Cap 08

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•Duda•

《♤No dia seguinte – quinta-feira♤》


Já era o horário da minha segunda aula com Sofia, eu tinha que admitir que foi bem divertido a primeira aula com ela. Ela é legal, engraçada, e o sorriso dela é  lindo...

Eu também não conseguia parar de pensar, na decisão impulsiva que eu tomei de beijar a bochecha dela ontem, mas até que valeu a pena quando eu vi ela com aquele sorrisinho tímido... foi fofo...

Porque eu fiz aquilo? Apenas deu vontade e eu fiz, mas por que? Será que eu gostando da Sofia?! Não, impossível. Somos apenas amigas, ?

Me distraio dos meus pensamentos quando escuto a campainha da minha casa tocar. Me levanto e vou atender, abro a porta e vejo que era Sofia, subimos para o meu quarto e pegamos nossas guitarras para começar a aula.

— "Bom, hoje eu vou te ensinar mais dois acordes, o de ré maior e o de sol maior. Eles são parecidos com os que você já aprendeu, só mudam um pouco a posição dos dedos. O acorde de ré maior é formado pelas notas ré, fá sustenido e lá. Você tem que colocar o seu dedo indicador na segunda casa da terceira corda, o seu dedo médio na segunda casa da primeira corda, e o seu dedo anular na terceira casa da segunda corda. Assim." — Eu digo, mostrando como fazer o acorde de ré maior.

Eu coloco os meus dedos nas casas certas, e toco as quatro cordas de baixo para cima. Eu faço um som bonito e harmonioso. Eu passo a guitarra para ela e peço para ela tentar.

Ela pega a guitarra e tenta fazer o mesmo que eu. Ela coloca os seus dedos nas mesmas casas que eu, mas ela sente dificuldade em apertar as cordas. Ela toca as cordas, mas o som sai abafado e desafinado.

— "Que saco! Eu nunca consigo de primeira!" — Ela reclama, cruzando os braços.

— "Não tem problema, nem todo mundo consegue de primeira, eu não acertei da primeira vez que tentei. Você ainda tá começando, é só ter paciência. Com o tempo, os seus dedos vão se acostumar e o som vai melhorar. Aqui, deixa eu te ajudar." — Sorrio pra ela, enquanto me aproximo.

Eu pego a sua mão esquerda e a coloco sobre o braço da guitarra. Eu ajusto os seus dedos nas casas certas, apertando as cordas com delicadeza. Eu fico bem perto dela, quase colando o meu corpo no dela. Eu sinto a sua respiração quente no meu pescoço, e um arrepio percorre o meu corpo.

— "Assim está melhor. Agora toca as cordas de novo." — Eu digo, sussurrando no seu ouvido.

Ela toca as cordas, e o som sai mais claro e afinado. Ela fica surpresa e feliz. Ela sorri e me elogia.

— "Isso. Você está indo muito bem. Agora vamos tentar outro acorde. O acorde de sol maior. Ele é formado pelas notas sol, si e ré. Você tem que colocar o seu dedo indicador na segunda casa da quinta corda, o seu dedo médio na terceira casa da sexta corda, e o seu dedo anular na terceira casa da primeira corda. Assim." — Eu digo, mostrando como fazer o acorde de sol maior.

Eu coloco os meus dedos nas casas certas, e toco as seis cordas de baixo para cima. Eu faço um som bonito e vibrante. Ela pega sua guitarra e resolve tentar.

Pela primeira vez o som sai bonito e harmônico na sua primeira tentativa. Sorrio pra ela, alegre com sua evolução. Ela sorri radiante e me abraça, coro um pouco com sua atitude, mas a abraço de volta.

— "Parabéns Sofia! Viu? Eu falei que com o tempo você vai melhorando!" — Digo depois de me separar do abraço.

— "Verdade, eu realmente tenho que tentar ter mais paciência." — Ela diz, sorrindo e se separando do abraço.

•Sofia•

Ficamos um tempo tocando alguns acordes e depois tocamos uma música, como na última aula. Olho o relógio e vejo que já deu minha hora, Eduarda se levanta da cama e me acompanha até a porta.

— "Sabe... até que você não é má professora..." — Eu falo, olhando em seus olhos.

— "Sério? Obrigada, nunca ensinei ninguém antes." — Ela sorri pra mim e se aproxima para um abraço.

Nós nos abraçamos  por poucos segundos, mas mesmo eu por poucos instantes, meu corpo parecia queimar a cada toque seu, sinto meu coração bater mais rápido.

Nos separamos, mas ainda continuamos um pouco próximas. Sinto uma vontade enorme de beijá-la, mas não sei se devo.

E se eu estragar tudo? Melhor não...

Me aproximo rapidamente e dou um beijo que era pra ser em sua bochecha, mas acaba sendo no canto de sua boca, eu coro intensamente quando percebo isso e ela sorri timidamente enquanto corava também.

— "Tchau Duda..." — Me viro e vou embora, quando começo a andar em direção a minha casa eu começo a pensar.

Meu Deus, que vergonha! Era pra eu beijar a bochecha dela! Será que ela se incomodou? E se ela me ignorar?! Meu Deus, será que eu estraguei tudo? Não... claro que não... isso pode acontecer com várias pessoas, inclusive amigos... é... tudo bem... eu acho...

Rivais do coraçãoWhere stories live. Discover now