Perdido (Romance Gay)

#28: "Eu te amo"

— A-ai, amor! Humm, haahn... — Axel geme manhoso conforme eu estoco com vontade.

Estamos na cozinha, o Axel está encostado na ilha com a bunda empinada enquanto eu seguro na cintura dele o mantendo bem perto.

— Caralho, amor, que delícia.

— Ahnn, me pega de jeito, vai.

Vou forte e fundo.

— Haann! Huh, huh! — o Axel se contorce deitando a cabeça no meu ombro.

Ele só pede por mais e nossos gemidos se misturam, conforme o calor só aumenta e a tensão se intensifica até atingir seu ápice.

— Awhnn! — gememos juntos enquanto eu gozo, e parece que o Axel gozou também.

— Nossa, quando você é provocado...

— Eu fico doido, amor. Mas você sabia, né, santinho, aparecer na minha frente com a sua bunda praticamente pulando pra fora da bermuda.

— É claro.

Viro ele de frente pra mim e o beijo com calma, sugando seus lábios.

— Gato. — ele diz beijando meu peito, o que me faz sorrir.

[...]

Estamos no sofá bebendo cerveja, o Axel está sentado com as pernas por cima das minhas.

— Deu sorte com alguma das suas entrevistas de emprego?

— Ainda não. Mas eu notei alguns empregadores acharem meu currículo bem promissor.

— Que bom!

— Por que as minisséries boas da Netflix sempre são investigativas? — digo enquanto "Fool me Once" passa na televisão.

— Pois é. Minha favorita ainda é "Clickbait".

— Ooh, eu lembro! É muito boa.

— Eu até repeti dublada.

— Sabe, amor, tô com vontade de ter um pet.

— É mesmo?

— Acho que não seria ruim. Um filhotinho de Beagle.

— Beagle? Aw, eles são tão lindos! Eu sigo um no Instagram.

— Haha. Acho que todo mundo segue um cachorro hoje em dia.

— Não é? Mas eu também sigo uma gata.

— Cê tem coragem de ter um cachorro comigo?

— Eu adoraria.

— Mesmo?

— Claro.

— Amor, você é o melhor! Eu te amo.

Arregalo os olhos quando percebo o que disse, então olho pro Axel e o vejo com um sorriso estampado na cara.

— Você me ama?

— Uh... Amo. Você não precisa dizer de volta, tá tudo--

— Não se preocupa. — ele se inclina e fala no pé do meu ouvido. — Eu te amo, gato bobinho.

Ele beija minha bochecha, então dou uns selinhos nele.

— Aw, você me ama! — Axel diz animado me  abraçando.

— Você é o cara certo pra mim, Axel. Você entendeu que eu precisava de tempo desde que me conheceu, e fez questão de me esperar.

— Tinha algo me dizendo pra ficar por perto. "Esse gato foi feito pra mim", eu sentia.

Dou um beijo longo nele, molhado, mas calmo.

— Você acha?

— Eu sou melhor amigo do primo do seu primo, e Hamburgo é perto de Berlim.

Sorrio.

— E, sem querer me gabar, você me ama.

— Amo. You belong with me (o seu lugar é comigo).

— Sua preferida da Taylor Swift.

— É!

— Eu te amo, meu bem.

Dou mais um selinho nele, que enche minha bochecha de beijos.

— Quando você virou fã dela mesmo?

— Assim que eu ouvi "Long Live" em 2010.

— Aw, meu ruivinho tinha 12 anos.

Ele ri envergonhado.

— Oh, para. Só porque você tinha 17.

Dou uma risada nasalada.

— Sabe que "Long Live" fez sucesso primeiro no Brasil? Tem uma colaboração da Taylor com uma cantora brasileira.

— Ah, é? Que interessante...

— Enfim, onde poderemos adotar nosso Beagle?

— Acho que sei de um lugar. Você sabe que por mais que Beagles pareçam uns anjinhos, eles são arteiros, né?

— É, eu sei.

— Ainda bem que minha carga horária não é tão apertada, acho que dá certinho pra um pet.

— E quando eu achar um emprego, também não devo ter uma carga horária apertada.

— Só temos que pensar em nomes.

— Antes de tudo, eu quero uma fêmea branca.

— Os branquinhos são tão lindos!

Continua...