14: Keep You Alive

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Afastei-me rapidamente, recuando três passos para trás, depois de ter me chocado contra seu corpo suado e úmido de suor.

— N-nada, eu só ouvi você murmurando e vim ver se está tudo bem. — Menti descaradamente.

Na verdade, eu não me importava com ele.

— Saia daqui agora. — Ele ordenou, erguendo os olhos para mim.

Seus olhos estavam vermelhos, e foi só então que notei a fumaça no quarto. Ele estava chapado, e suas pupilas dilatadas.

— Cara... você estava falando sozinho?! — Perguntei, cruzando os braços.

— Não é da sua conta, porra. Saia daqui agora. — Ele rosnou entre dentes, e dessa vez sua voz soou mais ameaçadora, fazendo-me recuar imediatamente.

— Tudo bem.

Recuei rapidamente para o meu quarto e tranquei a porta atrás de mim.

Mas qual diabos era o problema dele? Ele estava irreconhecível, com os olhos dilatados e vermelhos, o peito tenso e brilhando de suor, e o cabelo grudado na testa pelo mesmo motivo. Não fazia sentido, não estava calor em Washington.

Tirei o roupão, vesti um pijama de cetim curto e me deitei na minha nova cama. Era macia e tinha edredons felpudos e confortáveis, o que me arrancou um suspiro pesado.

O som das ondas se misturava com minha respiração pesada. A varanda estava aberta, então a brisa do mar entrava, causando-me uma sensação reconfortante, embora eu soubesse que não conseguiria dormir.

Remexi na cama, tentando encontrar uma posição confortável, mas era inútil. Mesmo que encontrasse, sabia que não conseguiria dormir.

Olhei para o relógio na parede e percebi que havia passado três horas tentando dormir,já era três da manhã.

Decidi levantar para beber um copo d'água, minha garganta estava seca.

Desci as escadas e encontrei todos dormindo na sala, alguns no sofá e outros no chão. O filme parecia ter sido bom, pois até roncos eu podia ouvir.

Balancei a cabeça negativamente, sorrindo, enquanto caminhava até a cozinha. Acendi a luz e peguei uma garrafa de água na geladeira, enchendo um copo.

Enquanto bebia o líquido gelado, fechei os olhos. Ao terminar, soltei um suspiro alto. Mas ao abri-los novamente, dei um pequeno sobressalto ao ver Kastiel entrar na cozinha sem camisa, com apenas o cabelo úmido.

Ao perceber minha presença, ele franziu o cenho, mas logo voltou à expressão normal, tomando a garrafa da minha mão com uma brutalidade que fez meu braço doer.

— Calma, a garrafa não vai fugir. — Advirto, fazendo careta.

Ele me lança um olhar gélido, seus olhos ainda carregados de irritação.

— Você sempre se metendo onde não deve, não é? — Ele comenta, dando um gole longo na água.

— Talvez eu só goste de testar os limites da sua paciência. — Respondo, cruzando os braços e arqueando uma sobrancelha desafiadora.

— Bem, parece que você conseguiu. Mas acho melhor você voltar para o seu quarto antes que eu decida testar os meus limites também. — Ele sugere, dando um passo em minha direção, sua expressão séria, mas com o desafio nos olhos. — Mas eu acho que você não aguentaria.

Eu me mantenho firme, recusando-me a ceder ao seu jogo de intimidação, permaneço parada, enquanto a distância entre nós eram mínimas.

— Saia de perto de mim. — Advirto, entredentes.

𝐃𝐄𝐀𝐑 𝐋𝐔𝐂𝐈𝐅𝐄𝐑Where stories live. Discover now