A dor de amar demais.

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    A decoração estava impecável, a árvore ainda mais brilhante do que nos anos anteriores, a família toda reunida na cozinha preparando o jantar. Com o peso excessivo e a dor nas costas, Zendaya fazia o que era possível de ser feito sentada, estavam todos tão empolgados com a chegada dos bebês que a papariavam o tempo inteiro, fazendo-a provar cada um dos pratos, acariciando sua barriga de tempos em tempos e a elogiando excessivamente. Thomas estava radiante, feliz demais por tê-la ali com sua família. Para ele  era um bom sinal, uma família que passa as festas de final de ano unida, permanece unida.

   Zendaya sabia que os bebês não passariam daquele fim de semana, pois as contrações de treinamento estavam cada vez mais fortes, fazendo com que ela ficasse inquieta.
Thomas prestava atenção em cada movimento que ela fazia. Por precaução montou as cadeirinhas e colocou as malas dentro do carro, qualquer sinal de trabalho de parto, eles iriam para o hospital.

— Já escolheram os nomes? — Nikki perguntou com um sorriso leve no rosto, estava contando os segundos para ser abençoada com a  presença de seus netos. Ao longo da gestação Nikki enviou uma grande variedade de alimentos para a nora, que mesmo se separando do filho, era  parte da família. Thomas riu baixinho ajoelhado no chão, a cabeça apoiada em sua barriga, amando os filhos como sempre fazia. — Como é babão, deixe ela em paz, Thomas! — Zendaya riu um pouco antes de levar as mãos até os cabelos do  rapaz. Todos sentiram uma pontada de esperança, estavam torcendo pelo retorno deles. Claire olhou para Darnell e Dom que deram um sorriso cúmplice.

— Ah mãe, eu vou ser pai, isso não é maravilhoso? — Os lábios tocaram a barriga redonda da esposa, enchendo-a de muito amor. Zendaya corou um pouco, sentindo os movimentos leves de seus filhos. Com o crescimento e a falta de espaço a agitação diária cessou. Ainda se mexiam bastante mas não na mesma intensidade que antes.

— Ainda não escolhemos os nomes, queremos fazer isso quando vermos os rostinhos deles. — Ela sorria de orelha a orelha, ela era tão babona quanto ele. — Optamos por esperar por esse momento para quando eles nascessem. Já tiraram muita coisa da gente. — Zendaya sentiu uma forte pontada no baixo de seu ventre, forte o suficiente para tensionar todo o seu abdômen. Thomas sentiu a mudança de textura, olhou para os olhos da esposa que escondiam uma boa pitada de pavor. Ele sabia o que aquilo significava. — Está tudo bem? — Zendaya deve ter contado até um milhão naquele curto momento. Precisou de alguns segundos para formular uma resposta, não era possível que os bebês estavam se ajeitando para nascer em plena véspera de Natal. Ela suspirou, fechou os olhos e tentou se ajeitar.

— E-está. São apenas contrações de treinamento. — Thomas a encarou, e encarou Claire que também largou tudo o que estava fazendo. Logo, estavam todos a encarando como se ela fosse uma bomba relógio prestes a explodir. Se sentiu sem jeito, completamente desconfortável. Então suspirou. — Está tudo bem, já passou.

— Daya, você tem certeza? Pareceu doer bastante e de repente sua barriga ficou tão dura. — Thomas a beijou suavemente no rosto. Zendaya suspirou e concordou com a cabeça. — Tudo bem, quer ir tomar um arzinho lá fora? Esticar as pernas e papear um pouco?

— Acho que sim. Vocês nos dão licença? — Zendaya precisou de um pouco de ajuda para se levantar, suas costas e joelhos gritaram com o peso extra. Ela só queria dar a luz logo. Thomas enlaçou os braços e caminhou com ela até a varanda da entrada, onde ficaram de pé olhando o movimento da rua.

     Algumas crianças brincavam na rua pouco movimentada por carros. Primos, irmãos e amigos. Thomas se recordou da sua infância, quando era uma daquelas crianças brincando com seus irmãos e amigos. Em breve seriam os seus dois tesouros ali, sendo crianças felizes, brincando como toda criança deveria fazer. Algumas acenavam para ele, que devolvia com um sorriso no rosto.

O melhor presente. Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ