chetyre

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Já era a quarta vez que o número desconhecido me ligava. Eu estava no último horário do dia e estava quase terminando.

— Não vai atender? — Dominic perguntou.

— Não Não. Não me interessa — fingi estar concentrado na aula.

— Bom alunos, até amanhã.

A professora nos liberou então comecei a organizar minhas coisas na mochila enquanto todos saíam.

— Vai na festa de boas vidas hoje? — Dominic perguntou me olhando organizar as coisas.

— Não pensei nisto ainda. Se eu for a gente se ver por lá — só havia nós dois na sala e então me apressei em sair e sorri para ele nervosa.

— Estar bem então — começou a me acompanhar.

— Por que estar andando tão rápido? — perguntou

— Estou com presa.

— A gente se vê a noite então?

— Pode ser — me afastei e dobrei em um corredor.

Esbarrei em algo, ou alguém.

— Aí merda — Uma voz grossa familiar disse.

— Olha pra onde anda porr.. — só podia ser brincadeira.

— Olha que boquinha suja eim — Malik disse e revirei os olhos.

— Sai assombração — tentei passar por ele e o mesmo me segurou pelo braço.

— Ei ei ei — me virou de volta para ele — Porque a pressa, linda? — Me soltei do aperto dele e sorri com desdém.

— Linda? — sorri irônica — Menos né, querido. Quem te deu essa liberdade? — O cretino me olhava de cima a baixo — Estou querendo ir embora e você não deixa — abri os braço e deixei cair sobre meus quadris indignada.

— Você precisa me dar uma carona. Está me devendo essa.

— Cadê seu carro?

— Lily saiu mais cedo e pegou meu carro.

— E Dylan?

— Não me esperou. Deve estar por aí molhando o biscoito.

— Mas.. Tsc — esbravejei — Vamos logo.

Meu telefone tocou mais uma vez e senti meu sangue ferver. Desliguei a ligação e segui para o estacionamento com a assombração do meu lado.

— Seu carro é um Mustang? — perguntou entrando no mesmo, perplexo.

— É? — Foi mas uma afirmação. Liguei o carro.

— Nossa, achei que dirigia um jeep até uma Porsche rosinha. Sei lá, menos um Mustang Mach-1 — Olhou por todo o carro.

— Que ofensa — fingi uma cara de desgosto e coloquei a mão no peito.

— Não me subestime, Malik. De onde veio esse tem muito mais — ele me olhou não acreditando. Arranquei com o carro.

Fiz umas gracinha e vi a assombração um tanto quanto impressionada.

''Pov'' Malik.

Já era a quarta vez que o celular de Adeline tocava dentro dos minutos que estávamos no carro.

— Se você não atender essa merda eu vou tacar seu celular pela janela — o som do celular estava me irritando pra caralho já.

TUA FARSAWhere stories live. Discover now