Capítulo 20

243 16 11
                                    

                            São Gonçalo. Rj -12:00

                               Senegal💥

Desde o último confronto fiquei aqui pela minha mãe, os gambe estavam atrás de mim, férias bebê... só o coringa e o perigo que sabem onde eu estou, não contei nem pro Suriname que estou pro lado de cá. Depois disso não liguei mais pra Thayla, tem uns três meses que eu tô sumido e essa puta não me procura.

- Mãe, um dia vou trazer minha mulher aqui pra tu conhecer - falei rindo enquanto tomávamos um gelo - vou ser pai pô

- aí garoto, tu só fala nisso, quero só ver se vai trazer mesmo Ramon - debochou

- pô coroa, acho que vou voltar pra casa - cocei a cabeça - a poeira baixou, eles tão precisando de mim la.

Ela concordou, ficamos a tarde toda de resenha, a vida toda foi eu e ela, dou vida de rainha pra minha mãe pô, sempre cuidou de mim, ela não merece essa porra não, mas eu sou erradão mermo, a fruta não cai longe do pé. Meu pai era bandido, Dona rose já passou por poucas e boas com ele, depois que entrei nessa vida ela decidiu voltar pra perto da nossa família aqui em Sg, disse que não aguentava me ver nessa.

Guiei pro meu complexão, de madrugada lógico, nem sabia que hoje era dia de baile, fiquei como animadão, estava até me requebrando em cima da moto, quando estava subindo vi a Thayla na moto daquele cuzão do Bernardo, os cara botou ele na boca, mas tá só de piloto de fuga.

- o que tu tá fazendo aqui - ficou até branca quando me viu a neguinha, virei a cara e sai saindo, num fode pô, largar essa porra pra lá, ja errei pra caralho com ela, fui moleque real, mas nem quero mais saber dessa ai, cuidar só dos bagulho do meu filho e fé.

Cpx do Alemão. Rj - 2:30

Thayla 🌻

Estava no baile embrazando com as minhas de fé, bebi um pouco do copão, nem comecem de mimimi por que uma vez ou outra não mata, todo mundo já bebeu grávida, tava rebolando até o chão, quando Nath me chamou pra pegar mais bebida.

- bora ali preta - me deu a mão e fomos em direção a uma barraquinha

- acho que vou embora Nath - falei parando do lado dela - tô cansadona

- quer que te leve lá amg? - me perguntou- eu levo pô, sem problema nenhum

- fica suave, desço rapidinho - dei um beijo na bochecha dela e sai do baile em direção a rua.

- indo pra casa já? Logo você, inimiga do fim - ouvi a voz conhecida

- mamãe cansou - brinquei com o bê - me leva lá em casa sério mesmo, tô cansada só de pensar

- sobe aí pretinha - falou parando do meu lado, quando estávamos descendo vi uma moto subindo, quando eu vi quem era levei até um susto - o que está fazendo aqui? - ele simplesmente me ignorou e seguiu caminho, se fosse um tempo atrás tava igual maluco querendo me arrastar pra casa, mudou muitoooooo.

Mas é até bom esse bofe deixar meu cavalo andar sabe, pouco papo com ele, resolver só os negócios da criança e depois que nascer, cada um no seu quadrado sem se meter um na vida do outro.

Cheguei e fui direto tomar um banho, minha dinda estava se arrumando pra sair, não sei pra onde cara, uma hora dessas.

-  vai pra onde velha? - perguntei

- tenho consulta maluca - falou enquanto colocava a roupa - tu que tá aí chegando do baile, se respeita mulher - riu e me deu um beijo na testa, fui logo arrancando a roupa, tomando um banho, mas a mente está como? O pai da cria voltou, me fez muito mal, mas porra eu amo demais esse garoto, paixão de menorzinha, não vai ser fácil esquecer esse maldito não, não vai.

Acordei eram umas 13:30, dominguinho, churrascada na casa da minha mana Aninha, vou catar qualquer roupa e me mandar filho, mamãe tem que aproveitar enquanto bebê não nasce... fui entrando pelos becos quando dei de cara com ele, pensei que fosse me dar mo papão por que tava de moto com o Bernardo, mas nem tchum, olhou dentro da minha cara e passou reto po, tem coisa aí, ah se tem. Cheguei na Ana, já estavam todos lá bebendo horrores, nem parecem que chegaram do baile ainda agora.

- Fala filha - disse Ruanna me dando um tapa no braço- sumiu que nem vi hein

- sumi nada, cansei e desci - falei- me da minha neguinha aqui da - peguei a Hadassa no colo e fui entrando

- Vai tomar no seu cu então - até me assustei com essa garota no telefone - deixa meu cavalo andar hein Diogo, não vem querer esse papo não, me botou pra fora de casa e agora tá de papinho doce pra cima de mim caralho, da um tempo - Nathalia desligou na cara dele - homem nasceu pra infernizar a gente, não é possível.

- relaxa neguinha - falei enquanto dava água pra Dadassa - mona, Senegal tá pelo morro, tá fingindo que eu não existo

- até melhor assim Thayla, ele te perturbava muito, muita falação, apanhando do nada - falou abrindo a cerveja, ela tem razão, mas no fundo ainda acho que vamos dar certo, me chamem de maluca, mas acredito que ele vá mudar, de verdade mesmo.

                                 « Notas »

Voltei hein povo, sumi, mas apareci pra deixar um gostinho de quero mais né... Pessoal, só explicando alguns pontos:

• As falas são muito semelhantes a vida real, por que é assim que ocorre no dia a dia com as pessoas envolvidas em determinadas situações;

• Algumas cenas como beber e usar drogas em bailes estando grávida é real, acontece!;

• Todo mundo sabe que é apenas uma ficção então se imaginem dentro das cenas, como se fossem os personagens para entender por completo os capítulos, imaginem sendo os vizinhos assistindo uma briga, ou a Ruanna cuidando da Hadassa; comentem o ponto de vista de vocês, gosto de saber o que acham, se o rumo da história está agradando a vocês.

• Ramon, vulgo Senegal, merece outra chance de Thayla, ou vocês acham que ele não vai mais dar confiança a ela?

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Jan 28 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

Ruanna Where stories live. Discover now