5. Tempo/Proteção

225 41 11
                                    

🌟Não Esqueça da Estrelinha e Comente por favor 🌟










🌙

Minha mãe conheceu os Wymack's na metade do verão em um dos jantares de domingo.

Ela estava nervosa, como eu tinha estado. Ela passou as mãos pelo vestido, alisando-o. Ela enrolou o dedo no cabelo.

Ela disse: — Eles parecem tão chiques, — e eu ri porque eles eram e não eram.

Minha mãe sorriu ansiosamente quando Abby a abraçou. Mais tarde, elas estavam na cozinha bebendo vinho e mamãe riu, com o rosto corado de bebida e felicidade.

David trabalhava de casa. Eu nunca entendia o que ele fazia exatamente, mas ele estava sempre ao telefone em seu escritório à noite, ligando para pessoas no Japão ou na Austrália, e sempre de manhã cedo com Nova York e Chicago.

— Finanças, — Dante me disse com um encolher de ombros. — Dinheiro, blá blá blá e chatisse.

Abby era uma pintora. Ela disse que estava em uma fase de tom verde para o verão. Então, tudo estava verde.

Ela colocou um disco no velho Crosley e dizia coisas como — amor, amor, amor — Às vezes, eu perguntava algo, — e então ela começava a pintar novamente. Era sempre um caos controlado dia sim, dia não, e ela sempre aparecia com as sobrancelhas de tinta e um sorriso no rosto.

— Aparentemente ela é boa, — Aaron me disse. — Tem quadros pendurados em alguns museus. Não diga a ela que eu disse isso, mas para mim, tudo parece igual. Quero dizer, eu também posso jogar tinta em uma tela. Onde está meu dinheiro e fama?.


EU andava pela estrada de terra depois do trabalho e Andree estava sempre esperando por mim. — Ei, Neil, — ele disse e ele sorria muito.

ÀS VEZES, eles tinham dias em que eu não tinha permissão para ir até lá. Dois ou três ou quatro dias seguidos.

— É hora da família, Neil, — dizia Abby.
Ou: — Estamos mantendo as crianças nesta noite, Neil, — dizia David. — Volte na terça-feira, ok?

Eu entendia, porque eu não fazia parte da família deles. Eu não sabia o que eu era para eles, mas forcei a dor a ficar no peito. Eu não precisava disso.

Eles não quiseram dizer isso de uma maneira ruim, eu achava que não.

Eu encontraria Andrew esperando por mim na estrada alguns dias depois e ele me abraçaria e diria — Senti sua falta, — e eu o seguiria para casa e Abby sempre me dizia: — Chegou o nosso Neil, — e David sempre dizia: — Você está bem? — Então seria como se nada tivesse acontecido.

Eu ficava deitado na cama naquelas noites, perdido em meus pensamentos, ouvindo sons distantes que teria jurado que eram lobos uivando. A lua estava gorda e cheia e iluminava o quarto como se fosse o sol.

Eles nunca entraram na minha casa. Eu nunca perguntei e nem eles. Eu nunca pensei muito nisso.


— Vai sair cedo hoje? — Jean me perguntou em um dia úmido de agosto.

Eu olhei para ele acima do reparo do alternador que estava fazendo no carro.

— Sim. Vou na escola depois do almoço. Eu trouxe uma muda de roupa para não ficar fedendo a metal e óleo.

— Sua mãe está trabalhando?

— Sim.

— Você quer que eu vá com contigo?

Imaginei Jean entrando comigo na escola

1°. Canção do Lobo- (AFTG/Andreil) {concluída}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora