6° Capítulo.

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Os olhos de Paola ainda queimavam em mim enquanto ela se aproximava.
Seus dedos traçaram um caminho provocante pelo meu corpo, até encontrar o ponto sensível entre minhas pernas. Com habilidade, ela retirou minha mão, assumindo o controle absoluto dos movimentos.

Minhas pálpebras se fecharam em êxtase e, de repente, uma voz masculina ecoou pelos corredores da casa.

—— Paola?

O som da voz de seu marido fez meu coração disparar.
Num instante, a excitação se transformou em puro medo, e me afastei dela agarrando minhas roupas do chão.

— Vá para o banheiro e vista-se. — Disse ela, com uma serenidade perturbadora.

Enquanto obedecia às suas palavras, questionava-me como ela conseguia manter-se tão calma agora, considerando as preocupações evidentes que havia demonstrado horas antes.

[...]

— Meu amor, achei que já estivesse dormindo... eu lhe acordei? 

— Não me acordou. O que está fazendo aqui? achei que você só iria chegar semana que vem.

— Conseguimos adiantar muitas coisas. Se você estivesse ido comigo, poderíamos aproveitar o lugar durante esses dias.

— Você sabe que não posso viajar assim... Tenho aulas para ministrar
tanto na escola quanto na faculdade.

Esse é o cara de quem ela disse que a satisfazia tão bem?
Desculpe dizer, mas a relação entre eles parece mais uma formalidade vazia do que um casamento genuíno.

—  Estava acompanhada? — Ele pergunta, examinando as pistas deixadas pelas taças de vinho.

— Lana está aqui comigo.

— Aquela aluna que você ensina tanto na escola quanto na faculdade? — Sua voz soa de forma sarcástica.

— Lana praticamente já concluiu o ensino médio e está prestes a se formar. Por uma pura coincidência, ela foi aprovada no concurso público e agora frequenta a mesma faculdade onde dou aula.
Considerando que já era maior de idade quando nos conhecemos, era apenas uma questão de tempo até que ela entrasse na faculdade.

— Você não precisa repetir tudo isso. Já conheço essa história de cor e salteado.

— Parece que esquece.

—  Não me esqueço, Meu bem. Ela já foi dormir?

— Não! Foi ao banheiro.

[...]

Depois de um tempo ali, senti que era o momento de sair... antes que a situação se tornasse ainda mais desconfortável. Respirei fundo, buscando toda a coragem que conseguia reunir, e então saí do banheiro. Nossos olhares se cruzaram quando emergi, e ela se aproximou de mim como se transmitisse uma mensagem silenciosa para manter a calma e seguir seu exemplo.
Com uma delicadeza calculada, ela colocou suas mãos em meus ombros, guiando-me até seu marido, que permanecia de costas para nós, imerso em seu celular.

  —  Ricardo, esta é Lana. Lana, este é meu marido, Ricardo.

Ele se virou, ajustando sua postura para me encarar.
Seus olhos mesclavam tons de azul e verde, e seus cabelos castanhos já tinham algumas mechas grisalhas, indicando sua maturidade.

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⏰ Last updated: May 03 ⏰

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