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Assim que chegou na farmácia. Parei o carro no meio da rua, abri a porta e apanhei o Noah no colo.

A essa altura já estava delirando com a febre e estava perto de ter uma convulsão.

Sai correndo pela rua e atravessei na frente de um caminhão.

Quando se é mãe você perde um pouco a noção do perigo.

E eu só queria salvar o meu filho.

Entrei na farmácia às pressas e falei com a atendente. Contei a ela o que tinha acontecido. Ela disse que tinha o remédio, mas que não podia vender sem a receita. Isso porque eu nem disse a forma como eu pretendia pagar.

Falou que eu tinha que ir ao hospital mais próximo.

Eu até iria se não estivesse correndo o risco de ficar no meio da estrada.

Me aproximei do balcão, e com uma das mãos livres eu a puxei pela gola da sua camisa ridícula de trabalho.

—– Escuta aqui, idiota, não ver o estado do meu filho? Ele tá morrendo. Ou me dá a droga do remédio, ou você é quem vai precisar de remédio depois

Ela me encarou com os olhos arregalados de medo.

—– Desculpa, senhora, mas eu não posso

Empurrei ela, e me afastei atordoada. Olhei pro Noah e vi que os seus olhos estavam fora de órbita.

O meu desespero aumentou.

—– Olha, o meu carro pifou, e não tem chance alguma de eu conseguir chegar a tempo no hospital, sem contar que o meu filho precisa de outros tipos de  medicamentos, mas são muito caros, e eu não tenho nenhum tostão, moça, você precisa me ajudar, por favor

—– Eu sinto muito, e-eu gostaria mesmo de poder te ajudar...

Enfurecida, eu dei uma pesada em uma prateleira que havia ali perto, e tudo que estava nela foi parar no chão.

Quando eu dou os meus acessos de raiva, não tem quem me segura.

Eu já tinha me esquecido de como era me sentir assim, quando eu estava com o Dom parecia que toda essa raiva que eu  sentia dentro de mim, desaparecia por um instante.

—– Porra — Berrei e depois vieram as lágrimas de aflição

—– Senhora, se quiser eu posso chamar uma ambulância

Droga, por que eu não pensei nisso antes?

—– O que está acontecendo aqui? — Um homem surgiu de repente

Ele era mais velho, tinha cabelos grisalhos e olhos escuros escondidos atrás de uma lente de óculos. Sua estatura era mediana e seus passos eram lentos

—– Essa mulher  tentou me agredir — Disse a moça, eu olhei pra ela incrédula, até porque ela saiu do personagem muito rápido

Ele direcionou seus olhos cansados pra mim, mas parecia calmo apesar do relato da moça. Acho que essa não é a primeira vez que ele presencia algo assim.

—– Desculpa, o meu filho não está bem,  eu preciso do remédio, por favor...

—– Ok, eu dou um jeito, você tá com o dinheiro aí?

—– Eu...não tenho dinheiro

Ele me encarou por cima dos óculos e depois suspirou.

—– Ok, traz o garoto

Vendida Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt