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Tinha sido uma manhã tranquila, exatamente o que ele estava esperando. Ninguém chegava cedo aos sábados, e ninguém chegaria mais tarde devido ao Baile de Gala daquela noite. Ele havia dito a todo o escritório para tirar o dia de folga. Dando-lhes tempo para se prepararem para o evento. Ele até conseguiu convencer Granger de que era competente o suficiente para dar uma olhada nas anotações da última proposta antes de irem para a Suprema Corte Dos Bruxos na segunda-feira de manhã. Ela hesitou no início, não que ele pudesse culpá-la, mas finalmente concordou. Os dois estavam trabalhando na Lei dos Direitos dos Lobisomens nos últimos dois anos e estavam a poucos dias de aprovar uma lei que daria aos afetados pela licantropia os mesmos direitos que os Veelas.

Assim, com ela e seus funcionários de folga, ele esperava ter uma manhã produtiva. No entanto, ela foi completamente arruinada quando Harry Potter entrou pela porta como se fosse o dono do lugar. Seus cabelos pretos se eriçavam em todas as direções possíveis, como sempre, enquanto os olhos ridiculamente verdes pareciam brilhar por trás dos óculos ultrapassados que colocava no nariz. Precisei de toda a minha força para não gritar com o idiota e expulsá-lo. Cinco minutos depois de ele estar ali, porém, Draco estava começando a desejar tê-lo feito.

— Precisamos ir para Londres, Malfoy — Potter sorriu.

— Por quê?

— Ele prefere coisas trouxas — Potter deu de ombros. Draco tirou os óculos de armação de arame e apertou a ponte do nariz.

— Você o satisfaz com esses caprichos particulares, não é?

Ele não tinha aversão a fazer compras na Londres dos trouxas. Não tinha o menor problema com os trouxas. Todas aquelas bobagens haviam sido deixadas para trás quando a guerra terminou, cortesia do Garoto-Que-Viveu-Para-Animá-lo-De-Sua-Cara. Na verdade, se ele fosse honesto, as crenças que seu pai havia tentado incutir nele tinham começado a se desvanecer anos antes da guerra. Naquele momento, ele não tinha ideia de como sair, pois já estava muito envolvido e tinha que se preocupar com a mãe.

— Ele é muito grato. Veja, ele faz esse maravilho–

— PARE! — Draco gritou e Potter sorriu. — Se você terminar essa frase, vou amaldiçoá-lo até o próximo ano.

— Tão dramático — Potter se recostou na cadeira e apoiou os pés na escrivaninha.

Batendo os pés no chão, Draco limpou a sujeira das solas das botas e olhou para ele. Draco não fazia ideia de como seu melhor amigo conseguia tolerar um comportamento tão rude. Embora tenha lhe ocorrido que o homem provavelmente fazia essas coisas simplesmente para irritar Draco.

— Onde está Theo, afinal? — Draco sentou-se em sua própria cadeira na escrivaninha, colocando os óculos no chão enquanto Potter se inclinava para frente.

— Eu o mandei sair com Gina.

— Eles ficarão fora o dia todo. Isso foi sensato?

— Esse é o ponto. Preciso de sua ajuda.

— Desculpe? — as sobrancelhas de Draco se ergueram.

Potter enfiou a mão no bolso, tirou uma pequena caixa de veludo e a colocou sobre a escrivaninha antes de empurrá-la na direção de Draco. Estreitando os olhos, ele pegou a caixa e a abriu.

— Não sei se você está ciente disso, Potter, mas uma caixa de anel deve ter, oh, não sei, um anel.

— Preciso que você venha comigo para encontrar um. Além disso, você tem que pegar seu terno. Dois coelhos – uma cajadada só.

— O que isso tem a ver com coelhos ou cajados?

— Você trabalha com a Hermione, certo?

— O que quer dizer com isso?

O Começo De Algo Mais {Dramione - Especial De Ano Novo 2024}Where stories live. Discover now