► Capítulo vinte e dois

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Ainda continuo sendo a garotinha dos meus pais.

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— Sabrina é um amor mesmo. — Corto o último pedaço da minha panqueca e a levo a boca.

— Sim, no dia do seu casamento tivemos a oportunidade de conversar um pouco com ela. — Mamãe comenta.

Estamos na cozinha comendo e conversando. O dia lá fora está agradável.

Já programamos o que faremos hoje, vamos comer besteiras e ver filmes.

Estava realmente precisando desse tempo. Longe de toda essa turbulência que é essa nova rotina. As vezes só gostaria de voltar a ter dez anos e aproveitar as tardes com meus pais sem ter que me preocupar com nada.

— Como está Draco? — Levanto os olhos para minha mãe e pisco.

— Bem... — Volto a prestar atenção ao meu prato. É a última garfada dessa maravilhosa panqueca.

— Bem? — Meu pai pergunta.

— Eh. Bem. — Reforço.

— Filha se estiver com algum problema pode falar com a gente. — Eu abano a cabeça em negativa.

— Está tudo bem. — Levo o garfo a boca encerrando o assunto.

Meus pais se entre olham e dão de ombros.

Quando acabamos todos de comer, meu pai lava os pratos. Depois fomos aos armários, pegamos todas as porcarias possíveis e fomos para a sala.

Escolhemos claro, um filme do Adam Standler.

A tarde foi divertida, demos muita risadas. Mas quando o sol se pôs, eu sabia que era hora de ir embora. Tinha que voltar para minha casa.

Me despedi de meus pais prometendo voltar mais vezes. O motorista me esperava do lado de fora. Quando entrei no carro me surpreendi com Draco sentado no banco traseiro. Minha vontade era de dar meia-volta e entrar na casa dos meus pais, mas não o fiz, suspirei e entrei no carro.

— Boa noite. — Ele é o primeiro a dizer.

— Boa noite. — Eu respondo sem lhe dar muita atenção. Qualquer outra coisa parece mais interessante do que encarar para Draco.

— Naomi..? — Eu o encaro. — Quando chegarmos à casa podemos conversar? — Eu assinto lentamente.

Draco quer conversar comigo. Em casa. Não sei o que esperar dessa conversa.

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— Está me dizendo que travou? — Pergunto. A indignação tomando conta de mim.

— Sim. Travei, não sei o que aconteceu. — Eu quero rir mas ao mesmo tempo bater em Draco por ele pensar que irei cair em uma mentira dessas.

— Conta outra, Draco. — Pego minha bolsa no sofá e quando estou prestes a subir, sinto meu braço ser enlaçado. Bufo antes de me virar.

— Naomi, não é mentira. Estou sendo sincero com você. — Olho em seus olhos e juro que vejo sinceridade, mas não quero acreditar nisso. — Faça o que quiser, mas não se zangue comigo. — Eu franzo o cenho, Draco Morton está pedindo para eu não me zangar com ele?

Sinto vontade de rir.

— Prometo que da próxima vez vai acontecer. — Minhas bochechas ruborizam. Draco me puxa para si me prendendo em um abraço.

— É bom mesmo que aconteça... — Digo baixinho. — Ou então eu me divorcio de você por impotência. — Eu sorrio quando sinto o corpo de Draco congelar e logo em seguida vibrar em uma risada.

Acabo rindo também e nossas risadas se mesclam me dando uma boa sensação, é a primeira vez que vejo Draco rir, mesmo que seja da forma contida e elegante dos Morton, ainda assim ele está rindo. E de algo que eu disse.

Gostaria de ter uma câmera e capturar esse momento: A primeira vez que Draco riu para mim.

Ainda estou abraçada a ele, então o aperto ainda mais.

Ainda estou abraçada a ele, então o aperto ainda mais

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Aí, aí, esses dois aí...digo é nada.

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O Vampiro que não me amaWhere stories live. Discover now