Capítulo 39: Detetive

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Porém, quando se aproximaram, Yashiru sentiu todo o seu corpo tremer de raiva ao notar Dazai sendo erguido, com um semblante normal, como se nada estivesse acontecendo. Era realmente um bom dia para ser violenta.

— Atsushi-kun! Trabalhando? — ele acenou. — Bom trabalho!

Então, percebeu Yashiru.

— Shiru! Está acompanhando o Atsushi? Que bom! Seja uma boa veterana!

— O que é isso, Osamu?

— Tentou se suicidar em um rio de novo? — Atsushi perguntou.

— Ele sempre está fazendo isso. Não é surpresa.

— Eu estava só dando um mergulho no rio quando essa rede me prendeu! — ele explicou, como se fosse a coisa mais simples do universo. — Afinal, deixar esse mundo sozinho está totalmente fora de moda. Agora quero um suicídio duplo!

Yashiru deu um tapa na própria testa, frustrada. Talvez levasse um certo ruivo para suicidar seu pai.

Um dos policiais o tirou da rede, fazendo com que Dazai fosse jogado ao chão.

— Osamu, vou te matar! — Shiru lhe deu um chute, enquanto ainda estava jogado no chão.

— Isso dói, sabia? E acho que você me entendeu mal. Quero me suicidar com uma bela dama, não com uma filha pirralha que não cresce como você.

Yashiru respirou fundo e contou até dez. Como podia estar cercada por gente tão excêntrica? Queria seu pai ruivo ali, já que provavelmente ele saberia como bater no seu pai suicida idiota.

Quando chegasse em casa, iria dar uns puxões de orelha no mais velho, mas, por enquanto, tinham um caso para resolver. E não queria criar uma cena na frente daquelas pessoas desconhecidas.

A reação dele após ficar a par do ocorrido foi bem... Dazai da parte dele.

— Como pode?! Uma dama tão bela?!

Ele começou a surtar, enquanto os outros policiais só olhavam a cena.

— Quem é esse?

— Um colega de trabalho. — Ranpo respondeu, sorrindo. — Um enigma até para mim.

— Não se preocupe, moça! Um grande detetive vai te vingar! Não é mesmo, Ranpo?

— Eles não querem aceitar meus serviços. — Ranpo falou. — E não tem nenhum grande detetive entre eles...

O detetive olhou ao redor e apontou, ao acaso, para um dos policiais. Por mais que fosse aleatoriamente, Yashiru sabia que havia algo por trás dessa escolha. Afinal, Ranpo não fazia nada sem um motivo.

— Você aí! — o policial se atrapalhou, tentando bater continência.

— Sou o oficial Sugimoto, aprendiz da vítima.

— Pois bem, Sugimoto! Agora você é um grande detetive. Resolva esse caso em sessenta segundos!

— O que? — o policial se desesperou. — Isso é impossível.

Apesar disso, ele tentou formular uma teoria.

— A Yamagiwa-senpai suspeitava de políticos que estavam envolvidos com a Máfia do Porto. — ele parecia muito convicto disso. — Com certeza foi isso! Os três tiros. Isso é um método similar ao da máfia.

Yashiru sabia que não.

Primeiramente, ela percebeu que os três tiros no corpo da mulher foram forjados para simular uma execução da máfia. Ela conhecia aquele método suficientemente bem para saber que os tiros na mulher não tinham o mesmo estilo que o dos mafiosos. Faltava os requintes de crueldade, como o fato de o atirador fazer com que a vítima morresse um degrau, enquanto tinha a cabeça chutada.

the white shinigami [bsd x child]Onde histórias criam vida. Descubra agora