chapter two;

69 14 2
                                    

;

Sunoo abriu os olhos e enxergou o teto enquanto ouvia os barulhos muito altos em seu ouvido, ele ouvia vozes, muitas vozes, barulhos de máquinas e algumas outras coisas que não sabia descrever. Ele ficou olhando o teto e sentia cada parte do seu corpo, e isso estava lhe assustando bastante. Nada parecia certo, e antes dele começar chamar alguém ele ouviu uma voz perto de si.

– Kim Sunoo? – ele então virou o rosto vendo uma mulher, e reconheceu os olhos dela, castanho amarelado, e ele conseguia observar cada detalhe do rosto dela, dos poros as suas pupilas. – Sunoo? – ouviu de novo.

– Oi. – ele falou e se assustou um pouco com a própria voz, ela parecia um pouco mais alta que o normal.

– Como você se sente?

– Como se eu tivesse sido atropelado por um caminhão. – ele falou e assim que mexeu o rosto sentiu dor, uma dor que não saberia descrever, era quase que uma urgência.

– Sunoo, você sabe o que aconteceu? – a mulher perguntou, e Sunoo percebeu que apenas ela estava na sala, o que não fazia sentido porque ele conseguia ouvir várias vozes ao redor deles, mas só ela estava ali.

– Eu sofri um acidente de carro. – Sunoo disse e era a última coisa que tinha na sua mente, viu olhos castanhos amarelados e então o acidente de novo. – foi isso não é? Você estava lá, eu lembro de você. – ele disse a encarando e percebeu algo que o assustou.

– Sim, foi isso, é eu estava lá, eu também sou enfermeira, na verdade eu comecei essa semana. – ela sorriu.

– Eu não sei se isso vai parecer loucura, mas eu acho que o meu coração não está batendo. – Sunoo falou baixo, ele conseguia sentir cada mínima parte do seu corpo, e seu coração não parecia bater, na verdade tudo estava esquisito.

– Sunoo, você precisa me escutar atentamente, quando o médico entrar aqui, ele logo vai chegar, você não pode dizer isso para ele. – ela o encarava seriamente e Sunoo piscou algumas vezes se sentindo nervoso, mas não sentia seu coração bater rápido, não sentia nenhum formigamento, apenas sabia que estava nervoso.

– Por que? Meu coração realmente não está batendo? – ele perguntou assustado.

– Não está batendo, não está, ok? – a mulher o afirmou.

– Isso é um sonho, não é?

– Não é, mas vai ficar tudo bem Sunoo, ele está chegando, seu coração está batendo. – ela falou e então a porta abriu revelando um homem. Ele parecia muito surpreso e veio até a cama de Sunoo. Os bips do aparelho que monitoravam os seus 'batimentos' estavam ótimos segundo o médico, que sussurrou aquilo e sorriu para o Kim.

– Sunoo, é tão bom te ver acordado. – o médico disse e Sunoo sorriu.

O médico começou a falar com ele, e Sunoo apesar de prestar a atenção em cada detalhe, ele não conseguia pensar em nada mais que não fosse o seu coração. Ele só poderia estar sonhando, com certeza era um sonho do seu cochilo da tarde.

O homem lhe explicou tudo o que tinha ocorrido, seus machucados, seu trauma na cabeça e suas cirurgias, todos os dias que ele já estava ali que o assustou quando ouviu que faziam três semanas. Sunoo não conseguiu fazer nada além de concordar e balançar a cabeça, tudo estava tão esquisito, ele sentia uma dor imensa na cabeça, e nunca tinha sentido aquilo, e seu estomago doía. Ele sentia um desejo enorme por algo que não sabia o que era.

Assim que o médico deixou o quarto ele olhou para a enfermeira que veio até o seu lado e Sunoo viu ela tirar algo da bolsa dela, uma garrafa com um canudo. Ela ajeitou a posição da cama dele o deixando sentado e entregou a garrafa.

new;born - SUNOOWhere stories live. Discover now