Cʜᴀᴘᴛᴇʀ 1

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– Sim – responde Harley,conversando com sua tia de consideração,Candense,ao telefone – Vai trazer minha moto amanhã,não é? Hm,ok. Tchau.

A Quinn desliga o celular,saindo do aeroporto com suas malas para esperar por Charlie,seu pai.

Harley acabara de chegar em Forks depois de oito horas de voo. Não vê a hora de tomar um banho e passar horas decorando seu novo quarto. Nem o livro que estava lendo conseguiu distraí-la o suficiente para não ficar incomodada com as horas sem banho.

– Cadê você,pai...? – murmura sozinha,estralando os dedos graças a sua ansiedade.

"Devia ter tomado os remédios antes de sair do avião" reclama consigo mesma,fazendo uma nota metal para tomá-los assim que chegar em sua nova casa.

A garota se sente ansiosa desde que embarcou no avião,e não conseguiu relaxar até agora. Sente que está à beira de uma crise de ansiedade.

Ela pega o celular do bolso da calça,mas antes de chegar a ligar para o pai,a mesma avista a viatura do xerife vindo em sua direção.

Charlie estaciona mais à frente e sai do carro,indo até Harley enquanto esfrega as mãos uma na outra para tentar conter o nervosismo.

Não via a hora de ver sua filha mais velha novamente,depois de dois anos sem visitá-lo.

O pai para de andar,sem saber se a abraça ou se apenas a cumprimenta com um aperto de mão. Suas emoções do divertidamente correm e gritam pela sala imaginária.

A mais nova,vendo a indecisão de Charlie,apenas sorri minimamente,decidindo dar o primeiro passo e abraçá-lo com força.

– Oi,pai. Senti saudade.

O xerife sorri de volta,e pega as malas da garota ao se separarem,começando a caminhar até a viatura para guardá-las no banco de trás.

Harley o segue,ajeitando a mochila nos ombros e sentando no banco do carona quando seu pai destranca as portas.

A garota faz um carinho na própria mão,sentindo-a fria assim como o resto do seu corpo,que sempre foi frio,mas agora está ainda mais graças ao clima de Forks e à ansiedade.

Já começando a dirigir,Charlie resolve puxar algum assunto,a olhando com um sorriso nervoso antes de voltar os olhos para a rua.

– Então,como vão as coisas?

Harley descansa as mãos no colo,olhando para suas unhas naturalmente grandes e bonitas.

"É melhor eu pintar elas" pensa,mas logo responde seu pai.

– Hm,bem,até. Na medida do possível,eu diria.

– Que bom,querida – murmura,e se lembra de uma coisa que talvez anime a filha – Ah,o caminhão da mudança chegou ontem. Eu e Bella deixamos tudo no seu quarto. Mas relaxe,não mexemos em nada.

Isso a anima um pouco,mas o sentimento é passageiro,pois a ansiedade a consome cada vez mais, suas mãos suando frio.

Ela as seca discretamente na calça de moletom.

– Que bom.

Achando melhor deixar Harley se afundar em seus próprios pensamentos,Charlie a deixa quieta,não falando mais nada pelo resto do caminho,com medo de incomodá-la.

Mas ele está enganado,pois tudo o que Harley não quer é ter tempo para pensar nas coisas. Em como sua vida está agora.

Foi exatamente por isso que a Quinn mais nova – agora a única que ainda vive – pediu para o caminhão da mudança levar todas as coisas de seu antigo quarto para a casa de Charlie, antes mesmo dela se mudar oficialmente.

Unexpected love // Emmett CullenWhere stories live. Discover now