropecei e cai, fui descuidada, não se preocupe Dora. Este jovem me ajudou. Obrigada.

Ela agradeceu Arthur. Sua voz era doce e suave, ela falava como um anjo.

    Arthur percebeu que a outra mulher só podia ser uma babá ou serviçal já que não usava roupa de grife como aquela jovem.

__ Eu me chamo Sophia Ferraz.__ A garota se apresentou.

__ Arthur, senhorita.__ Ele respondeu.

__ Obrigada novamente,Arthur.

    Ver o seu nome sendo pronunciado por aquele anjo de garota fazia o mesmo tão feliz. Depois de se despedir oralmente, Sophia foi embora com sua babá. Arthur seguiu caminhada até sua casa, não tirava a menina de seu pensamento, meu Deus! Como ela era linda.
   Quando Arthur chegou em casa, Alice assistia algo na TV, o pequeno Jamico dormia na perna da mãe.

__ Como foi o passeio filho?.__ Ela perguntou.

    O jovem então deitou no sofá e suspirou maravilhado, respondeu a mãe com um sorriso contagiante:

__ Maravilhoso mãe. Foi maravilhoso.

     Ela sorriu também, quem diria que o quê ele falara para o irmão mais cedo realmente funcionara. Arthur estava mesmo feliz, ele havia até esquecido que ao soprar as velas ele pedira como desejo ser um rapaz feliz.

                                  ꧁꧂

     Olá. Obrigado por ler este capítulo, muitas aventuras lhe aguarda pela a frente. Mais se você realmente gostou, peço por favor que possa curtir e comentar.

Arthur e SophiaWhere stories live. Discover now