a morte que te cerca

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"Me deixe ir, eu estou tranquila "

Natasha Romanoff

Eu nunca pensei em matar o grande amor da minha vida. Na verdade ouso dizer que nunca pensei que esse fosse ser o nosso fim, eu esperava alguma coisa relacionada com filhos e netos. Acho que me perdi nesse caminho. Eu queria poder dizer que fui boa o suficiente para terminar isso, ou então falar que eu não matei ninguém, mas a verdade é bem mais grotesca que isso, a verdade implica comigo andando em direção ao homem que um dia amei, que amo até hoje. A verdade significa saber que Anakin Skywalker desejaria que eu nunca tivesse acordado do transe e ele provavelmente estaria certo. Eu também não queria estar acordada, era um bom lugar no meio de tantas memórias boas.
A cada passo que meu corpo dá, minha raiva aumenta e eu sei que preciso acabar com isso logo porque talvez seja o único momento que eu vá encontrar forças para isso. Mas então, quando chego perto o suficiente para sentir a presença de Anakin, escuto sua conversa com Obi-Wan.

— Eu sinto muito Anakin. — A voz chorosa do homem que me criou era muito audível era uma voz machucada e culpada, nós nunca verbalizamos isso, mas eu sabia que nós dois nos culpavamos por ter perdido ele.— Eu sinto muito por tudo isso.

— Eu não sou sua falha, Obi-Wan. Nem sua e nem da Lyra. Vocês não mataram Anakin Skywalker. Eu apenas tive medo de não ser bom o suficiente para ser perdoado. Eu acabei com ele antes da volta da Lyra. Hoje, eu sou tudo que restou dele.

Eu deveria parar agora. Deveria oferecer ajuda pra ele, mas quando vi o sabre dele levantado para meu pai, eu não pensei duas vezes, acho que nem sequer pensei. Tudo que eu queria era vingança. Vingança por todos meus amigos mortos, vingança pela minha família separada, vingança por Anakin que um dia foi meu. Agora tudo que eu queria era a cabeça de Darth Vader. Eu nem senti, apenas me deixei levar por essa sensação, era o lado sombrio me chamando. Dessa vez, não tenho medo..

Narrador

A garota bate seu sabre Vader  que bloqueia com muita agilidade, ali naquela sala havia dois dos maiores Jedi's que a Ordem já aconteceu. De um lado havia o homem por quem a ordem 66 lutou e do outro havia a mulher mais temida entre os Sith - algo que ninguém sabia- ela era responsável por milhares de mortes de qualquer um que ousava pisar no seu caminho. E ela sabia que era questão de tempo até mostrar seu verdadeiro eu - aquele que ela escondeu por muito tempo- a força que emanava dela empolgava Palpatine por finalmente ter uma luta justa. As cores dos sabres se misturando e fazendo uma bela obra de arte, trazendo deles tudo que um dia já existiu, o branco vinha junto com a paz que Amélia, que decidiu largar seu passado para trás e o vermelho que vinha junto com um legado de morte e guerra.. enfim juntos as peças do enorme quebra cabeça.

— Se eu te dissesse que isso só vai machucar? Que isso só iria queimar? Você cairia em nome do amor? — A garota gritava em plenos pulmões, a decisão já estava na cabeça dela, mas ela não conseguia finalizar. Faltava algo e ela sabia. — Se nós pudéssemos voltar, Vader. Você voltaria por mim? — a ausência de resposta matava ela. Não faltava nada.

— Eu voltaria Lyra.

E então o sabre de luz atravessa a barriga dele, Lyra também sente seu golpe em si mesma por conta de sua ligação. Sua força está maior que nunca e ela consegue segurar Lorde Vader usando apenas a força. Ela queria mais. Amália sobe em cima de Vader e tira seu capacete, socos são desferidos e ela não quer saber se está machucando ele. Ela só quer mais. Um Deja'vu vem na cabeça de Obi-Wan que está horrorizado ao ver sua menina descontrolada daquele jeito. Sua primeira missão também foi assim, ela teve um descontrole que custou muitas vidas e quase a dela própria. Ele precisava acabar com isso, Lyra queria mais.

— Isso é pela Padmé, por meus sobrinhos e por todos que você tirou a vida. — seu nariz sangrava e seus longos cabelos negros colaram em seu rosto. — Isso é por mim e por tudo que passei sozinha, Anakin. Isso é por todas as vezes que dormi chorando implorando para que me salvasse. Acontece que nessa história a princesa se salva sozinha. — ninguém ousava chegar perto.

Todos tinha escutado rumores sobre uma Jedi que não tinha controle. A boa princesa. A boa irmã. A boa menina. Ela tinha perdido o controle e o único que sempre fez ela voltar estava recebendo os mais diversos socos. Ela estava disposta a matar ele. Mas atualmente, quem não queria matar ele?

E então ela parou..lágrimas descontroladas que vinham de uma garota que implorava para ser salva. Ela apenas abraçou o homem que estava quase desmaiando.

— me desculpe, me desculpe, me desculpe, me desculpe, me desculpe. Eu não consigo..

— Não.. se desculpe, meu a-amor. — a dificuldade e falar era óbvia. Ele iria morrer e mal teve tempo de tentar se recuperar pra sua mulher. Ele ainda queria ter uma vida ao lado dela, mas não iria viver para isso. — Não é sua culpa, Lyra. Nunca foi..

— Não! Eu não deixo você morrer. Me perdoe, eu não sou forte o suficiente para te matar.

— Eu estou em paz meu amor. Já entendi que não posso ter uma vida com você. Mas te amarei em todas as outras que eu puder, porque sempre foi você Amália.

— Aguente firme, Ani. Eu ainda quero você, volte pra mim, eu ainda preciso de você meu amor.. Eu não sou forte, só quero te escutar dizendo 'amor vamos para casa' vamos para casa?

Palpatine estava cercado por inquisidores que o protegiam e estava sorrindo diabólicamente para sua nova aprendiz. Ele pensava que agora que seu amado se foi, ela sentiria tanta raiva que iria para o lado negro da força.

Ela estava com raiva. Mas a raiva estava direcionada para ele. E não havia força nenhuma em qualquer Galáxia que faria ela desistir de matar ele... mas ela não queria fazer isso, ou queria? Ela queria ser como o monstro que tanto condenou?

sob as estrelas Where stories live. Discover now