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• PRÓLOGO • "uma noite de sucesso"
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Em um dos corredores mais movimentados do Stadhall, diante de mais de uma dúzia de oficiais do governo, o embaixador comercial zemeni tinha entrado em um banheiro. Ninguém mais havia entrado ou saído. Poucos minutos depois, o seu assistente bateu à porta, mas não houve resposta. Quando arrombaram a porta, encontraram o embaixador de cara nos azulejos brancos, uma faca em suas costas, a torneira da pia ainda aberta.
Ketterdam vinha fofocando sobre o assassinato do embaixador por semanas desde então. Isso tinha praticamente destruído as relações entre os kerches e os zemenis e tumultuado o Conselho Mercante. Os zemenis culpavam os kerches. Os kerches suspeitavam dos Shu. Matar alguém como ele à luz do dia, em um lugar sem qualquer outra entrada, nada de janelas ou ventilação... kisha não tinha ideia de quem poderia ter sido, mas certamente era esperto.
Tinha suas suspeitas, é claro, havia certas pessoas no barril com habilidades surpreendentes, mas uma acusação como aquela não lhe renderia nada. Propostas e sugestões fervilhavam à sua porta, nenhuma delas eram boas o suficiente para se arriscar além da ponte entre reinos, a cidade andava um pouco tumultuada, com problemas maiores a lidar.
No jardim lateral, na estufa de vidro, observou as artemísia ocupando o espaço da planta lateral, havia poucos vestígios da erva com pequenos cachos brancos, bom, de certa forma não teve tanto tempo sobrando para o jardim ultimamente, Odrik, o grande mestre da ponte se fora, toda a sua atenção foi dedicada às obrigações posteriores. Isso já fazia quase um ano, e mesmo que liberasse o carnaval muito antes disso, parte de si sentia a falta dele. Odrik foi um bom marido, bom demais para ela. Bom demais para aquela cidade, o pai dele, no entanto, sempre foi um homem ruim, que felizmente, não teve que lidar com ele por muito tempo.
Enfiou a mão entre os seios, através do decote e pegou o relógio, já passava da segunda badalada ao anoitecer, em breve Aryan estava de volta, como o combinada o encontraria no escritório do casarão, onde a pintura de Odrik repousava na parede atrás de sua poltrona, de certa forma, um pouco acima de seu ombro, onde normalmente, ela costuma ficar, se apoiando a ele durante todas as organizações. Tudo havia mudado desde então, e não se arrependia disso.
