CAPÍTULO 14

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《 Emílio Soares 》

-- Você tá de brincadeira né?

-- Não,  porque?

-- Você mal conhece ele e já vai morar na casa dele, acho muito perigoso isso. Ele já perdoou o que você fez?

-- Sim, ele é muito legal e foi ele que me ajudou hoje com o problema envolvendo o dono do morro.

-- Falando nisso, o que aconteceu mesmo?

-- Eu tinha saído da casa do Breno e estava indo para minha casa, foi ai que o amigo dele chegou de moto dizendo que tinha que ele queria falar comigo sobre meu pai, chegando lá ele tentou me agarrar, eu bati nele corri, encontrei o Breno e fugimos no carro dele, preciso ficar uns tempos longe do morro, até a poeira abaixar.

-- Sinto muito amigo , você está bem agora?

-- Estou sim.

-- Olhe,  sendo sincero não acho que o metralha seja uma das pessoas que perdoam fácil.

-- Você acha que não sei disso.

-- Tenho que ir amigo, desejo muita sorte e força pra você,  deixei minha casa sozinha.

-- Ok, obrigado por ter feito esse favor pra mim, você é o melhor amigo que alguém poderia querer.

Nos abraçamos e ele foi embora.

-- Emílio,  nossa mãe vai demorar pra acordar? Quero falar com ela, quetia falar pra ela sobre a viagem.

-- Não contei pra você meu anjo, mas nossa mãe fez uma cirurgia por causa do probleminha que ela tinha, a cirurgia correu tudo bem, mas seu corpo não aguentou e entrou em coma, e ela pode demorar pra acordar.

-- Ela vai morrer? | Ele perguntou com seus olhos cheios de lágrimas.

-- Claro que não meu amor, nossa mãe vai sair dessa. Vamos embora?

-- Vamos.

Breno saiu do canto do quarto e ainda escondendo seu rosto pegou as nossas coisas e saiu, seguimos ele até o carro.

-- Moço,  obrigado por fazer isso pela gente, você é muito legal. | Meu irmão fala para o Breno.

-- Nada, faria isso com qualquer um. | Ele olha pra mim e sorri.

-- Porque você tá sempre se escondendo?

Breno ficou nervoso, deu pra notar, ele olhou pra mim e pela sua cara não sabia o que fazer e muito menos dizer.

-- Olhe, eu sofri um acidente e fiquei com a metade do meu rosto desfigurado,  por isso uso uma máscara,  mas pra não assustar o povo eu prefiro esconder meu rosto. | Ele diz depois de minutos em silêncio.

-- Posso ver? | Ele ficou sem entender , mas mesmo assim com calma mostrou seu rosto para meu irmão,  pela sua cara ele tava com medo da reação dele.

-- Que legal, você é super herói. Emílio eu posso ter uma máscara igual ele. | Dou uma risada e o Breno também,  ele ficou mais solto no carro depois disso.

Chegamos na casa do Breno e entramos, ele mostrou em qual quarto cada um ficaria, toda vez que entro nessa casa me surpreendo cada dia mais, tem bastante quartos e um quarto e do tamanho da minha casa lá do morro.

Ao colocar nossas coisas no quarto descemos e fomos para a cozinha, mandei meu irmão guardar as coisas dele e eu e o Breno ficamos sozinhos na cozinha.

Comecei a fazer o jantar e Breno se sentou no balcão e ficou me olhando.

-- Seu irmão é muito legal, eu não gosto de crianças,  mas dele eu gostei, juro que ele me deu mais confiança pra sair um pouco.

-- Ele é muito legal mesmo e foi o que eu disse, você não devia ficar preso dentro de casa por causa de uma cicatriz, não acho nada de mais, você ficou até bonito com ela.

-- É mesmo?

-- Sim. | Digo envergonhado.

-- Eu vou fazer uma coisa agora quando estou com coragem, pois sei que vou perder depois. | Disse e me beijou.

Ao nossos lábios se descrudarem ele olhou para mim e disse três palavras que me surpreendeu.

-- Quer namorar comigo?

CONTINUA...

A Proposta do MascaradoWhere stories live. Discover now