Em meio a um futuro apocalíptico e distópico, Naye que era alvo de experimentos científicos acorda com apenas seu nome em sua mente no meio de um elevador em movimento.
Na clareira, a comunidade isolada que vive entre os muros de um labirinto que at...
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— Aqui é a caixa. Uma vez por mês sempre chega um novo fedelho por aqui, era sempre um garoto, até você chegar. Uma vez por semana a caixa sobe de novo com suprimentos, alimentos e roupas. Mas não precisamos de muito, a maior parte das coisas nós mesmos produzimos. - ele falou apontando para a caixa, Naye olhava para baixo enquanto inclinava a cabeça pensando, mas Alby pareceu ler seus pensamentos. - Eu sei o que está pensando, já tentamos colocar um trolho na caixa, mas ela não desceu de novo enquanto não o tiramos de lá. Não sabemos quem é o responsável, como chega aqui, não sabemos nada sobre a caixa. Os plongs que nos colocaram aqui não contaram a nós.
Alby saiu de perto da caixa e começou a andar para mais próximo a Clareira e Naye teve que apressar o passo se quisesse acompanhar o rapaz, mas ainda com uma expressão confusa por conta da giria recente que escutou.
— Eu já lhe disse a primeira regra da Clareira fedelha, você se lembra? - ele olhou para Naye "nunca entre dentro do labirinto" ela falou mentalmente, mas apenas balançou a cabeça positivamente para ele, que aceitou aquilo como um sim. - Nós temos mais duas, nunca machuque outro clareano, você será punida ou até banida se isso acontecer e sabe o que significa se for banida? Te mandaremos para o labirinto. E a última, sempre faça a sua parte, eu não quero preguiçosos aqui você é a única garota mas certamente vai encontrar algum trabalho que seja boa, sempre tem um.
Ela acompanhou Alby ficando quase ao lado dele porém poucos centímetros atrás, o suficiente para ele guia-la pela Clareira.
— A Clareira se divide em quatro partes, Jardins, Sangradouro, Campo Santo e Sede. Ali ficam os jardins é onde temos as plantações a nossa água é bombeada através de um cano no chão. Nunca falta água. - ele falou enquanto apontava para o nordeste da Clareira olhando Naye de forma séria ela apenas assentiu. - Para lá é o cercado, é onde criamos alimentamos os animais e ao lado está o matadouro aonde abatemos os animais.
Alby informou apontando para o sudeste e ela conseguiu ver de longe algumas silhuetas de animais e alguns rapazes no local também. Porém quando se tocou Alby já tinha avançado mais um pouco para o noroeste.
— Aqui fica a sede, nós mesmos construímos esse lugar de início era um abrigo mas com tempo a maior parte de nós não dormem mais aqui, afinal pra quê um abrigo se aqui nunca chove. E lá dentro também temos a sala do conselho aonde tomamos decisões importantes. - ele falou enquanto estavam ambos a frente de uma grande construção muito bem feita aos olhos da garota que foi levantada a base palha e madeira e era enorme.
Ele falou sem esperar qualquer resposta da garota, andando novamente para longe desta vez para o sudoeste e Naye apertou o passo para tentar acompanhá-lo.
— Lá fica o campo santo ao lado fica o cemitério bem ali perto das árvores mais copadas, você pode fazer o que quiser lá. - ele falou rapidamente, se dirigindo para o lado oposto, Naye memorizou rapidamente sobre o cemitério e se perguntou quantos garotos já estiveram ali e como eles morreram. - Nos próximos dias você vai executar as diferentes tarefas que temos na Clareira, que vai desde o jardim até o matadouro, você pode ser cozinheira, socorrista, construtora, retalhadora... Isso são apenas algumas das funções que temos aqui. E depois um guardião de cada encarregado vai lhe escolher, baseado na função que você se sair melhor.
