Capítulo 2

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         Naquele final de semana Sabrina estava entediada, estava vendo as pessoas andarem de um lado a outro arrumando as coisas. Ela queria apenas estar nos Estados Unidos com sua tia Nora e Sophia para ir ao cinema e talvez dar uns beijos na boca. Mas estava ali parada, esperando Soph terminar de se arrumar.

Sophia— Eu realmente não entendo o motivo de termos que participar desse jantar... nós nunca entendemos nada do que eles estão falando e precisamos sempre estar com um grande e belo sorriso falso no rosto, rindo das piadas sem graças ou de comentários bobos... – Dizia saindo do closet já trajada no vestido de tom claro, que sua tia tinha lhe dado de presente.

Sabrina— Mas, pelo menos nós não temos que falar nada, qualquer coisa a gente finge que você tá passando mal e saímos de lá depois de comermos.. – Deu um sorriso de lado meio travesso, enquanto caminhava até a mais nova a abraçando.

Sophia— Gostei do plano! Podemos arrastar o Louis junto, ele só falta dormir nesses jantares! – Riu de maneira baixa olhando a mais baixa.

Sabrina— Realmente...

          Antes que pudessem dizer quaisquer coisas a mais, Henry bate na porta algumas vezes antes de entrar, adentrando logo em seguida com um sorriso.

Henry— Vocês estão prontas?

Sophia— Não... – Disse com um certo tom de preguiça em sua voz, Henry apenas a olhou segurando a risada e respondeu:

Henry— Como não, meu amor? – Caminhou até as garotas. — Vocês estão nervosas?

Sabrina— Um pouco óbvio, né pai? Nós tínhamos um compromisso com a tia Nora e agora estamos aqui com um bando de engomadinhos metidos à besta! – Respondeu um pouco ríspida, olhando para seu pai com uma cara fechada.

Henry— Olha, eu poderia dizer que fiquei ofendido com isso, porque até 12 anos atrás, o Alex dizia a mesma coisa quando me via e me "odiava", só que agora eu não fico mais, meio que eu já não sou mais desse jeito! – Respondeu com uma risada. – Mas, vocês vão gostar, tenho certeza, a sobrinha e o filho do Conde têm a mesma idade de vocês, então se entender vai ser fácil.

Sophia— Na verdade não... eles estão nessa vida desde que nasceram, vivem para isso, e mesmo na frente ou por detrás das câmeras mantém a postura de esnobes, da última vez que nos encontramos por coincidência, o Conde olhou para nós três como se fossemos vermes...

Henry— Espera... quando foi isso?

Sabrina— No jantar beneficente, para a Ong de refugiados do ano passado...

Henry— E vocês esconderam isso de nós por um ano inteiro?

Sophia— Nós não queríamos que vocês se sentissem incomodados por nossa causa... então apenas deixamos para lá, não achávamos que íamos nos encontrar de novo.

Henry— Vocês não precisam guarda algo caso se sintam incomodados, somos seus pais, queremos e temos que cuidar de vocês — Disse pegando as mãos da irmãs. — Se tiverem algum problema, falem com a gente, vamos saber resolver e por favor não se atrasem, mostrem que vocês são muito melhores que eles. — Falou passando a mão no queixo das duas e se levantou — Vou ver o Martin...

Sabrina — Até daqui a pouco, pai! – Disse a última palavra em português e jogou a cabeça para trás.

Sophia — Tchau papa! – Falou de maneira alta vendo o mais velho ir embora. – Que raiva... ainda vamos ter que ver aquele... — Ela se segurava para não xingar na frente dos empregados.

Sabrina— Eu já entendi... — Arrumou o cabelo da irmã. — Vamos, qualquer coisa a gente fala sobre o plano com o Martin e saímos daquela... coisa!

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