Ricelly Henrique 1.1

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- Amiga, você pode cortar isso para mim? -perguntou Mari

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- Amiga, você pode cortar isso para mim? -
perguntou Mari.

Mari alugou uma chácara para passar o final de semana com alguns amigos, para relaxarem e descansarem um pouco.

- Claro! - ela pegou a faca e começou a cortar os vegetais.

- Então, me atualiza sobre o que tem acontecido na sua vida. Faz um tempo que a gente não se vê.

- Ai, amiga, nada demais, sabe? Comprei uma casa nova e tô' reformando ela para deixar do meu jeito. Tô' terminado uma música que tá' foda de cantar.

- Por que?

- Eu preciso usar um tom que tá' sendo complicado de atingir e dói cantar ela.

- Como chama?

- Até agora o nome é Solteiro Forçado.

- É sobre ele?

- É...

- Entendi! Posso ouvir?

- Olha, ela não tá' 100% ainda, falta ajustar muita coisa e talvez eu nem cante ela no show.

- Me mostra o rascunho, então.

- Tá bom, eu tenho um áudio no celular.

Ela pegou o aparelho e deu play no áudio.

Tá difícil não te ver aqui
Quando eu acordo
Não dá nem vontade de sair da cama

Eu passaria o dia inteiro de pijama
Mas do outro lado da saudade a vida anda

Saio mas eu não fico legal
Minha bateria social acaba na primeira hora

Tudo que eu faço pra esquecer
No final lembra você, e agora?
Eu 'to sendo solteiro forçado, uh

Eu 'to beijando sem querer ser beijado, uh
Era pra ser você comigo aqui do lado

Eu 'to na bagaceira mas 'to só o bagaço
Eu 'to sendo solteiro forçado, uh

Eu 'to beijando sem querer ser beijado, uh
Era pra ser você comigo aqui do lado

Eu 'to na bagaceira mas 'to só o bagaço - o tom agudo foi usado e surpreendeu Mari.

- Caralho, que pesado. - comentou Mari.

- Não sei se vou ter coragem de cantar isso ao vivo, entende?

- Entendo e sei como é difícil pra' você.

- Depois de 2 anos nada mudou. O amor que eu sinto por ele só aumentou, a saudade do abraço, de ouvir ele me chamado de "meu amor", do carinho, de acordar ao lado dele...

- Conversa com ele, Gabi.

- Não é fácil, Mari...

- Amiga, as coisas não precisam ser tão difíceis como elas são, entendeu? A gente guarda muita coisa, muito sentimento por causa de vergonha, por causa de orgulho. Isso leva alguém a algum lugar? Não, não leva! Porque a gente nunca sabe quando a pessoa vai existir ou quando a gente vai existir e a gente acaba adiando, adiando, adiando, porque... A gente simplesmente tá acostumo a agir assim, a sociedade age assim e a gente não pode agir assim. É tudo muito urgente!

IMAGINES IIWhere stories live. Discover now