Luca Mancini é um mafioso da Cosa Nostra frio e temido por todos, inclusive pelos irmãos mais novos...
Agnes Petrov, filha de um sub chefe da máfia Russa, uma recém formada em medicina veterinária, uma pessoa carinhosa e sonhadora...
Um acidente aco...
Luca estaciona o carro na garagem da mansão e assim que pisei no chão ao abrir a porta do veículo, sinto meu corpo tensionar...
Fecho os olhos com força tentando não me lembrar dos malditos pesadelos que me causaram nesse lugar..
Meus olhos se enchem de lágrimas ao me lembrar da única coisa que me fazia feliz em meio ao caos que essa casa se tornou na minha vida, o meu filhote.
Donny era a minha única companhia, que esteve ao meu lado, as vezes me via triste e ficava me cheirando e lambendo tentando me distrair...
- ei, girassol, porque está chorando? — ouço o meu melhor amigo perguntar preocupado — está sentindo dor?
- não, não é nada, estou bem — limpei as lágrimas rapidamente e sorrio forçado —
Olho em direção do Luca ao perceber seu olhar queimar sobre mim, sempre estando atento a qualquer movimento meu, mas ele parecia tenso...
Que ele morra com a porra desse arrependimento que finge está tendo depois de tudo que aconteceu...
Segui em direção a entrada da mansão deixando o Luca para trás, Yan entrou comigo se permanecendo ao meu lado...
- bem vinda de volta, florzinha — Vicenzo disse sorrindo ao me ver — como você está?
- oi Vicenzo, estou bem — dou um sorriso meio triste e o abraço — oi Dante — cumprimento ele com um beijo na bochecha —
- oi docinho — Dante sorri ao me abraçar — fico feliz em te ver em casa novamente.
Fiquei sabendo da morte da infeliz da Catarina, pelo menos um intruso a menos nessa casa, aquela megera mereceu depois de tudo que fez...
Confesso que preferiria uma morte mais dolorosa e demorada, mas o infeliz do pai dos meninos resolveu mata-la antes disso acontecer...
Não imaginava que a desgraçada da Giovanna que matou a Eleonora, todo esse tempo ela vivia sobre o teto dos Mancini, e eles não sabiam que ela era a verdadeira assassina...
- Vou subir para tomar um banho e tirar esse cheiro do hospital — digo dando um sorriso fraco e começo a subir as escadas —
Olho pra trás e vejo que o Yan ficou conversando com os meninos, dou um longo suspiro sem ânimo para entrar naquele quarto de novo...
Abro a porta sentindo minhas mãos trêmulas e observo que o quarto estava todo arrumado, não parecia que o Luca havia dormido por aqui.
Em prazo de segundos algo pula em cima de mim me assustando, ao olhar pra baixo paraliso ao ver um filhote de tigre parecido com o Donny...
Aí meu Deus... não é possível, isso só pode ser um sonho...
- Donny — sussurro com a voz falha tentando segurar a emoção de ver o animal ali em minha frente — não pode ser...
- é o seu filhote, raio de sol — ouço a voz do Luca atrás de mim e sinto meu corpo tensionar — é... ele estava com saudade de você..
- Ele tinha morrido, você fez questão de mandar a cabeça dele em uma caixa de presente pra mim, Luca, que brincadeira é essa? — questiono com raiva sentindo minha voz vacilar —
- Foi a Catarina, Agnes, ela que fez aquilo para se vingar de você — Luca diz sério ao se aproximar — eu sei que fui um babaca por ter te afastado do tigre, mas o deixei sendo bem cuidado perto do canil, não tinha intenção de mata-lo... — me olha expressivo —
- Quer ser o inocente de toda a história e jogar toda a culpa na sua mãe? Isso é patético, Luca — Esbravejo o olhando com sarcasmo — você é tão culpado quanto a sua mãe...
- Agnes.. — ele suspira nervoso passando a mão no cabelo — eu sei o quanto errei com você sem ter...
- Chega Luca, não quero ouvir nada que venha de você — o interrompi com um olhar frio —
Ignoro sua presença e me abaixo pegando o filhote em meus braços, sinto a maciez dos seus pelos e ouço ele ronronar baixinho se esfregando em mim..
- meu bebê, fiquei sem chão quando pensei que tinha perdido você — sussurro baixo abraçando Donny apertado e o enchi de beijo —
Não consigo segurar a alegria de ver meu filhote novamente, feliz por não o ter perdido, e agora posso ter sua companhia e não ficarei sozinha...
Observo que o Donny parecia meio triste e um pouco doente, começo a examina-lo detalhadamente, talvez seja o emocional por ter ficado distante de mim, ele se sentiu abandonado..
Mas isso é apenas uma hipótese, preciso examina-lo para ter certeza..
- está com fome? Posso pedir para uma das funcionárias fazer algo pra você — Luca pergunta —
- não, só preciso ficar sozinha — respondo seca andando em direção a cama com o meu filhote no colo —
Encaro o Luca com o semblante fechado vendo-o ainda parado na porta me observando, ele suspira fundo antes de sair do quarto...
- a mamãe está aqui agora — sussurro baixinho fazendo carinho na barriga do Donny —
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