► Capítulo quinze

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— Obrigada Na. — Chris não está feliz, isso é notório em sua voz.

— Dá uma chance pra ela, prometo que não vai se arrepender. — Aconselho. Christian suspira e me olha como quem se deu por vencido.

— Agora vou comer. — Depósito um beijo em sua bochecha.

A festa de casamento e a própria cerimônia foi na mansão Morton. A cerimônia nos jardins enormes e a festa dentro da mansão. Em alguns momentos quase me perdi. Principalmente quando tive que ir ao banheiro, por sorte encontrei com Christian, o parabenizei e o aconselhei. Acho que isso serviu, pelo menos um pouco.

Quando volto para minha mesa, encontro uma mulher sentada no meu lugar, eu franzo o cenho. Aquela mesa é só para a família Morton e a família Dalla Costa.

A medida que me aproximo, posso ouvir as risadas divertidas.

— Com licença. — Olho para a mulher com a melhor cara amigável que consigo no momento. Ela sorri me olhando de cima à baixo e dá um risinho nasalado.

— Ah querida — Vana chama sua atenção. — essa é Naomi, minha nora. — Eu sorrio olhando para a mulher que olha entre mim e Vana parecendo não entender. Agora o divertimento lhe abandonou a face.

— Prazer, Naomi Dalla Costa Morton. — Estendo minha mão para ela.

— Andrea Bianchi. — Consigo sentir o amargor em suas palavras e como sua mão está rígida quando aperta a minha.

Ela se despede de todos na mesa e saí.
Quando me sento, Draco me olha de um jeito enigmático, eu apenas devolvo o olhar e bebo da minha taça.

A pista é aberta aos convidados e apesar de terem muitas pessoas importantes no casamento, músicas bastante animadas e que com toda certeza desagradam os ouvidos finórios dos mais velhos tocam sem parar.

Ágatha me puxa para a pista e começamos a dançar. Estou me divertindo muito.

— Seu batom tá borrado! — Digo por cima da música sem deixar de me mexer.

— Cordélia está aqui. — Seu sorrisinho  de quem aprontou me faz rir.

— Mais tarde tem. — Eu faço ondas com minhas sobrancelhas e rio.

— Eu, não sei, mas você... — Ela sorri safada. — Draco não para de olhar para você. — Viro minha cabeça um pouco por cima do ombro e vejo Draco me olhando. O copo de uísque em sua mão parece estar sendo sufocado pela maneira que ele o pega.

Não sei o que me deu, apenas sorri para Ágatha e rebolei um pouco rindo logo em seguida.

— Casar te mudou! — Ágatha diz animada e rimos.

• • •

— Do que queria falar? — Pergunto assim que eu e Christian estamos afastados da festa. Estamos nos jardins da casa.

— Naomi... — Ele começa mas hesita. Quando ele me chamou para conversar parecia tão aflito mas ao mesmo tempo...decidido? Não sei bem.

— Pode falar. — Lhe passo confiança com o olhar.

— Me desculpa. — E em um passe Christian cola nossos lábios. Eu paraliso e franzo o cenho enquanto seus lábios pousam sobre os meus. Imediatamente o empurro.

— Está lou... — Sou interrompida por um estrondo. Christian foi jogado contra uma árvore. Quando olho para ver quem fez isso, encontro Draco.

Seu olhar passa de Christian para mim. Seus olhos estão em um vermelho sangue e suas veias estão sobressaltadas. Alguém pode morrer hoje!

Antes que eu diga alguma coisa Draco vai para cima de Christian que tentava se reerguer.

Se eu não fizer nada, Draco vai matar Christian.

— Draco, por favor solta ele. — Peço mas ele não para. — Draco! — Chamo novamente sem sucesso. — Se não soltar ele eu vou embora. — Era uma ameaça vazia e nós dois sabíamos disso, tanto que Draco não o largou e continuou a o esmurrar enquanto o insultava.

— Não chega perto dela nunca mais seu desgraçado. — Posso sentir o peso daquelas palavras e o ódio nelas.

Começo a chorar porquê me sinto uma inútil, meu melhor amigo vai ser morto pelo meu esposo.

— Vai mesmo fazer isso? Vai matar alguém na minha frente? Já disse que sou sua, não precisa provar pra mais ninguém. Isso que aconteceu foi um erro. — Eu berro enquanto as lágrimas salgadas e mornas molham meu rosto. À esse momento eu já estou no caída no chão.

Repentinamente os golpes param, ainda com os olhos no chão, posso ver os sapatos de Draco a minha frente.
Ele se abaixa um pouco e pega meu queixo com força fazendo-me o olhar nos olhos.

— Você não pode ir embora. Nunca poderá. — Seus olhos estão tão cruéis que posso sentir a maneira que ele os usou para me atingir. Sabrina está errada, Draco nunca se apaixonaria por mim, Draco é o vampiro que não me ama. E isso nunca vai mudar. Se eu achava que essa poderia ser uma daquelas histórias em que acabávamos amando um ao outro, me enganei redondamente.

E eu choro por isso, por saber que suas palavras são verdadeiras.

Nunca poderei ir embora.

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O Vampiro que não me amaWhere stories live. Discover now