Alyane Black

Meu melhor amigo vai comprar um vestido de noiva

       ___ Meu Merlin! O que é dessa vez? ___ perguntou Lily apreensiva.

       Um rugido de fazer os ossos tremerem atravessou a tempestade. Atrás de Grover, do outro lado do quarteirão, surgiu um figura sombria. Ela derrubou um poste de iluminação com um golpe violento. A lâmpada explodiu em um milhão de fagulhas.

       Grover cambaleou, chiaramingando de medo. Murmurou pra cima mesmo: "Preciso escapar. Preciso avisá-los!"

       Não pude ver o que o perseguia, mas ouvi a coisa resmungando e praguejando. O chão estremeceu quando ela se aproximou.

       Gtover se lançou para uma esque vacilou. Tinha entrado em um pátio sem saída cheio de lojas. Não havia tempo de voltar.

       A porta mais próxima fora arrombado pela tempestade. A placa acima da vitrine escura dizia: BETIQUE NUPCIAL DE STO. AGOSTINHO.

       Groverdisparou para dentro. Mergulhou atrás de uma arara cheia de vestidos de noiva. A sombra do monstro passou na frente da loja. Pude sentir o cheiro da coisa __ uma combinação nauseante de lá de carneiro molhada, carne podre e aquele esquisitíssimoodoe corporal azedo que só os monstros têm, como o de um gamba que comesse apenas comida mexicana.

       Grover tremia atrás dos vestidos de noiva.  A sombra do monstro seguiu em frente. Silêncio, a não ser pela chuva. Grover respirou fundo. Talvez a coisa tivesse ido embora.

       Então houve um clarão de relâmpago. Toda a fachada da loja explodiu, e uma voz monstruosa berrou: "MEEEEEEU!"

       Sentei-me na cama, ereto e tremendo. Não havia tempestade. Não havia monstro. O sol da manhã atravessava a janela do meu quarto. Pensei ter visto uma sombra se movendo rapidamente pelo vidro __ uma forma humana __ ao mesmo tempo em que uma movimentação estranha se fez presente perto da parede mal iluminada do meu quarto __ como se uma sombra tivesse se movido.

       Mas então ouvi um batida na porta do quarto __ minha mãe me chamou:

       ___ Percy, você vai se atrasar.

       E a sombra na janela desapareceu, e a sombra da parede não se moveu. Talvez tivesse sido minha imaginação. Uma janela no quinto andar, com uma escada se incêndio velha e instável do lado de fora... não poderia haver ninguém lá, e a escuridão da parede não poderia se mover.

       ___ Eu não confiaria nisso ___ disse Remus.

       ___ Venha, querido ___ minha mãe chamou de novo ___ É o último dia de aula. Você deve estar empolgado! Está quase no fim!

       ___ Estou indo ___ conseguir dizer.

       Apalpei debaixo do travesseiro. Meus dedos se fecharam de modo tranquilizador em volta da caneta esferográfica com a qual sempre dormia. Tirei-a de lá e estudei o que estava gravado na lateral, em grego antigo: Anaklusmos. Contracorrente.