12. E agora?

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Ava e Beatrice caminham pelas ruas de paralelepípedos da pequena cidade suíça para a qual acabaram de chegar. O encanto da cidade desperta a curiosidade nos olhos de Ava, refletindo seu crescente entusiasmo ao admirar as fachadas coloridas das casas e o doce aroma das flores no ar.

"Por que a Suíça, exatamente?" Ava pergunta, aproximando-se de Beatrice, que desvia brevemente o olhar do ambiente para responder. "É longe do Vaticano, mas a Igreja ainda exerce uma influência significativa aqui", diz ela, com seriedade, antes de voltar sua atenção para o ambiente à frente.

Ava absorve as palavras de Beatrice, seus olhos explorando os detalhes da arquitetura ao redor. "Por quanto tempo vamos ficar?" pergunta ela, ansiosa.

"Não sei. Minhas ordens são preparar você para enfrentar Adriel, então é isso que faremos", responde Beatrice firmemente, mantendo seu olhar focado.

Ava não pode deixar de brincar um pouco, de forma lúdica. "Você está dizendo que as aulas de caligrafia não foram preparação suficiente?" pergunta ela, com um sorriso travesso no rosto.

Beatrice responde com um leve sorriso ao comentário de Ava. "Bem, eu suponho que uma caneta seja um tipo diferente de espada. Mas você ainda precisa melhorar a agilidade dos dedos se quiser manejar uma arma corretamente", ela responde, mantendo sua postura séria.

"Ou fazer outras coisas", Ava responde, em um tom provocador.

Curiosa, Beatrice arqueia uma sobrancelha. "Que outras coisas?" pergunta ela, uma mistura de surpresa e curiosidade evidente em sua expressão.

"Ah... você sabe... costurar e tal", Ava diz, mantendo um sorriso travesso.

Beatrice franze a testa, sem entender completamente o comentário. "Bem, esse é um exemplo estranho, mas eu suponho que você tenha um ponto", responde ela, ainda tentando decifrar o que Ava quis dizer.

"Vamos lá então, preciso ver este apartamento!" Ava exclama, puxando Beatrice pela mão.

Beatrice fica surpresa com o entusiasmo de Ava e tenta conter sua empolgação. "Ava! Diminua a velocidade, você não sabe para onde está indo!" Beatrice avisa, tentando conter o entusiasmo da Freira Guerreira enquanto são arrastadas pelas ruas da cidade.


**


Quando Beatrice abre os olhos, fica surpresa ao perceber que não está no apartamento familiar com Ava. Em vez disso, encontra-se em uma sala estéril com paredes brancas e teto alto. O som rítmico do monitor cardíaco enche o ar, acompanhando seu batimento cardíaco, e ela sente imediatamente o desconforto do monitor preso ao seu corpo, conectado por fios e sensores.

Sentada ao lado dela em uma cadeira acolchoada, com postura ereta e mãos descansando nos joelhos, está Mary. Sua aparência é peculiar, usando um hábito e um véu, o que contrasta fortemente com o que Beatrice está acostumada a ver em sua amiga. O rosto de Mary mostra visivel preocupação, um sentimento ecoado em sua voz ao perguntar se Beatrice está bem.

"Sinto como se tivesse sido atropelada por um caminhão."

Sem nenhum indício de humor, Mary responde, "se o nome do caminhão for Ava, e por 'atropelada' você quer dizer 'empalada', então acho que você está certa."

Memórias do incidente inundam a mente de Beatrice, envolvendo-a em uma onda de emoções intensas. Ela tenta se sentar abruptamente, mas é dominada por uma dor lancinante, fazendo-a soltar um gemido de angústia que imediatamente convence Mary a persuadi-la a deitar novamente. "Vai com calma", ela instiga gentilmente. "Você ainda não está fora de perigo."

Sombras do destino: Parte I (A Warrior Nun Fanfic)Where stories live. Discover now