⊱ dos ; non farlo, no.

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[DEZ ANOS ATRÁS, SEOUL - COREIA DO SUL]

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[DEZ ANOS ATRÁS, SEOUL - COREIA DO SUL]

— Não acredito que realmente tenho que ir para essa merda. — reclamou a garota que tinha acabado de completar 19 anos. — Pensei que poderia fazer algo divertido esse verão.

Jinah riu se alinhando com a irmã mais nova na cama.

— Nós, como família, nunca realmente fazemos algo divertido. Não crie ilusões dentro dessa sua bela cabecinha. — o ar condicionado estava deixando aquele ambiente um verdadeiro polo-norte. — Caramba, você não está com frio?

— Na verdade, não. — justificou Suzy já acostumada a temperaturas baixas. Ela preferia assim, considerando que o verão era a estação que menos gostava.  Calor no geral únicamente lhe causava desconforto e estresse.

Ela olhou para os lados. Sem muito direito a qualquer tipo de escolha, recebeu um aviso prévio dos pais que passaria dois meses no Canadá em um acampamento de verão para aprender francês de forma mais intensiva. Ela não poderia estar mais entediada e desinteressada, mas não é como se ela tivesse o direito de recusar como qualquer ser humano funcional.

Fazer dezoito anos dentro daquela família não significava absolutamente nada.

Quando não estava na Coreia, estava no Texas, e honestamente era um dos piores lugares dos Estados Unidos, infestado pelo conservadorismo e a terrível música country. Técnicamente, não podia odiar mais aquele lugar do que qualquer outro, mesmo que Seoul também não fosse lá às mil maravilhas que as pessoas imaginavam.

Se o objetivo era aprender francês, ficaria muito mais feliz enfiada em qualquer canto da França, embora Paris fosse o seu destino menos-favorito. Uma cidade empobrecida, cuja cultura historicamente falando não passava de nada além de conteúdo roubado e saqueado por europeus, além de um cheiro de mijo e infestação de ratos por toda a cidade.

Culturalmente falando, existiam lugares dentro da Europa muito mais atrativos do que qualquer canto da França se ela fosse honesta consigo mesma. De qualquer forma, não tinha a escolher de reclamar. Ou seja, buscaria se divertir. Porque apesar de todos os pesares, Canadá ainda era um país divertido e Vancouver uma cidade turística maravilhosa.

— Cadê a Irene? — perguntou olhando para os lados. — Não me diga que ela está por aí aprontando, justo hoje.

Nana deu de ombros e suspirou.

— Bom, você sabe como ela é.

Suzy revirou os olhos e quis sumir naquele instante.

— Ela sempre tem esse temperamento de quem quer iniciar uma rebelião, e depois quem paga o pato somos nós duas. — Bae se irritava com aquilo, porque não tinha nada que odiasse mais do que uma pessoa que não sabia assumir as próprias responsabilidades.

(Until) I Found Her Where stories live. Discover now